BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

domingo, 31 de março de 2013

Aguinaldo Silva diz que sofreu ameaça de morte após criticar declaração de Joelma








F5 - celebridades - Aguinaldo Silva diz que sofreu ameaça de morte após criticar declaração de Joelma - 31/03/2013

DE SÃO PAULO

O autor Aguinaldo Silva disse ter sofrido ameaças de morte por fãs de Joelma após criticar a declaração da cantora que comparou gays a drogados.

"Não é que a Joelma tem fãs? Eles ficaram histéricos por causa da minha opinião sobre a cantora, me ameaçaram até de morte! Ora, vão se catar", escreveu no Twitter na manhã deste domingo (31).

Aguinaldo havia ironizado na rede social a opinião de Joelma sobre o homossexualismo. "Isso é que é usar o nome de Deus em vão. Aliás, Joelma é a Lady Gaga do Recôncavo: canta mal, dança mal, rebola mal, se veste mal e quando abre a boca só fala besteira. Me diz, como é que num mundo tão rico e diversificado como o nosso alguém se sente realizado por ser fã da Joelma? Pobreza tem limite!", escreveu.



Blog do Puty - Artigo de Domingo: Federalismo fiscal e o Fundo de Participação dos Estados

Blog do Puty - Artigo de Domingo: Federalismo fiscal e o Fundo de Participação dos Estados

Publicado em Jornal O Liberal - Poder - Política - Opinião - 31/03/2013
Deputado Federal Puty

No segundo artigo de uma série sobre a construção de um novo pacto federativo, eu gostaria de discorrer um pouco sobre os novos critérios de partilha do Fundo de Participação dos Estados, o FPE. Como se sabe, esse fundo foi criado pela Emenda Constitucional nº 18/1965, para ajudar a reduzir as desigualdades regionais, proporcionando aos estados com menor capacidade de arrecadação e de atração de capitais e de empresas maior disponibilidade de recursos fiscais para melhor viabilizar a execução de suas políticas públicas.


Constituído de 21,5% da arrecadação líquida do Imposto de Renda (IR) e de 21,5% sobre a arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o FPE repassa atualmente cerca de R$ 50 bilhões aos 26 estados e ao Distrito Federal. Com tratamento preferencial, os estados do Norte, Nordeste e CentroOeste recebem 85% desse total, enquanto que os estados do Sul e Sudeste, com grande atividade econômica e maior capacidade de arrecadação, ficam com os 15% restantes.


Ocorre que, no início de 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que os critérios de repasse do FPE - que deveriam ter sido revistos com base no Censo de 1992 - eram inconstitucionais e deu prazo de dois anos para que o Congresso adotasse novos critérios. Esse prazo, que venceu em dezembro de 2012, foi prorrogado até 30 de junho deste ano. Atualmente a matéria está em pauta no Congresso Nacional. A partir das oito propostas em tramitação no Senado, o senador Walter Pinheiro (PT-BA) elaborou um substitutivo e parece ter conseguido construir o consenso possível sobre um tema que envolve tantos interesses distintos.


O substitutivo prevê um período de transição, até dezembro de 2014, durante o qual a proporção entre as regiões é mantida e cada estado receberá o FPE nominal de 2012, corrigido pela variação acumulada do IPCA. Isso permitirá segurança jurídica e estabilidade orçamentária, evitando o agravamento de problemas fiscais dos estados, principalmente daqueles nos quais o Fundo é a principal fonte de recursos e que representa a parcela mais expressiva de suas receitas.


A novidade do projeto do senador Pinheiro é que a distribuição do que ultrapassar o montante nominal de 2012, corrigido pelo IPCA, será feito de acordo com dois critérios, cada um deles determinando 50% do valor a ser rateado. O primeiro, proporcional à população de cada uma das unidades da Federação; o segundo, inversamente proporcional à renda domiciliar per capita (proxy para apuração da renda apropriada no âmbito de cada um dos estados da federação), apurados para os dois fatores no ano imediatamente anterior.


O projeto prevê que as entidades cujas rendas domiciliares per capita excedam o valor de referência correspondente a 70% da renda domiciliar per capita nacional serão reduzidos proporcionalmente à razão entre o excesso da renda domiciliar per capita do estado beneficiário e o valor de referência. Nenhum estado poderá ter o coeficiente individual de participação inferior a 0,005. E os coeficientes individuais de participação de todos os estados deverão ser ajustados proporcionalmente, de modo que resulte em soma igual a 1.


Estes procedimentos resultam na fixação, respectivamente, de um piso e um teto para os valores a serem redistribuídos, evitando que haja desvios expressivos em termos de subparticipação ou sobreparticipação de uma ou mais unidades da federação. No geral, os critérios adotados no Substitutivo reafirmam a natureza distributiva do FPE.


Essas regras, como já se disse, seriam transitórias, para dar ao Congresso Nacional tempo e informações suficientes para que possam ser amplamente debatidas, negociadas e elaboradas regras definitivas para o FPE.Atualmente, o Pará recebe 6,1120% do FPE, o que corresponde a aproximadamente 27% das receitas do estado. Como o substitutivo está em tramitação no Senado, ainda não há certeza quanto à parcela que o nosso estado terá direito nesse processo de transição, caso a proposição do senador Walter Pinheiro seja aprovado.


Mas um princípio deve ser observado: o ajuste institucional necessário para se alcançar o equilíbrio fiscal federativo a que todos aspiramos não pode ser feito a expensas de estados que, como o Pará, já fizeram esforços significativos em favor da federação, como a desoneração das exportações prevista na Lei Kandir. A convergência de interesses não deve levar à perpetuação de injustiças. Acima de tudo, devemos fortalecer o equilíbrio federativo.

Mesmo sem querer, aos poucos, a verdade vai aparecendo.


Um fato aqui, outro ali, e derrepente vai ficando impossível para mídia vendida, parceira da tucanalha, esconder a verdadeira face desse (des)governo Jatene, mergulhado na  lorota, inoperância e letargia.

No Liberal deste domingo está um bom exemplo desse fato, onde três matérias isoladamente colocadas, servem de referência deste diagnóstico.

O primeiro, em destaque na imagem, revela como a ex governadora Ana Júlia fora vítima da covardia e da lorota desse governo Jatene, que através da AGE, patrocinou uma campanha de difamação e calúnia contra a ex governadora, situação essa descaracterizada por um laudo contundente do TCE quanto a natureza mentirosa e de má fé das informações divulgadas pela AGE de Jatene.

O segundo fato pode ser visto na reportagem que menciona que o "Pará é vanguarda no direito à diversidade sexual". Na reportagem, num lampejo de jornalismo sério, foi dado o devido crédito à ex governadora Ana Júlia pela criação do Conselho de Diversidade Sexual, em 2008, o que é entendido como o principio do avanço da política estadual. É claro que a reportagem enrola quanto ao fato de que o único mérito do governo Jatene foi ter mantido a política, inoperante, não fez nada mais, mas, aí já seria querer demais, não é?

Por fim, uma nota na coluna Repórter 70 também menciona que a obra da Nova Santa Casa teve inicio no governo passado. De novo, poderia ter dito que a mesma vinha sendo tocada a passos de tartaruga, justamente para evitar esse tipo de notícia.


A Cerpa está sem dono e sem rumo - EXAME.com

A Cerpa está sem dono e sem rumo - EXAME.com

Uma das cervejarias mais tradicionais do país, a Cerpa parou no tempo devido a uma bizarra história familiar que deixou a empresa acéfala. Agora, investe para recuperar terreno

Patrícia Ikeda, de



Fábrica da Cerpa, em Belém: com capacidade ociosa, a unidade começou a envasar também cervejas da Ambev em 2010

São Paulo - A cervejaria paraense Cerpa é um caso sui generis. A empresa foi fundada em 1966, quando o imigrante alemão Konrad Karl Seibel chegou a Belém e achou que a água da região era ideal para fabricar cerveja nos trópicos. Deu certo. Foi uma cervejaria regional de sucesso por décadas — sua participação de mercado no Pará chegou a 65% em 2003 e, muito antes do avanço das cervejas artesanais, ganhou certo público no Sudeste entre os consumidores que queriam fugir das Brahmas e Antarcticas da vida.

Mas, na década seguinte, a cervejaria paraense entrou numa bizarra espiral de problemas que lhe custaram caro. Hoje, sua participação no Pará não passa de 12%. Poderia ser apenas uma história de empresa que errou a mão e perdeu o bonde — na última década, uma onda de consolidação fez com que as cervejarias regionais fossem compradas em negócios milionários, e a Cerpa ficou de fora, minada por problemas familiares que beiram o surreal.

Desde 2008, o dono da empresa sumiu. Seibel, o fundador, morreu em 2012, quatro anos após deixar o Brasil rumo à Alemanha para um tratamento de saúde. Sua saída deixou a empresa no escuro — a falta de informação a respeito do dono é tanta que executivos e advogados ligados à empresa afirmam que Seibel está vivo e administrando uma fábrica de cimento no interior da Alemanha. (O cartório da cidade alemã de Traunstein informou a EXAME que há um atestado de óbito de Seibel.)

Na verdade, quem administra a empresa alemã é sua filha, Silvia Seibel. A Cerpa, por sua vez, continua sem controlador. A história lembra o hiato que precedeu a posse de dom Pedro II, em 1841. Ele esperou uma década da abdicação do pai até assumir o poder, aos 14 anos, na “maioridade”. O único herdeiro da Cerpa, Konrad Franz Seibel, atualmente tem 20 anos e também não pode ocupar o “trono”. De acordo com o testamento do pai, ele só poderá assumir ao completar 24 anos ou terminar a faculdade — ele cursa economia em Londres.

A última cartada

Enquanto isso, quem administra o dia a dia é sua mãe, Helga Irmengard Jutta — a regente, para seguir na comparação histórica. Helga teve de brigar na Justiça pelo direito de tocar a Cerpa enquanto seu filho não cumpre os pré-requisitos previstos no estatuto. Em 2003, em meio a um processo de divórcio, Karl ficou doente e teve de se afastar do cotidiano da empresa. Mas não concordou em passar o bastão para a esposa.

Por cinco anos, a Cerpa foi administrada por funcionários. Em 2008, ano do “sumiço” de Seibel, a Justiça concedeu a Helga o direito de tocar a Cerpa mesmo não sendo dona do negócio. “A empresa ficou abandonada”, afirma ela.

Em meio a esse enredo rocambolesco, a Cerpa parou de investir. A fábrica não passa por uma grande reforma desde o fim dos anos 90. Algumas máquinas têm mais de 20 anos de uso, o que exige que seus operadores gastem dez dias por mês com a manutenção. A Cerpa também fez apostas equivocadas.

Em 2003, deixou de vender latinhas e lançou uma garrafa de plástico. Seibel acreditava que as embalagens PET teriam espaço no mercado de cerveja, como aconteceu com os refrigerantes. Enquanto as concorrentes vendiam latinhas, a Cerpa foi ficando para trás. Para piorar, a companhia é investigada por financiamento ilegal de campanha eleitoral em um inquérito que começou em 2003 e recentemente chegou ao Superior Tribunal de Justiça, com o número 465/PA.

Em outra frente, a Cerpa acumula mais de 500 milhões de reais em dívidas com o governo do Pará por falta de pagamento do ICMS, um imposto estadual. A empresa não fala sobre o processo e diz estar renegociando a dívida. Procurado, o governo do Pará afirma que as denúncias têm caráter político, e a dívida é mantida sob sigilo por lei.

Atualmente, a empresa está em meio ao que pode se chamar de última cartada. Na tentativa de profissionalizar a gestão, Helga trocou a diretoria em 2012. Trouxe ex-funcionários da Heineken e da SABMiller e negociou com bancos um empréstimo de 25 milhões de reais para fazer o maior investimento de sua história. “A estratégia é resgatar a qualidade e a credibilidade da marca”, diz o diretor comercial, Carlos Menegazzo.

Para conseguir caixa, firmou em 2010 um contrato para envasar cervejas da concorrente Ambev. Pelo acordo, ganha 5,5 milhões de reais por mês, ou um terço da receita. As vendas, após o fundo­ do poço de 2008, voltaram a crescer. E, como sobraram poucas opções no mercado, o avanço chamou a atenção de Ambev, Petrópolis, Heineken e dos fundos Tarpon, Pátria e Advent, que sondaram a família nos últimos meses. Até que o herdeiro conclua seu curso superior ou faça 24 anos, os interessados terão de esperar.

sábado, 30 de março de 2013

Globo extermina o Viomundo de Luiz Carlos Azenha | Blog do Tarso


Globo extermina o Viomundo de Luiz Carlos Azenha | Blog do Tarso

O ex-prefeito de Curitiba Luciano Ducci (PSB), que conseguiu no TRE/PR uma multa de R$ 106 mil reais contra o autor do Blog do Tarso, Tarso Cabral Violin, por duas simples enquetes, está lutando para que as multas sejam mantidas no TSE. Se isso ocorrer, o Blog do Tarso será exterminado, por motivos óbvios.

Agora foi a Rede Globo que está processando o jornalista Luiz Carlos Azenha, do Viomundo, que participará do 2º Encontro de Blogueiros do Paraná. Azenha já vai ter que arcar com o próprio bolso de R$ 30 mil apenas em honorários advocatícios. Enquanto isso a Globo tem “muita lenha” para gastar, pois recebe milhões dos Poderes Públicos municipais, estaduais e União. Veja o texto de despedida de Azenha:


Globo consegue o que a ditadura não conseguiu: calar imprensa alternativa

por Luiz Carlos Azenha no Viomundo

Meu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo.

Lembro: eu não era um qualquer, na Globo, então. Era recém-chegado de ser correspondente da emissora em Nova York. Fui o repórter destacado para cobrir o candidato tucano Geraldo Alckmin durante a campanha de 2006. Ouvi, na redação de São Paulo, diretamente do então editor de economia do Jornal Nacional, Marco Aurélio Mello, que tinha sido determinado desde o Rio que as reportagens de economia deveriam ser “esquecidas”– tirar o pé, foi a frase — porque supostamente poderiam beneficiar a reeleição de Lula.

Vi colegas, como Mariana Kotscho e Cecília Negrão, reclamando que a cobertura da emissora nas eleições presidenciais não era imparcial.

Um importante repórter da emissora ligava para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, dizendo que a Globo pretendia entregar a eleição para o tucano Geraldo Alckmin. Ouvi o telefonema. Mais tarde, instado pelo próprio ministro, confirmei o que era também minha impressão.

Pessoalmente, tive uma reportagem potencialmente danosa para o então candidato a governador de São Paulo, José Serra, censurada. A reportagem dava conta de que Serra, enquanto ministro, tinha autorizado a maior parte das doações irregulares de ambulâncias a prefeituras.

Quando uma produtora localizou no interior de Minas Gerais o ex-assessor do ministro da Saúde Serra, Platão Fischer-Puller, que poderia esclarecer aspectos obscuros sobre a gestão do ministro no governo FHC, ela foi desencorajada a perseguí-lo, enquanto todos os recursos da emissora foram destinados a denunciar o contador do PT Delúbio Soares e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, este posteriormente absolvido de todas as acusações.

Tive reportagem sobre Carlinhos Cachoeira — muito mais tarde revelado como fonte da revista Veja para escândalos do governo Lula — ‘deslocada’ de telejornal mais nobre da emissora para o Bom Dia Brasil, como pode atestar o então editor Marco Aurélio Mello.

Num episódio específico, fui perseguido na redação por um feitor munido de um rádio de comunicação com o qual falava diretamente com o Rio de Janeiro: tratava-se de obter minha assinatura para um abaixo-assinado em apoio a Ali Kamel sobre a cobertura das eleições de 2006.

Considero que isso caracteriza assédio moral, já que o beneficiado pelo abaixo-assinado era chefe e poderia promover ou prejudicar subordinados de acordo com a adesão.

Argumentei, então, que o comentarista de política da Globo, Arnaldo Jabor, havia dito em plena campanha eleitoral que Lula era comparável ao ditador da Coréia do Norte, Kim Il-Sung, e que não acreditava ser essa postura compatível com a suposta imparcialidade da emissora. Resposta do editor, que hoje ocupa importante cargo na hierarquia da Globo: Jabor era o “palhaço” da casa, não deveria ser levado a sério.

No dia do primeiro turno das eleições, alertado por colega, ouvi uma gravação entre o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno e um grupo de jornalistas, na qual eles combinavam como deveria ser feito o vazamento das fotos do dinheiro que teria sido usado pelo PT para comprar um dossiê contra o candidato Serra.

Achei o assunto relevante e reproduzi uma transcrição — confesso, defeituosa pela pressa – no Viomundo.

Fui advertido por telefone pelo atual chefão da Globo, Carlos Henrique Schroeder, de que não deveria ter revelado em meu blog pessoal, hospedado na Globo.com, informações levantadas durante meu trabalho como repórter da emissora.

Contestei: a gravação, em minha opinião, era jornalisticamente relevante para o entendimento de todo o contexto do vazamento, que se deu exatamente na véspera do primeiro turno.

Enojado com o que havia testemunhado ao longo de 2006, inclusive com a represália exercida contra colegas — dentre os quais Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e Carlos Dornelles — e interessado especialmente em conhecer o mundo da blogosfera — pedi antecipadamente a rescisão de meu contrato com a emissora, na qual ganhava salário de alto executivo, com mais de um ano de antecedência, assumindo o compromisso de não trabalhar para outra emissora antes do vencimento do contrato pelo qual já não recebia salário.

Ou seja, fiz isso apesar dos grandes danos para minha carreira profissional e meu sustento pessoal.

Apesar das mentiras, ilações e tentativas de assassinato de caráter, perpretradas pelo jornal O Globo* e colunistas associados de Veja, friso: sempre vivi de meu salário. Este site sempre foi mantido graças a meu próprio salário de jornalista-trabalhador.

O objetivo do Viomundo sempre foi o de defender o interesse público e os movimentos sociais, sub-representados na mídia corporativa. Declaramos oficialmente: não recebemos patrocínio de governos ou empresas públicas ou estatais, ao contrário da Folha, de O Globo ou do Estadão. Nem do governo federal, nem de governos estaduais ou municipais.

Porém, para tudo existe um limite. A ação que me foi movida pela TV Globo (nominalmente por Ali Kamel) me custou R$ 30 mil reais em honorários advocatícios.

Fora o que eventualmente terei de gastar para derrotá-la. Agora, pensem comigo: qual é o limite das Organizações Globo para gastar com advogados?

O objetivo da emissora, ainda que por vias tortas, é claro: intimidar e calar aqueles que são capazes de desvendar o que se passa nos bastidores dela, justamente por terem fontes e conhecimento das engrenagens globais.

Sou arrimo de família: sustento mãe, irmão, ajudo irmã, filhas e mantenho este site graças a dinheiro de meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores.

Cheguei ao extremo de meu limite financeiro, o que obviamente não é o caso das Organizações Globo, que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil, com o equivalente poder político, midiático e lobístico.

Durante a ditadura militar, implantada com o apoio das Organizações Globo, da Folha e do Estadão — entre outros que teriam se beneficiado do regime de força — houve uma forte tentativa de sufocar os meios alternativos de informação, dentre os quais destaco os jornais Movimento e Pasquim.

Hoje, através da judicialização de debate político, de um confronto que leva para a Justiça uma disputa entre desiguais, estamos fadados ao sufoco lento e gradual.

E, por mais que isso me doa profundamente no coração e na alma, devo admitir que perdemos. Não no campo político, mas no financeiro. Perdi. Ali Kamel e a Globo venceram. Calaram, pelo bolso, o Viomundo.

Estou certo de que meus queridíssimos leitores e apoiadores encontrarão alternativas à altura. O certo é que as Organizações Globo, uma das maiores empresas de jornalismo do mundo, nominalmente representadas aqui por Ali Kamel, mais uma vez impuseram seu monopólio informativo ao Brasil.

Eu os vejo por aí.

PS do Viomundo: Vem aí um livro escrito por mim com Rodrigo Vianna, Marco Aurelio Mello e outras testemunhas — identificadas ou não — narrando os bastidores da cobertura da eleição presidencial de 2006 na Globo, além de retratar tudo o que vocês testemunharam pessoalmente em 2010 e 2012.

PS do Viomundo 2: *Descreverei detalhadamente, em breve, como O Globo e associados tentaram praticar comigo o tradicional assassinato de caráter da mídia corporativa brasileira.

Altamiro Borges: “Fatos e Dados” e a força dos blogs

Altamiro Borges: “Fatos e Dados” e a força dos blogs
Por Altamiro Borges

O Brasil é atualmente um dos campeões mundiais na produção de blogs, com sua linguagem diferenciada, seu dinamismo online e sua capacidade de interação. Ele também ocupa as primeiras posições no uso das redes sociais, como o facebook e o twitter. Este fenômeno incomoda os oligarcas da mídia tradicional, que se achavam donos da informação. O ativismo digital é hoje um instrumento, com suas limitações e riscos, para a democratização da comunicação. Daí a urgência de se pesquisar todo o potencial da chamada blogosfera.

O estudo apresentado pelo blogueiro Daniel Dantas, intitulado “A argumentação como elemento discursivo na mídia digital: um estudo sobre o blog ‘Fatos e Dados’”, transformado neste livro com o título de "Discurso e argumentação no Blog 'Fatos e Dados' da Petrobras", é uma importante contribuição neste sentido. A partir das reflexões de intelectuais de renome, como Mikhail Bakhtin, Michel Foucault, Manuel Castells e muitos outros, o autor analisa as técnicas argumentativas destas novas mídias. Seu amplo conhecimento teórico serve para o estudo de uma experiência concreta, a do blog “Fatos e Dados”, editado pela Petrobras.

Esta experiência gerou uma dura reação dos donos da velha mídia e teve forte impacto na blogosfera brasileira. Criado em junho de 2009, o blog “Fatos e Dados” nasceu no bojo de uma acirrada disputa política sobre os rumos da maior estatal do Brasil – e uma das maiores empresas de petróleo do mundo. Ele foi uma resposta – baseada em argumentos, ágil e ofensiva – à instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, proposta por atores políticos que sempre criticaram a estatal e pregaram sua privatização. Como afirmou na época o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, o blog seria o contraponto à “manipulação das informações”.

O uso desta nova linguagem digital, com todas as suas técnicas discursivas, teve reflexos imediatos. Em curto espaço de tempo, o blog passou a interferir no agendamento do noticiário nacional. A Petrobras saiu da defensiva imposta pela criação da CPI e apresentou à sociedade, sem a intermediação dos monopólios da comunicação, a sua versão dos fatos. Entrevistas antes manipuladas pelos veículos hegemônicos passaram a ser reproduzidas, no mesmo instante, no blog da empresa. Através dos hiperlinks, ele disponibilizou inúmeros dados para sustentar a sua argumentação. O embate de ideias ganhou uma ferramenta nova, revolucionária no mundo da informação.

A inovação gerou a imediata reação. Apropriando-se indevidamente do discurso da “liberdade de expressão”, que os barões da mídia confundem com a liberdade dos monopólios, houve uma artilharia pesada contra o blog “Fatos e Dados”. O jornal O Globo, do maior império midiático do país, publicou editorial contra a iniciativa comunicacional da estatal. O título atestou o seu desespero: “Ataque à imprensa”. A Associação Nacional de Jornais (ANJ), que hoje não esconde mais seu papel de partido político, distribuiu nota oficial em “repúdio pela atitude antiética e esquiva com que a Petrobras vem tratando os questionamentos que lhe são dirigidos”.

Apesar da chiadeira, o blog cumpriu importante papel no esclarecimento da sociedade – já a CPI da Petrobras foi enterrada sem atingir os intentos privatistas dos seus proponentes. A cada ataque desfechado pela velha mídia, o blog apresentou seus contra-argumentos. Ele alcançou 2 milhões de visitantes em apenas cinco meses de existência. O pesquisador Daniel Dantas estuda as postagens publicadas no período de maior tensão. Ele analisa as respostas, as técnicas discursivas, a reação/interação dos leitores/produtores de conteúdo. É um estudo detalhado, pormenorizado, que permite perceber a força, o potencial e as limitações desta nova forma de comunicação.

“A grande audiência conseguida nos primeiros momentos de existência do blog e o volume de discussão política e apoio que obteve indicam que o ‘Fatos e Dados’ constituiu-se em uma iniciativa de sucesso para tratar daquela crise especifica enfrentada pela empresa – o que só pode ser reforçado quando tomamos em consideração que a CPI que motivou a criação do espaço virtual chegou ao fim sem grandes problemas de imagem para a Petrobras”, conclui o pesquisador e blogueiro Daniel Dantas. Por estas e outras razões, este estudo de caso é uma importante fonte de consulta e reflexão para os que estão conectados no apaixonante mundo da cibercultura.

* Texto de apresentação do livro "Discurso e argumentação no Blog 'Fatos e Dados' da Petrobras", do blogueiro Daniel Dantas Lemos (Editora Curviana).

quinta-feira, 28 de março de 2013

BC americano traduz a visão de Dilma | Brasil 24/7

BC AMERICANO TRADUZ A VISÃO DE DILMA




Uma fala da presidente Dilma Rousseff, sobre crescimento e inflação, desencadeou mais uma onda de críticas à política econômica, como se o Brasil sacrificasse a estabilidade de preços em nome de níveis de emprego maiores; do novo ataque especulativo, fazem parte economistas, como Alexandre Schwartsman e Ilan Goldfajn, e jornalistas, como Merval Pereira e Eliane Cantanhêde; ocorre que a missão do Federal Reserve, banco central americano, traduz exatamente o que a presidente Dilma falou: antes mesmo da estabilidade, vem o emprego, como meta central

28 DE MARÇO DE 2013 ÀS 07:46

247 - Dias atrás, dois economistas ligados ao sistema financeiro, Ilan Goldfajn, do Itaú Unibanco, e Alexandre Schwartsman, ex-Santander, renovaram suas críticas à política econômica do governo Dilma Rousseff e foram explícitos em seu receituário. Para conter a alta de preços, pregaram como remédio de política econômica que o governo incentivasse demissões na economia. Por mais que pareça incompreensível, é a pura verdade (leia maisaqui).

Foi a esse tipo de crítica e, provavelmente, a esses dois economistas que a presidente Dilma Rousseff falou ontem, na África do Sul, ao comentar a dicotomia entre emprego e inflação. "Não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a redução do crescimento econômico", afirmou. "Esse receituário quer matar o doente em vez de curar a doença".

Instantaneamente, grandes bancos dispararam ordens para apostar na queda dos juros futuros, num movimento que pareceu ser coordenado. E foi isso que levou a presidente Dilma, no Blog do Planalto, a enfatizar seu compromisso com o combate à inflação.

O movimento presidencial deflagrou uma nova rodada de críticas à política econômica. Colunistas políticos, agora especialistas em economia, como Merval Pereira, do Globo, e Eliane Cantanhêde, da Folha, criticam o suposto descaso da presidente Dilma com a inflação.

Ocorre, no entanto, que a presidente não falou absolutamente nada que seja exótico ou mesmo surpreendente. Sua fala traduz uma mensagem que está expressa na missão do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. Lá, o emprego vem antes da estabilidade e a missão principal do Fed é "conduzir a política monetária, influenciando as condições monetárias e de crédito na economia, em busca do maior nível de emprego, de preços estáveis e de taxas de juros moderadas no longo prazo". Ou seja, nos Estados Unidos, economistas com uma visão de mundo semelhante às de Schwartsman ou Goldfajn, não teriam sucesso, nem pautariam editoriais na chamada grande imprensa. Emprego baixo e juros na lua não têm Ibope no mundo civilizado.

Abaixo, em inglês, a missão do Fed:

The Federal Reserve System is the central bank of the United States. It was founded by Congress in 1913 to provide the nation with a safer, more flexible, and more stable monetary and financial system. Over the years, its role in banking and the economy has expanded.

  • Today, the Federal Reserve's duties fall into four general areas:
  • conducting the nation's monetary policy by influencing the monetary and credit conditions in the economy in pursuit of maximum employment, stable prices, and moderate long-term interest rates
  • supervising and regulating banking institutions to ensure the safety and soundness of the nation's banking and financial system and to protect the credit rights of consumers
  • maintaining the stability of the financial system and containing systemic risk that may arise in financial markets
  • providing financial services to depository institutions, the U.S. government, and foreign official institutions, including playing a major role in operating the nation's payments system

Por que tanta má vontade? | Brasil 24/7

POR QUE TANTA MÁ VONTADE?



Projeção de crescimento aponta para PIB de 3,1% este ano, o maior do último triênio; desemprego de 5,6% é o menor em 14 anos, assim como a taxa de juros de 7,25% é a mais baixa dos últimos 20 anos; previsão do Banco Central é de queda de 15% na tarifa de energia e de 2% na de telefonia; empréstimos para empresas crescem 75% em janeiro na Caixa, apontando para investimentos produtivos; inadimplência se mantém estável; preços administrados devem subir 2,7%, dentro da meta traçada; por que esses números não são destacados pela mídia tradicional?

28 DE MARÇO DE 2013 ÀS 13:34

247 - Entre 1999 e 2002, na gestão do fundador do Gávea Investimentos, Armínio Fraga, na presidência do Banco Central, a inflação saltou de 8,44% para 12,53%, variando entre 5,97% e 7,67% nos dois anos intermediários. As metas de inflação daquele quadriênio estouraram por três vezes, sendo respeitadas, com a entrada na variação permitida pela banda pré-estabelecida, em apenas um exercício. Era o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, com Pedro Malan no Ministério da Fazenda. A alegação para a quebra de todos os limites impostos pelo próprio BC, invariável: culpa da crise internacional.

A mídia tradicional, naquela quadra histórica, não apenas compreendia o momento, como aquiescia diante das decisões e elevou Fraga ao patamar de intocável, no qual ele está até hoje.

Nos últimos dois anos, o cenário de crise permaneceu tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. O euro, moeda única do Velho Continente, quase virou pó, com os países membros da União Européia tendo conseguido um consenso em torno da manutenção de sua moeda apenas depois de meses de longas reuniões. Países industrializados como a Itália, ascendentes como Portugal e modelares como a Espanha chegaram perto de quebrar. Aconteceu com a Grécia. Para todos, foram necessários bilhões de euros em ajuda para impedir o pior. No entanto, os efeitos da crise que, para ser contida nos Estados Unidos, leva o Federal Reserv a manter as taxas de juros no patamar zero até 2015 – decisão anunciada formalmente –, não levaram o Banco Central do Brasil, como no passado da virada dos anos 1990 para 2000, a estourar suas metas. Ao contrário.

Com base nos indicadores econômicos dos três primeiros meses deste ano, o Banco Central apresentou nesta quinta-feira 28 projeção de crescimento do PIB para 2013 de 3,1%. O resultado, uma vez confirmado, será o melhor do último triênio. A taxa de desemprego, medida pelo IBGE, também hoje foi anunciada em de 5,6%, a menor da série histórica iniciada em 1999. Ou seja, a mais baixa em 14 anos.

Sobre investimentos produtivos, a Caixa Econômica Federal divulgou um dado relevante. A carteira de crédito para pessoas jurídicas (empresas) chegou a R$ 67 bilhões em fereiro, num salto de 75% sobre o mesmo mês do ano passado. A inadimplência de pagamentos, ao mesmo tempo, se mostrou estável em 2%. Os indicadores mostram que os empresários voltaram a tomar recursos para investimentos produtivos, e têm conseguido pagar suas contas junto ao credor CEF.

No campo dos preços, as previsões convergem para estimar uma baixa generalizada de 15% nas tarifas de energia elétrica, beneficiando consumidores residenciais e a indústria, e de 2% nas contas de telefonia. É uma redução próxima à espetacular para um País que já tem mais telefones celulares do que habitantes. Os preços administrados, que na projeção de dezembro divulgada pelo BC poderiam ter alta de 2,4%, têm elevação prevista agora até dezembro de 2,7%. A taxa de inflação, antes projetada para 4,8%, foi ajustada para 5,7%.

Todos os números acima foram divulgados nesta manhã, em relatórios públicos do Banco Central e do IBGE. O destaque da mídia tradicional, porém, como se notava pelos títulos principais dos portais UOL, Estadão e G1, por volta do meio-dia, era apenas um: a taxa de inflação de 5,7%.

O que não foi dito ali com igual destaque, em prejuízo dos leitores, é que a nova projeção era integralmente esperada pelo mercado. E continua, a previsão de 5,7%, dentro da banda de variação de dois pontos acima ou abaixo do centro da meta, que é de 4,5%. Não houve um salto para além de 12%, como ocorreu no último ano da gestão de Fraga no BC. Os demais porcentuais que apontam para uma economia saudável, que vai quebrando, uma a uma, as ondas contrárias chegadas de fora para dentro do País, ficaram relegados a um plano inferior. De menor ou quase nenhuma visibilidade.

Trata-se, sem retoques, de uma estratégia comum de olhar o desempenho da economia brasileira pelo pior ângulo, embotando visualizações de um futuro diferente do que, por exemplo, o abismo do descontrole. Nesse rumo, até mesmo conclamações como as feitas pelos economistas Ilan Goldfajn e Alexandre Schwartasman, arautos do desemprego como forma de conter a inflação, ganham grandes espaços como se fizessem parte do debate sério da economia. "Gênios", como ironizou Delfim Netto.

Ainda bem que Malan está no Itaú Unibanco. E Fraga jogando golfe, aos domingos, no Itanhangá, e atuando no Gávea, e não no BC, nos dias úteis. (Marco Damiani)

Na Ilharga - Economia em alta e desemprego em baixa

A economia deve crescer 3,1%, este ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi divulgada hoje (28) pelo Banco Central, no Relatório de Inflação. A projeção está 2,2 pontos percentuais acima da expansão observada no ano passado (0,9%).

Para a produção agropecuária, a estimativa de expansão é 6%, depois do recuo de 2,3% em 2012. No caso da indústria, a perspectiva de crescimento é 2,3%, ante retração de 0,8%, no ano passado. Para o setor de serviços, a projeção de expansão é 3,1%, superior em 1,4 ponto percentual ao resultado de 2012.

O BC projeta ainda crescimento de 3,5% para o consumo das famílias, ante 3,1% em 2012. Para o Banco Central, esse aumento será “consistente com a expansão moderada da ofertade crédito e a estreita margem de ociosidade no mercado de trabalho”.

O consumo do governo deverá aumentar 2,8%, ante 3,2% em 2012, enquanto a expansão da formação bruta de capital fixo (investimentos em máquinas, equipamentos e na construção civil) deverá atingir 4%.

As exportações e as importações de bens e serviços devem crescer 4,5% e 7%, respectivamente, no período, ante as elevações de 0,5% e 0,2%, respectivamente, em 2012. “As vendas de produtos brasileiros no exterior devem se beneficiar da intensificação do ritmo de atividade em relevantes parceiros comerciais, enquanto o aumento das importações brasileiras se alinha às perspectivas de maior crescimento da demanda doméstica, em particular, de investimentos”, diz o BC, no relatório.

Por outro lado, o desemprego no país manteve-se estável em fevereiro na comparação com janeiro, ao subir de 5,4% para 5,6% nas seis regiões metropolitanas investigadas. Os dados foram divulgados hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram que a alta da taxa de desocupação em fevereiro também mostrou-se estável em relação ao mesmo período do ano passado (5,7%). Cerca de 1,4 milhão de pessoas nas regiões pesquisadas estavam desocupadas em fevereiro, segundo a pesquisa.

A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, do Rio de Janeiro, de São Paulo e Porto Alegre. Houve queda de desocupação nas regiões metropolitanas de Salvador e do Rio de Janeiro (19,3% e 19%, respectivamente) e alta em Recife (28,2%).

Segundo o IBGE, a população ocupada em fevereiro é de aproximadamente 23milhões de pessoas, o que representa queda frente a janeiro (-0,7%) e alta na comparação com o mesmo período do ano passado (1,6%), com incremento de 362 mil postos de trabalho em 12 meses.

Regionalmente, a análise mostrou variação mensal significativa apenas em Recife (queda de 3,2% ou menos 51 mil pessoas ocupadas de janeiro para fevereiro). Na comparação com fevereiro do ano passado, houve variação somente em São Paulo (2,5%, ou mais 236 mil pessoas ocupadas).

O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (11,5 milhões) ficou estável em relação a janeiro e cresceu 2,3% em relação a fevereiro de 2012 – mais 254 mil postos de trabalho com carteira assinada em um ano.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou em R$ 1.849,50, com alta de 1,2% frente a janeiro e de 2,4% na comparação com fevereiro de 2012. A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 42,8 bilhões) também apresentou estabilidade em fevereiro ante janeiro último e cresceu 4,2% em relação a fevereiro de 2012.

Regionalmente, na comparação com janeiro deste ano, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores aumentou nas regiões metropolitanas do Recife (1,6%), Rio de Janeiro (1,7%), de São Paulo (1,3%) e Porto Alegre (2,2%); ficou estável em Belo Horizonte e caiu em Salvador (-1,2%). Já em relação a fevereiro do ano passado houve altas no Recife e em Belo Horizonte (ambas, 7,4%), em Porto Alegre (7,3%), São Paulo (2,8%) e no Rio de Janeiro (0,8%). Apenas Salvador registrou queda no rendimento (-9,8%).

Assim como o IBGE, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) divulgam dados mensais sobre o desemprego no país. As informações apresentadas nesses levantamentos costumam ser diferentes, devido aos conceitos e à metodologia usados. Entre as diferenças está o conjunto de regiões pesquisadas.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada pelo Dieese e pela Fundação Seade, não engloba o número de desempregados na região metropolitana do Rio de Janeiro. Já na pesquisa do IBGE não estão incluídas duas regiões que fazem parte do conjunto da PED: Fortaleza e o Distrito Federal.

(Agência Brasil)

quarta-feira, 27 de março de 2013

Dilma reclama de "Manipulação inadmissível" | Brasil 24/7

Dilma reclama de "Manipulação inadmissível" | Brasil 24/7



Na África do Sul, presidente procura o Blog do Planalto, veículo eletrônico oficial, para criticar interpretações do mercado financeiro brasileiro sobre seu pronunciamento na manhã desta quarta-feira 27; "O combate à inflação é um valor em si mesmo e permanente do meu governo", disse Dilma Rousseff em Durban, para antes assinalar: "Houve uma manipulação inadmissível da minha fala"; especulação se dá em torno de manutenção de juros no atual patamar; presidente do Banco Central, Alexandre Tombini dá entrevista para reafirmar vigilância à inflação

27 DE MARÇO DE 2013 ÀS 17:17

247 - Atenta à reação do mercado ao seu pronunciamento em Durban, na África do Sul, durante reunião dos Brics, a presidente Dilma Rousseff falou ao Blog do Planalto para desfazer a impressão de que a preocupação com a inflação não está no centro da política econômica do governo. Ela também se pronunciou no sentido de não passar a impressão de falta de autonomia do Banco Central.

Nos últimos tempos, o mercado financeiro ganhou espaço para especulação sobre a taxa de juros. A fala de Dilma mais cedo foi interpretada como um sinal de que o Copom -- Comitê de Política Monetária do Banco Central -- não irá subir os juros em sua próximo reunião. O encontro irá acontecer no mesmo dia da divulgacão do resultado do PIB do primeiro trimestre. "Se o PIB ficar em um por cento, com esse clima eleitoral, ai é que os juros não subirão mesmo", disse uma fonte do mercado financeiro. Sem uma elevação na taxa de juros, parte dos agentes acreditam que a inflação tende a subir, enquanto outro contingente não vê risco de isso acontecer.

Para barrar as especulações, Dilma procurou esclarecer o que disse. Confira abaixo íntegra da nota no Blog do Planato:

Dilma diz que sua fala sobre inflação foi manipulada

Quarta-feira, 27 de março de 2013 às 15:35 (Última atualização: 27/03/2013 às 15:36:27)

A presidenta Dilma Rousseff declarou ao Blog do Planalto que houve interpretações equivocadas dos seus comentários sobre inflação, feitos na manhã desta quarta-feira (27), em Durban, na África do Sul, durante entrevista a veículos de comunicação.

“Foi uma manipulação inadmissível de minha fala. O combate à inflação é um valor em si mesmo e permanente do meu governo”, afirmou.

A declaração foi feita após a presidenta tomar conhecimento de que agentes do mercado financeiro estavam interpretando erroneamente seus comentários como expressão de leniência em relação à inflação. A presidenta solicitou ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que também desse esclarecimentos sobre o assunto.

Tombini

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, falou nesta quarta-feira para explicar que as declarações da presidente Dilma Rousseff, dadas da Cúpula dos BRICS, em Durban, África do Sul, na manhã desta quarta-feira 27, foram entendidas de forma equivocada. Tombini afirmou que "Dilma pediu que o mal entendido fosse desfeito e que não há tolerância em relação à inflação".

Durante a cúpula, Dilma disse que discorda de políticas para controlar a inflação que visem um crescimento econômico menor. "Eu não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a questão da redução do crescimento econômico. Até porque, nós temos uma contraprova dada pela realidade", disse. "Nós vemos um baixo crescimento no ano passado, e houve um aumento da inflação, porque teve um choque de oferta devido à crise. Um dos fatores era externo", completou.

Depois da repercussão no mercado, segundo Tombini, Dilma solicitou a ele que reforçasse que, se fosse preciso, os instrumentos de política monetária serão usados. "De inflação fala a equipe econômica. Em relação à política de juros, fala o Banco Central", destacou Tombini à Agência Estado, reforçando que esta é a posição da presidente Dilma.

Belluzzo lembra que Fraga elevou meta de inflação | Brasil 24/7

Belluzzo lembra que Fraga elevou meta de inflação | Brasil 24/7



"E isso não foi visto como um pecado mortal", disse ex-secretário de Política Econômica; "Talvez seja mais apropriado rediscutir a meta de inflação para cima", sugeriu Luiz Gonzaga Belluzzo, apontando o Conselho Monetário Nacional como o órgão mais indicado para fazer essa revisão; "O BC está agindo com cautela e clarividência", defendeu, lembrando que meta de inflação foi alterada em governo tucano em razão da conjuntura internacional instável

27 DE MARÇO DE 2013 ÀS 18:32

247 – O economista Luiz Gonzaga Belluzzo, um dos principais conselheiros informais da presidente Dilma Rousseff para a política econômica, sugeriu hoje que o Conselho Monetário Nacional altere, para cima, a atual meta de inflação de 4,5 %.

- Talvez seja mais apropriado rediscutir a meta de inflação para cima. Isso aconteceu na administração de Armínio Fraga, e essa decisão não foi vista como um pecado mortal, lembrou o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (1985-1987), referindo ao presidente do Banco Central no segundo governo do tucano Fernando Henrique Cardoso.

Belluzzo apoiou as ações do Banco Central. Nesta quarta-feira 27, em Durban, na África do Sul, o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, concedeu entrevistas a pedido da presidente Dilma Rousseff. "Ela pede para que o mal entendido seja desfeito: não há tolerância com a inflação. E quando o BC precisar fazer esclarecimentos, assim o fará". Tombini saiu a campo na tentativa de barrar as especulações contra uma alta dos juros, pelo Copom, em sua próxima reunião, iniciadas a partir de pronunciamento de Dilma, na manhã de hoje, no qual afirmou que o crescimento econômico não é motivo de alta inflacionária.

Ao Blog do Planalto, a presidente Dilma afirmou que seus palavras foram manipuladas de maneira "inadmissível".

Para Belluzzo, o BC "está agindo com cautela e clarividência". "Está muito tranquilo, sem aumentar o grau de ruído nessa discussão". Ele considerou, como Dilma havia feito, que a conjuntura internacional é instável neste momento.

"É preciso ter a inflação sob controle, mas sem tentar colocar dentro da meta diante de uma conjuntura tão instável", disse Belluzzo. "Poucas vezes no Brasil a inflação ficou dentro da meta. Armínio Fraga mudou a meta num momento de crise", lembrou.

Leandro Fortes: O nazijornalismo do CQC « Viomundo – O que você não vê na mídia

Leandro Fortes: O nazijornalismo do CQC « Viomundo – O que você não vê na mídia



"Dar um microfone a uma criança, ou usá-la como instrumento pérfido de manipulação, como fez o CQC com José Genoíno, não faz dela um repórter – e, provavelmente, não irá ajudá-la a construir um bom caráter. É um crime"

por Leandro Fortes, em CartaCapital

A violência do CQC contra o deputado José Genoíno alcançou, essa semana, um grau de bestialidade que não pode ser dimensionado à luz do humorismo, muito menos no campo do jornalismo. Isso porque o programa apresentado por Marcelo Tas, no comando de uma mesa onde se perfilam três patetas da tristeza a estrebuchar moralismos infantis, não é uma coisa nem outra.

Não é um programa de humor, porque as risadas que eventualmente desperta nos telespectadores não vem do conforto e da alegria da alma, mas dos demônios que cada um esconde em si, do esgoto de bílis negra por onde fluem preconceitos, ódios de classe e sentimentos incompatíveis com o conceito de vida social compartilhada.

Não é jornalismo, porque a missão do jornalista é decodificar o drama humano com nobreza e respeito ao próximo. É da nobre missão do jornalismo equilibrar os fatos de tal maneira que o cidadão comum possa interpretá-los por si só, sem a contaminação perversa da demência alheia, no caso do CQC, manipulada a partir dos interesses de quem vê na execração da política uma forma cínica de garantir audiência.

A utilização de uma criança para esse fim, com a aquiescência do próprio pai, revela o grau de insanidade que esse expediente encerra. O que se viu ali não foi apenas a atuação de um farsante travestido de jornalista a fazer graça com a desgraça alheia, mas a perpetuação de um crime contra a dignidade humana, um atentado aos direitos humanos que nos coloca, a todos, reféns de um processo de degradação social liderado por idiotas com um microfone na mão.

A inclusão de um “repórter-mirim” é, talvez, o elemento mais emblemático dessa circunstância, revelador do desrespeito ao ofício do jornalismo, embora seja um expediente comum na imprensa brasileira. Por razões de nicho e de mercado, diversos veículos de comunicação brasileiros têm lançado, ao longo do tempo, mão dessa baboseira imprestável, como se fosse possível a uma criança ser repórter, ainda que por brincadeira.

Jornalismo é uma profissão de uma vida toda, a começar da formação acadêmica, a ser percorrida com dificuldade e perseverança.

Não existem repórteres-mirins, como não existem médicos-mirins, advogados-mirins e engenheiros-mirins.

Jornalismo é uma profissão de uma vida toda, a começar da formação acadêmica, a ser percorrida com dificuldade e perseverança. Dar um microfone a uma criança, ou usá-la como instrumento pérfido de manipulação, como fez o CQC com José Genoíno, não faz dela um repórter – e, provavelmente, não irá ajudá-la a construir um bom caráter. É um crime e espero, sinceramente, que alguma medida judicial seja tomada a respeito.

Existem, sim, cretinos adultos.

E, a estes, dedico o meu desprezo e a minha repulsa, como cidadão e como jornalista.

Blog do Puty - PEC das domésticas será promulgada em 02 de abril

“Nós, trabalhadoras domésticas, lutamos por direitos iguais aos dos homens e mulheres que trabalham em outras áreas”. (Creuza Maria - Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas).



Foto: Agência Brasil

Foi isso que declarou a presidente da Federação das Trabalhadoras Domésticas, Creuza Maria, ontem, após votação e aprovação histórica da PEC das domésticas.

Considerada histórica, a PEC 66, por tratar da garantia de direitos a uma das mais antigas categorias trabalhistas do país, que é formada em sua maioria por mulheres negras.

A votação foi acompanhada também pelas ministras Luiza Bairros (Igualdade Racial), e Eleonora Menicucci (Políticas para Mulheres), a relatora da PEC na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e a senadora Lídice da Mata (PSB-BA).

Por 66 votos favoráveis e nenhum contra, o Senado Federal aprovou a PEC 66, que garante aos trabalhadores domésticos 17 novos direitos.
A proposta deverá ser promulgada na próxima terça-feira, dia 2 de abril, quando passam a valer de imediato 10 dos 17 itens previstos na PEC. Sete deles ainda precisam ser regulamentados antes de entrar em vigor.

Puty comenta a conquista - PEC das domésticas.Ouça aqui.

Direitos

Jornada diária de trabalho de oito horas e 44 horas semanais;
Pagamento de hora extra de, no mínimo, 50% da hora normal ;
Entre os direitos que ainda precisam de regulamentação estão:
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS);
Seguro contra acidentes de trabalho;
Seguro-desemprego;
Obrigação de creches e pré-escolas para filhos e dependentes até seis anos de idade;
Salário família;
Demissão sem justa causa.

A OPOSIÇÃO, O GOLPE E A REFORMA POLÍTICA

Por Alberto Puty*

Tenho visto algumas pessoas, que são contra as políticas do Governo Federal, contra o PT, contra Lula e Dilma, se manifestarem, o que é um direito político e legítimo deles. Isto faz parte do processo democrático e suas atitudes militantes como oposição é procurar mostrar os erros e defeitos do governo e ao mesmo tempo colocar-se como alternativa de poder para o embate eleitoral. As lutas se dão nesse processo eleitoral, onde o mais votado assume o poder. São utilizados os mais diversos estratagemas, alguns corretos moralmente outros nem tanto.

Com a alta aprovação dos governos Lula e agora Dilma, o incômodo tem sido muito grande, até mesmo porque as elites não conseguem encontrar um líder político que possa fazer o enfrentamento eleitoral, com chances de vitória. Tentativas tem sido inúmeras de promoção de possíveis presidenciáveis como Serra, Aécio, Marina, Eduardo Campos, porém sempre com resultados pífios.

Com todo apoio da grande mídia nacional, que está diariamente a apresentar uma visão de conjuntura econômica, política e social desfavorável do Brasil, culpando as políticas adotadas, mesmo quando estas são claramente benéficas à grande maioria da população, e as versões continuamente desmentidas pela realidade dos fatos, a oposição não tem tido sucesso em sua batalha contra o governo.

Setores mais reacionários da direita, apegados ao passado, diante da conjuntura política, tem buscado fórmulas para apear do poder os dirigentes legitimamente eleitos para o cumprimento de seus mandatos, pois as políticas empreendidas não se coadunam com os seus objetivos de poder e econômicos. São setores ligados principalmente ao “mercado”, ao “agronegócio”, às multinacionais com diversos interesses no País. Decorre daí as acusações de estatizante, gerador de impostos, corrupto, leniente com a violência urbana e rural, etc.. Estes setores são versões de grupos como os que lutaram contra Getúlio Vargas, quando este estabeleceu o monopólio do petróleo, com a criação da empresa PETROBRAS, contrariando o interesse das chamadas “7 irmãs”, multinacionais do petróleo. Nessa época o Brasil era considerado quintal dos EUA. São os grupos que incentivaram os militares a derrubarem Jango em 1964 e implantarem uma ditadura, pois a tentativa de desenvolvimento nacional independente, com a visão de estabelecer as “indústrias de base” era vista como “atitude comunista”. O grande irmão do norte não se conformou com isso e promoveu a queda de Jango.

Hoje esses grupos da chamada “elite” estão atuantes e buscam aliados em todos os setores da vida nacional para, à margem do processo eleitoral, dar um “golpe” tipo o que ocorreu no Paraguai, com feições de legalidade.

Com a base do Professor “Goebbels”, diariamente são produzidas versões de fatos, documentos apócrifos, denúncias vazias que ecoam nos jornais, nas revistas, sem um mínimo de fundamento, mostrando Lula ora como um demônio (Exu de 9 dedos), ora como um analfabeto, ora fazendo parte de uma quadrilha, etc. Durante algum tempo esqueceram de Dilma com o fito de destruíram Lula, mas viram que isso era uma missão quase impossível e também passaram a tentar destruí-la politicamente.

Fazem circular, não somente na grande mídia essas versões fantasiosas, como utilizam a internet para criar tipos de “verdades” como: montagem da Capa da revista Forbes com Lula, mostrando ser um dos maiores bilionários do mundo ou foto da Faculdade de Agronomia de Piracicaba como sendo a fazenda de propriedade de Lula. E por aí vai.

Algumas dessas criações, segundo informações divulgadas na Internet, tiveram origem no Estado de Goiás. E, uns por má fé e outros por serem crédulos fazem a divulgação de tamanhas inverdades.

Vivemos em um mundo imperfeito e os políticos não são santos, e posso afirmar que não somente os membros do Legislativo, como do Judiciário e do executivo, nos 3 níveis, também não o são. Até mesmo nas organizações religiosos temos exemplos patentes de grande imperfeição, de dogmatismo excludente, de discriminação de todo o tipo. E, para não irmos ao passado, temos o escândalo recente do “Vatiliks”, o qual tem mexido com a cúpula da Igreja Católica e muitos fiéis aguardam uma reforma.

Entretanto os políticos representam, mal ou bem, a sociedade no regime democrático. E a democracia, sendo um bem universal, temos que a preservar e fortalece-la a todo o custo. Todos sabem que mudanças são imprescindíveis para termos melhor representação popular e para isso a reforma política é urgente e tem a necessidade de tratar do seguinte:

1- Limitação do número de partidos políticos. A disseminação de partidos, no momento atual, é uma distorção para uso na época eleitoral, como negociação para aumento de tempo de TV dos partidos maiores. A cláusula de barreira é uma forma de efetuar essa limitação;

2- Proibição de apoio financeiro das empresas, visando evitar a influência perversa dos grupos econômicos, no legislativo como no executivo. Empresa que dá apoio financeiro à política visa um retorno financeiro e econômico, como sempre aconteceu;

3- Financiamento público das campanhas políticas, como forma de equilibrar e democratizar esse processo eleitoral, e minimizar as influências econômicas;

4- Voto em partido e não em pessoas. Teremos o fortalecimento dos partidos e identificação ideológica dessas entidades. O voto seria em lista fechada, escolhida em convenções partidárias. Este item é de fundamental importância, uma vez que limitará automaticamente o número de partidos políticos, pois os partidos menores serão forçados a se agregar à aqueles que são iguais ou próximos ideologicamente.

A demora em tratar do assunto, ou mesmo a resistência à mudanças na política favorece àqueles que nadam de braçadas nas águas turvas da corrupção. Políticos que se elegem com apoio dos grandes grupos e se tornam seus verdadeiros advogados, seja na aprovação das leis que os beneficiam ou na garantia dos contratos de grandes obras, evidentemente não aceitam qualquer mudança, pois isto desfavorece seus objetivos eleitoreiros ou de acumulação de riqueza.

Muita discussão haverá sobre o assunto, mas a lei do progresso vai se impor, mais cedo ou mais tarde, e, de qualquer forma, a Democracia e o respeito ao processo democrático tem que prevalecer, independente da visão de alguns grupos extremados da direita.


* Alberto Puty é Engenheiro civil e consultor de empresas.

terça-feira, 26 de março de 2013

Senado aprova PEC das Domésticas; categoria terá direito a hora extra e FGTS - 26/03/2013 - UOL Empregos - Da Redação

Senado aprova PEC das Domésticas; categoria terá direito a hora extra e FGTS - 26/03/2013 - UOL Empregos - Da Redação


Senado aprova PEC das Domésticas; categoria terá direito a hora extra e FGTS

Do UOL, em São Paulo
Atualizada 26/03/2013 - 21h37
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O Plenário do Senado aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (26), a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 66/2012 que amplia os direitos trabalhistas aos empregados domésticos. A proposta passou hoje pelo segundo turno de votação com um total de 66 votos e não precisará desanção presidencial para entrar em vigor.

PEC das Domésticas

  • Shutterstock
    UOL responde 30 dúvidas sobre os novos direitos das domésticas
  • Divulgação
    "Profissão de doméstica tende a desaparecer", diz professor da FGV
A medida afeta mais de 7 milhões de trabalhadores domésticos no Brasil, sendo que 97% são mulheres.

Conforme anúncio feito pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a PEC das Domésticas será promulgada no dia 2 de abril, no auditório Petrônio Portela, às 12h. A presidente da República, Dilma Roussef, será convidada de honra para a cerimônia.

Ainda não há data para a publicação no "Diário Oficial", quando parte dos direitos entrarão em vigor. Outros ainda dependerão de regulamentação específica.

PEC


Proposta pelo deputado federal Carlos Bezerra (PMDB-MT), a matéria estende à categoria direitos como ocontrole da jornada de trabalho, com limite de 8 horas diárias e 44 horas semanais, horas extras, FGTS obrigatório e seguro-desemprego.

A PEC foi aprovada por unanimidade, em primeiro turno, no último dia 19. Foram 70 votos favoráveis e nenhum contrário. Foi aprovada apenas uma emenda de redação, de modo que a matéria conserva o texto enviado pela Câmara dos Deputados.

profissão de empregado doméstico tende a desaparecer a longo prazo. A avaliação é do professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) no Rio de Janeiro, Luiz Guilherme Migliora, especialista em direito do trabalho.

Direitos


Alguns direitos ampliados pela PEC das Domésticas têm aplicação imediata, como jornada de trabalho de até oito horas diárias e 44 horas semanais e pagamento de horas extras no valor mínimo de 50% acima da hora normal.

Para outros direitos, há necessidade de regulamentação, a exemplo do pagamento de seguro-desemprego; da remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; e da contratação de seguro contra acidentes de trabalho. No caso do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), embora o texto traga a previsão de regulamentação, há quem entenda que a aplicação é imediata, porque já há lei que trata do assunto.
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Atualmente, o trabalhador doméstico tem apenas parte dos direitos garantidos pela Constituição aos trabalhadores em geral, como salário mínimo, décimo-terceiro salário, repouso semanal remunerado, férias, licença-maternidade e licença-paternidade, aviso-prévio e aposentadoria. Veja os novos direitos garantidos:

>Direitos assegurados sem necessidade


- Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo;
- Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção;
- Jornada de trabalho de até oito horas diárias e 44 semanais;
- Hora extra de, no mínimo, 50% acima da hora normal;
- Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
- Reconhecimento dos acordos coletivos de trabalho;
- Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
- Proibição de qualquer discriminação do trabalhador deficiente;
- Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e de qualquer trabalho e a menores de 16 anos, exceto aprendizes (14 anos).

Direitos que dependem de regulamentação


- Proteção contra demissão arbitrária ou sem justa causa;
- Seguro-desemprego;
- FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço);
- Adicional por trabalho noturno;
- Salário-família;
- Assistência gratuita a dependentes até cinco anos em creches e pré-escolas;
- Seguro contra acidentes de trabalho.

Ampliar

Veja dez direitos básicos de todo trabalhador11 fotos

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Publicada em 1º de maio de 1943, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) foi criada para regular as relação trabalhistas no Brasil. Veja a seguir dez direitos garantidos a todos os trabalhadores: Evelson de Freitas/Folhapress

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Blog da Ana Júlia: Datafolha: PT continua sendo o partido mais querid...

Datafolha: PT continua sendo o partido mais querido pelo povo brasileiro

Levantamento feito pelo Instituto Datafolha, divulgado no último fim de semana, revelou que 55% da população brasileira faz uma avaliação positiva da contribuição do Partido dos Trabalhadores ao governo da presidenta Dilma Rousseff. A pesquisa revelou também que 72% dos pesquisados consideram o governo petista como sendo bom.

Além disso, o estudo apontou que o partido, mais uma vez, mantém a preferência junto ao eleitorado brasileiro. O PT é o mais querido para 29% da população, contra 7,5% do PMDB e 4,5% do PSDB.

Para o líder da Bancada do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE) os altos índices de aceitação do Partido dos Trabalhadores tem significado extraordinário, pois é o partido que dá sustentação política ao governo Dilma. “O PT faz bem ao governo e ao País para mais de 50% da população. É o partido que é mais comprometido com aquilo que é a matriz programática do governo: a defesa dos pobres. Portanto, o PT está umbilicalmente ligado a este legado vitorioso iniciado com o presidente Lula e que tem continuidade agora com a presidenta Dilma”, ressaltou José Guimarães.

O líder petista destacou ainda a importância do PT nos resultados da pesquisa Datafolha e que aponta o governo Dilma com índice de aprovação recorde. A pesquisa revela que 59% dos brasileiros consideram a gestão ótima ou boa.

“Os altos índices de aceitação da presidenta Dilma devemos principalmente pela confiança. A sensação de bem estar da população brasileira, que é uma sociedade que se auto afirma a cada dia exatamente como resultado das políticas públicas desenvolvidas pelo governo Dilma, políticas macroeconômicas que signifiquem cada vez mais crescimento com distribuição de renda. E o PT tem participação importantíssima neste processo”, afirmou Guimarães.

E esta autoconfiança da sociedade brasileira, acrescentou o líder do PT, “é importante, sobretudo, para desfazer este permanente ataque daqueles que todo dia ficam torcendo para que o governo não dê certo. O governo Dilma tem rumo, está dando certo e vai dar ainda mais certo daqui para 2014”, frisou Guimarães.

Mais dados

A pesquisa aponta ainda que 47% dos pesquisados consideram que o PT ajuda muito ao Governo. Com relação ao questionamento se o desempenho da administração do PT nos últimos dez anos era bom ou ruim, além dos 72% que avaliaram positivamente a gestão petista, apenas 13% classificaram de ruim e 9% dos entrevistados manifestaram-se como indiferentes.

Para os deputados paulistas e ex-presidentes do PT, José Genoino (2003-2005) e Ricardo Berzoini (2005-2010), a presença marcante do partido no governo Dilma, avaliada positivamente pelos pesquisados, serve para orientar o PT e mostra seu papel fundamental ao longo dos 10 anos à frente da administração federal. “O protagonismo do partido é essencial para garantir a continuidade do projeto e a governabilidade”, avaliou Genoino.

Para o deputado Berzoini, a população brasileira identifica o PT como um fator de “estabilidade” e “avanço”, tanto no governo do ex-presidente Lula como, agora, no governo Dilma. “A população, ao avaliar o governo, percebe que por trás desse governo existe um partido que tem uma história de luta, de mobilização, de defesa dos mais pobres e isso acaba se refletindo não só na aprovação do governo, mas na percepção de que o PT ajuda o governo a avançar”, enfatizou Ricardo Berzoini.

Ainda de acordo com Berzoini, a preferência de 29% dos entrevistados pelo Partido dos Trabalhadores, confirma que o PT é o partido mais querido do Brasil. Esse índice, explica o parlamentar, o PT vem conquistando desde o segundo mandato do governo Lula. “A preferência do eleitorado brasileiro pelo PT oscila entre 25 e 30%, bem distante do segundo colocado que é o PMDB”, observou.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Altamiro Borges: As viagens de Lula, FHC e Aécio


Altamiro Borges: As viagens de Lula, FHC e Aécio

Por Altamiro Borges

Otavinho Frias, dono da Folha, nunca tolerou Lula – “o presidente que não fala inglês”. Com tamanho ódio de classe, seu jornal sempre produz factoides para detonar a imagem do ex-líder operário. Na sexta-feira, o diário acusou o ex-presidente de promover lobby em suas palestras internacionais. Segundo a manchete, “quase metade das viagens de Lula é paga por empreiteiras”. O próprio jornal admite que não há nada de ilegal nestas caravanas. Mas insiste em fustigar Lula, que mantém alta popularidade junto à população!

Desde 2011, quando deixou o Palácio do Planalto, Lula visitou 30 países – 20 deles na América Latina e na África. Com estardalhaço, a Folha informa que o giro africano da semana passada foi patrocinado pela Odebrecht. O Instituto Lula explicou que estas viagens visam reforçar as relações entre os dois continentes e consolidar a “imagem e os interesses da nação brasileira”. Mesmo assim, o jornalão deixou no ar, com a sua manchete escandalosa, que elas serviriam para propositivos ilícitos – das empresas e do próprio PT.

Os cães sarnentos da mídia

A Folha chega a insinuar que o ex-presidente usa o seu prestígio para interferir nos rumos do governo. “No exterior, Lula participou de encontros privados entre políticos locais e empresários brasileiros, além de prometer levar pedidos a Dilma Rousseff”. Diante de mais esta tentativa de estimular a cizânia, a própria presidenta reagiu: “Eu me recuso a entrar nesse tipo de ilação. O presidente Lula tem o respeito de todos os Chefes de Estado da África e deu grande contribuição ao país nessa área”, disse ao Estadão, rival da Folha.

Amestrado pela mídia, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), já saiu atirando: “Se ele quer fazer lobby, que receba honorários para isso. Feito por baixo dos panos é indecoroso”. Álvaro Dias (PR) também usou o factoide da Folha. “É importante que o ex-presidente esclareça isso. Fica a impressão de benefícios governamentais retribuídos com vantagens posteriores”. Já Sérgio Guerra, jagunço do PSDB, atacou: "O Brasil aguarda que o ex-presidente revele qual a remuneração que recebeu para fazer lobby”.

Sabesp, Itaú e FHC

Já que a mídia e seus teleguiados tucanos estão tão interessados na “transparência”, eles deveriam cobrar explicações também do ex-presidente FHC e do senador Aécio Neves, o cambaleante presidenciável da legenda. A imprensa deveria deixar de ser hipócrita na sua escandalização seletiva. Ele poderia pedir esclarecimentos à estatal paulista Sabesp, comandada pelos tucanos, que doou R$ 500 mil para o Instituto FHC. Ou solicitar informações ao Banco Itaú, que já patrocinou várias viagens do ex-presidente.

Como lembra Hugo Carvalho, em texto postado no blog de Luis Nassif, “nas asas do Itaú, seu patrocinador máster, Fernando Henrique esteve no Paraguai em 2010, no dia em que o banco inaugurou a operação para tomar o mercado no país vizinho. O Itaú também o levou a Doha e aos Emirados Árabes ano passado, com a intenção de morder parte dos 100 milhões de dólares que o Barwa Bank tem para investir no mercado imobiliário brasileiro. A Folha estava lá (mas não diz quem pagou a viagem da colunista Maria Cristina Frias)”.

O articulista lembra que “Fernando Henrique ainda era presidente da República, em 2002, quando chamou ao Palácio da Alvorada os donos de meia dúzia de empresas para alavancar o instituto que ainda ia criar: Odebrecht, Camargo Corrêa, Bradesco, Itaú, CSN, Klabin e Suzano. A elas se juntaria a Ambev. Juntas, pingaram R$ 7 milhões no chapéu de FH... FHC e seu instituto prosperaram. No primeiro ano como ex-presidente ele faturou R$ 3 milhões em palestras... Todas as empresas citadas neste relato são anunciantes da Folha de São Paulo e estão acima de qualquer suspeita enquanto anunciantes. Apodrecem, aos olhos do jornal, quando se aproximam de Lula”.

As viagens de Aécio ao Rio de Janeiro

Outra pauta para o “jornalismo investigativo” (na verdade, seletivo) da Folha: as viagens (ou baladas?) de Aécio Neves. Segundo matéria do Estadão, fervoroso serrista, o tucano mineiro torrou 63% da sua cota de passagens no Senado para visitar o Rio de Janeiro. O uso do dinheiro público nestas viagens não gerou manchetes ou qualquer alarde na mídia tucana. Em Minas Gerais, segundo o sítio “Minas sem Censura”, esta denúncia inclusive foi retirada das páginas dos jornalões locais, que blindam o presidenciável do PSDB.

(des)governo Jatene: Começaram fazendo propaganda de maquetes; depois passaram a fazer propaganda de papel (ordem de serviço); agora chegou a vez das marteladas. Triste, muito triste !!

Essa é o Pará que a gente faz: foi dada a largada

A publicidade governamental esta indo ao extremo da criatividade. Acabo de ouvir uma que diz "foi dada a largada para a construção do novo terminal hidroviário..."

Quer dizer. A propaganda não é da obra pronta, acabada, funcionando e entregue a comunidade. Nada disso. A propaganda é para dar publicidade a "largada"da obra. Será que a cada prego colocado vamos ser informado?

Qual é o caráter de uma publicidade que concretamente diz apenas que "foi dada a largada" de uma obra? É educativo? É informativo? É de orientação social? A obra não existe, talvez existirá, ninguém sabe ao certo. Sabemos, pela publicidade, que foi dada a largada. É uma intenção de um governante em favor do seu povo, mas apenas uma intenção.

Ninguém sabe definir o que é a largada de uma obra. Será os operários ali, na linha inicial, com pás, enxadas, carrinhos de mão e um engenheiro de apito na mão: prrriu... eles correm e começam a quebrar tudo. Vai passar esse filme na TV? Quem vai dirigir a peça?

Lembro, ao ver esta propaganda, do ex-prefeito de Belém anunciando o BRT. Como não tinha obra, era apenas a "largada", Duciomar filmou em Curitiba e mostrou um BRT de verdade para nos convencer que o dele, nosso, seria igual. Não foi e ficou por isso mesmo.

Meus amigos que vão ler este minha nota dirão: lá vem o Zé Carlos se meter onde não é chamado. Dirão: por que ele não deixa este assunto para deputados ou para o Ministério Público investigar e dizer se a publicidade se enquadra naquela prevista no art. 37 da Constituição Federal?

Realmente. Eles tem razão. Eu sou apenas um cidadão que paga seus imposto e para quem foi informado que foi dada a largada de uma obra publica. Vamos torcer para não ser mais uma BRT.

Ministra anuncia pacote bilionário de investimentos em Pernambuco


Em meio a racha político, ministra anuncia pacote bilionário de investimentos em Pernambuco
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Carlos Madeiro
Do UOL, em Maceió
  • Valter Campanato/ABr
    Miriam Belchior, ministra do Planejamento, anunciou R$ 3,1 bi para Pernambuco nesta segunda (25)
    Miriam Belchior, ministra do Planejamento, anunciou R$ 3,1 bi para Pernambuco nesta segunda (25)
Em meio ao clima de racha político entre a presidente Dilma Rousseff e o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), o governo federal anunciou, nesta segunda-feira (25), um pacote de investimentos bilionários em Pernambuco nos próximos anos.
Em Pernambuco, a presidente participa, em Serra Talhada (414 km do Recife), da inauguração de um trecho da adutora do Pajeú, que atende a 80 mil famílias no sertão estadual.
Coube à ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, anunciar um investimento de R$ 3,1 bilhões no Estado governado por Campos, por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
"São 3,1 bilhões em obras que consolidam a parceria entre os governos estadual e federal. Desse total, R$ 2,8 bilhões são do orçamento federal, e R$ 330 milhões do governo do Estado. Todo esse dinheiro será usado em obras fundamentais", disse, fazendo questão de citar que 90% dos recursos são do tesouro da União.
Segundo a ministra, o maior montante será destinado a duas obras rodoviárias. "Será R$ 1,6 bilhão para a duplicação da BR-423 entre São Caitano e Garanhuns. Também será realizado o arco metropolitano do Recife, que deve criar um caminho alternativo de acesso, liberando o trânsito da BR-101 e garantindo melhor acesso ao porto de Suape e à nova fábrica de Fiat", disse a ministra.

Fábrica da Fiat

Ainda em seu discurso, a ministra fez questão de "ganhar ou louros" da implantação da fábrica da Fiat em Goiana (60 km do Recife), que é sempre é citada por Eduardo Campos como fruto da política "desenvolvimentista" e de atração de empresas do governo do Estado.
A fábrica terá investimento superior a R$ 4 bilhões e será a primeira montadora a se implantar no Estado e teve plantada lançada no final de 2010, com presença do ex-presidente Lula.
"A instalação da Fiat faz parte do projeto de desenvolvimento adotado pelo governo federal. Prova disso é que estamos dando R$ 4,5 bilhões em isenções tributárias, além de R$ 5,2 bilhões de incentivo financeiro, com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com taxa negativa de 2,5% ao ano", afirmou.
Além dos recursos para obras viárias, a ministra também disse que R$ 775 milhões serão usados para construção de adutoras e barragens e de um ramal que vai ligar o sertão do Araripe ao eixo norte da transposição do Rio São Francisco.
Além disso, serão investidos R$ 279 milhões para ampliação do Porto de Suape, em Ipojuca (na região metropolitana do recife), que vão ser utilizados para a construção de dois terminais e para obras de dragagem", disse.