BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Operação da PF encontra indícios de venda de dossiês contra o PT — Rede Brasil Atual – Portal de notícias de política, economia, trabalho, cidadania, ambiente, educação

Operação da PF encontra indícios de venda de dossiês contra o PT — Rede Brasil Atual – Portal de notícias de política, economia, trabalho, cidadania, ambiente, educação

Por: Helena Sthephanowitz, especial para a Rede Brasil Atual

Chama a atenção uma matéria desta semana no jornal O Estado de São Paulo sobre os famosos dossiês que geralmente são elaborados contra políticos do PT, que nos faz imaginar futuras nuvens carregadas e prenúncio de tempestades sobre a sede do PSDB e da grande mídia paulista.

Segundo a publicação, a Polícia Federal (PF) suspeita que arapongas presos pela Operação Durkheim estavam a serviço de um grupo criminoso com duas frentes de ação: uma voltada para a prática de extorsões e de estelionato, e outra dedicada à venda de dossiês para campanhas eleitorais.

Na segunda-feira (26), a PF desmontou a máquina de grampos telefônicos e de coleta ilegal de dados protegidos por sigilos bancário, tributário e patrimonial. Cerca de 180 políticos e empresários são vítimas da rede de espionagem, segundo a PF.

Um indício de que o aparato de grampos tem mandante é um e-mail enviado em 27 de fevereiro por Maikel Jorge a Aldo Barretis, ambos investigados pela operação. Eles tratam do rastreamento do ex-ministro e atual secretário executivo da Previdência Social, Carlos Gabas.

- Falei com o cliente agora sobre o min. Ele disse que estão interessados em coisas envolvendo ele e o caso Bancoop. Pelo que vi no Google faz quase 20 anos. Bem, vamos ver.

(...)

Quem é "o cliente" citado no email? Ainda é um mistério, mas não custa lembrar que quem tem verdadeira obsessão pelo caso Bancoop (uma cooperativa habitacional fundada por um sindicato e que tinha em sua direção integrantes do PT), é gente do PSDB paulista, que já fez até CPI na Assembléia Legislativa paulista.

Isso pode explicar o pouco interesse da velha mídia de São Paulo, aliada do tucanato, por esta operação, mesmo se tratando de violação de sigilos do senador Eduardo Braga (PMDB), de um ex-ministro de Estado e de desembargadores, e até uma emissora de TV (Que ninguém sabe qual foi e que tampouco provocou indignação da própria mídia com a possível violação da relação jornalista-fonte)

O pouco interesse contrasta com a importância dada em 2010 sobre o vazamento de informações sigilosas de tucanos e pessoas ligadas a José Serra. Contrasta também com o noticiário do grampo sem áudio do ex-senador Demóstenes Torres, que gerou uma CPI no Congresso.

Outra quebra de sigilo com características de espionagem política foi o extrato de telefonemas do prefeito Kassab nos meses de maio e junho. Quem teria interesse em saber para quem Kassab estaria ligando no período pré-eleitoral? E por qual motivo? Seria alguém suspeitando de traição partidária? São perguntas que precisam ser respondidas.

Pega muito mal a mídia paulista ficar quieta sobre a Operação Durkheim. Lembra a relação de lealdade de um revista famosa ao bicheiro Carlinhos Cachoeira.

A Polícia Federal precisa ir fundo nestas investigações, pois está claro que se trata de espionagem política, inclusive com a participação de maus policiais.

É preciso saber também se essa indústria de dossiês forjados eram matéria prima para denúncias na imprensa com fins eleitorais ou de derrubar pessoas de seus cargos no governo.

Medida provisória destina para a educação 100% dos royalties do petróleo.

G1 - Dilma veta mudança na divisão dos royalties de contratos em vigor - notícias em Política


Dilma veta mudança na divisão dos 




royalties de contratos em vigor


Decisão atende reivindicação dos estados produtores, como Rio e ES.
Medida provisória destina para a educação 100% dos royalties do petróleo.

Priscilla Mendes e Mariana OliveiraDo G1, em Brasília
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A presidente Dilma Rousseff decidiu vetar o artigo 3º do projeto de lei aprovado no Congresso que diminuía a parcela de royalties e da participação especial dos contratos em vigor destinada a estados e municípios produtores de petróleo. O veto era uma reivindicação de estados como Rio de Janeiro e Espírito Santo, dois dos principais produtores.
Dilma também decidiu editar uma medida provisória que destina para a educação 100% dos royalties de estados e municípios provenientes dos contratos futuros de exploração de petróleo.
Arte royalties pré-sal (sanção) (Foto: Arte G1)
A decisão presidencial sobre os royalties do petróleo será publicada na íntegra na edição de segunda-feira do "Diário Oficial da União".
Os royalties são tributos pagos ao governo federal pelas empresas que exploram petróleo, como forma de compensação por possíveis danos ambientais causados pela extração. Participação especial é a reparação pela exploração de grandes campos de extração, como da camada pré-sal descoberta na costa brasileira recentemente.
O anúncio do veto foi feito pelos ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Aloizio Mercadante (Educação), Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e Edison Lobão (Minas e Energia) na tarde desta sexta (30), último dia do prazo que a presidente dispunha para assinar a sanção do projeto aprovado pela Câmara.
Com o veto presidencial, fica mantida a atual distribuição dos recursos a estados e municípios produtores dos campos atualmente em exploração.
"O veto colocado ao artigo terceiro na lei criada pelo Congresso resguarda exatamente os contratos estabelecidos e também tem o objetivo de fazer a correção das distribuições dos percentuais de royalties ao longo do tempo [...]. A presidenta procurou conservar em sua grande maioria as deliberações do Congresso Nacional, garantindo contudo a distribuição de recursos para a educação brasileira", declarou a ministra Gleisi Hoffmann.
Segundo o ministro Edison Lobão, "o que se está fazendo é o aperfeiçoamento da lei, mantendo por outro lado aquilo que o Congresso Nacional deliberou para o regime de partilhas daqui para a frente".
De acordo com a ministra Ideli Salvatti, os vetos têm embasamento constitucional. "Aquilo que não feriu a Constituição foi preservado, respeitando aquilo que o Congresso Nacional aprovou", declarou.
O ministro Aloizio Mercadante disse que, com a decisão, a presidente Dilma Rousseff não mexe nos contratos passados para não gerar uma "tensão federativa".
Futuros camposNo caso dos futuros campos, fica mantida a distribuição do projeto aprovado pelo Congresso, pela qual os estados produtores perdem participação.
Assim, estados produtores de petróleo que hoje recebem 26% do dinheiro terão a fatia reduzida para 20% em 2013. Os municípios com extração passam dos atuais 26,25% para 15%, em 2013, chegando a 4%, em 2020.
A participação especial dos futuros campos de exploração, atualmente dividida entre União (50%), estado produtor (40%) e município produtor (10%), passaria a incluir estados e municípios onde não existe extração. Em 2013, tanto estados como municípios recebem 10%. Em 2020, 15%. A nova lei reduz a parcela atual de 40% destinada a estados produtores para 32%, em 2013, e para 20%, em 2020.
Medida provisória
O secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Almeida, afirmou que a MP só valerá para novas concessões.
"A medida provisória vai produzir efeito para novas concessões. A primeira rodada de licitações ocorrerá em maio e, até lá, a medida estará aprovada", disse.
A aplicação de 100% em educação se refere à arrecadação com os novos contratos. O valor, segundo o ministro Aloizio Mercadante, é um acréscimo ao mínimo constitucional exigido atualmente.
"O município tem que aplicar 25%, os estados 25% e a União 18% [das receitas]. Então, a receita do petróleo é acima dos 25% dos municípios, acima dos 25% dos estados e acima dos 18% da União. Ou seja, é um acréscimo da receita efetiva. O que vier de receitas do petróleo é para acrescer ao mínimo constitucional", disse Mercadante.
Também irão para a educação 50% dos rendimentos do Fundo Social, que é uma poupança pública com base em receitas da União. Esse fundo foi criado em 2010 e visa a aplicação em programas e projetos de combate à pobreza, educação, cultura, esporte, saúde, entre outros.

País deve ter novas medidas para investimentos, diz Mantega

Dados do PIB mostraram 5º trimestre seguido de queda no investimento. Ministro reconheceu que resultado do PIB veio aquém do esperado.




Darlan AlvarengaDo G1, em São Paulo
8 comentários
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (30) que o governo deve anunciar, possivelmente na próxima semana, novas medidas para aumentar o financiamento para investimentos no país.
“Continuaremos tomando medidas. Deveremos ter novidade na semana que vem, principalmente no âmbito no financiamento para investimento”, disse. “Vamos manter um volume elevado de financiamentos para investimento com taxas de juros reduzidas, seguindo a trajetória atual”, acrescentou, sem dar mais detalhes.
Segundo os dados do IBGE, a formação bruta de capital fixo (taxa de investimento na produção) teve seu quinto trimestre consecutivo de queda, com baixa de 2% – a maior queda desde janeiro a março de 2009, quando ficara em -11,7%, em decorrência da crise financeira internacional. No ano, o investimento acumula queda de 3,9%.
Críticas
Mantega rebateu as críticas de que o atual modelo de estímulos à economia já teria se esgotado e se demonstrado insuficiente para garantir a retomada do crescimento do país. “Achar que reduzir a taxa [de juros] para esse patamar é uma medida paliativa, é uma piada. Isto é uma medida estrutural”, afirmou, destacando que redução de tributos via desoneração da folha de pagamentos também é uma mudança estrutural.
"A economia está de fato acelerando e no próximo ano teremos mais desoneração da folha de pagamentos e a redução das tarifas de energia", destacou. O ministro afirmou, entretanto, que algumas das medidas de estímulo "demoram um pouco para surtir efeito".
"A redução da taxa de juros não surte efeito imediato e isso tem sido retardado pela crise internacional que causa uma expectativa negativa na economia internacional", disse. "Nós vemos que o primeiro efeito da taxa de juros foi diminuir a intermediação financeira, mas certamente isto dará um grande estímulo á economia, porque o custo financeiro, o custo do capital, do investimento, do consumo está caindo", destacou.
"Mesmo a desvalorização do câmbio também demora um pouco para surtir efeito, porque alguns exportadores já tinham feito a venda no mercado futuro, com outro câmbio. Portanto, a economia brasileira está se adptando a essa nova situação muito mais estimulante para a produção", completou.
Segundo Mantega, a redução do spread abre possibilidade que o consumidor brasileiro possa ter maior poder de consumo, o que garantirá um ritmo melhor de crescimento da economia nos próximos trimestres.
'Surpresa'
Falando sobre o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre – divulgado mais cedo pelo IBGE, e que mostrou uma alta de 0,6%, abaixo das expectativas –, Mantega se disse surpreso com o desempenho do setor de serviços, que ficou estagnado.
"A surpresa foi com o desempenho do setor de serviços, que representa mais de 60% do PIB", disse.
O ministro reconheceu que o resultado não veio dentro do esperado, mas avaliou que a economia continua em trajetória de crescimento, o que garantirá um resultado melhor no 4º trimestre.
"Não foi tão alto como esperávamos e como todo mundo esperava", afirmou, lembrando que nenhuma das principais análises do mercado esperava um PIB menor que 1%. “Temos aqui [no Brasil] 40 institutos, digamos 40 consultorias que fazem essa análise, e ninguém acertou. Acho que todo mundo se descuidou do setor de serviços”, afirmou o ministro.
PIB brasileiro - variação trimestral (Foto: Editoria de Arte/G1)
"Não foi o que todos esperávamos, mas já foi melhor [que o trimestre anterior]", disse, reafirmando que o governo mantém a previsão de crescimento em torno de 4% em 2013.
Questionado se tinha ficado satisfeito com o resultado do PIB, o ministro se esquivou, preferindo dizer que está satisfeito com a reação da economia brasileira.
“Claro que eu ficaria mais satisfeito se tivéssemos atingido essas previsões que todos fizeram”, disse. "Estou satisfeito com a reação da economia brasileira. Esse resultado não mostra toda a reação, porque isso foi apenas o terceiro trimestre... Estou satisfeito com a melhoria da confiança dos empresários de todos os setores", disse, acrescentando ainda estar satisfeito com o aumento do consumo de cimento, de papelão ondulado, caminhões e veículos.

“É claro que esse resultado poderia ter sido melhor. Mas temos que olhar para o que está acontecendo hoje na economia brasileira, que é um movimento difuso, de recuperação de todos os setores", afirmou.
Setores
Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 1,0983 trilhão. Frente ao terceiro trimestre de 2011, o PIB mostrou expansão de 0,9%.
Entre os setores do PIB, o maior crescimento foi registrado pela agropecuária, com alta de 2,5% na comparação com o período de abril a junho – menor, no entanto, que a alta de 6,8% vista no trimestre anterior.
PIB brasileiro - por setores (Foto: Editoria de Arte/G1)
Na indústria houve aumento de 1,1% – a maior expansão desde o segundo trimestre de 2010, quando a alta fora de 2,1% –, puxado pela indústria de transformação, que se expandiu em 1,5%, e pela construção civil (0,3%). As demais atividades caíram: extrativa mineral (-0,4%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-0,5%).
Os serviços, por sua vez, registraram taxa de variação nula, no pior resultado em quatro trimestres. Houve alta nos serviços de informação (0,5%), comércio (0,4%), atividades imobiliárias e aluguel (0,4%) e outros serviços (0,3%). Administração, saúde e educação pública (0,1%) e transporte, armazenagem e correio (-0,1%) ficaram estáveis.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Meu amigo Jorge, do blog Na Ilharga, hoje arrebentou

Duca....

Essa eu colei do Matos do Mundo e do Eduardo Rosas Kaiowá. Impagável !!!

Postado por Na Ilharga às 10:55 Um comentário:


Somente o "venha a nós". Ao "vosso reino", nada.



Começa a ficar ensurdecedor o silêncio do deputado psolista Edmilson Rodrigues a respeito da eleição da futura Mesa dirigente da Assembléia Legislativa. Como membro da oposição, é natural que dele se espere apoio(e voto) ao bloco que se formou para impedir que o PSDB faça o sucessor do também tucano Manoel Pioneiro.

E isso não fere os princípios político e ideológicos de ninguém. É apenas um meio para equilibrar forças políticas internas de uma casa legislativa. No entanto, esse silêncio pode ser interpretado também como uma equivocada atitude de desprezo para com a disputa, baseada naquele surrado mantra esquerdista da "farinha do mesmo saco", algo que tem provocado inúmeras interpretações equivocadas da conjuntura, com efeitos nefastos aos avanços da luta democrática e popular.

O rigor seletivo do STF

Segundo informa, hoje, o Blog do Jeso, o Ministério Público Federal formulou mais uma denúncia contra o demopatife Lira Maia, junto ao Supremo Tribunal Federal, pois o assaltante em tela é deputado federal e tem foro privilegiado. Essa denúncia irá juntar-se a outras quatro ações penais que Lira responde no Supremo(AP 524, Ap 518, AP 517 e AP 484), fora outros tantos inquéritos em que é acusado de sucessivos assaltos, principalmente aos cofres da prefeitura de Santarém, quando lá esteve como inquilino, de 1997 a 2004.
Curioso que, desde de 2010, o decano do STF, ministro Celso de Mello, que o jurista Saulo Ramos chamou de "juiz de merda", não demonstra qualquer sinal de indignação e muito menos pressa em fazer andar andar tantas denúncias contra um notório assaltante em apatia totalmente contrastante com a postura aparentemente indignada, demonstrada recentemente. Estranho. Muito estranho!

Mas o julgamento do Mensalão do PT não seria um marco no combate a corrupção no Brasil, depois dele tudo não seria diferente?

Um "mistério misterioso": que fim levou a investigação sobre o envolvimento do deputado José Megale nas fraudes da Alepa? Perereca não consegue obter resposta decente do MP. Procurador que ficou com a batata quente não quer nem mesmo se identificar. Dois procuradores já se declararam impedidos de investigar o deputado, que é o candidato de Jatene à Presidência da Alepa.


Megale: de olho na Presidência, mas suspeito de envolvimento nas fraudes da Alepa, que podem ter lesado os cofres públicos em mais de R$ 200 milhões.

Que fim levou a investigação sobre o suposto envolvimento do deputado José Megale, do PSDB, nas fraudes da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa)?

Desde ontem (27) a Perereca tenta obter essa informação junto ao procurador geral de Justiça, Antonio Barleta, mas ainda não conseguiu uma resposta decente.

No último final de semana, o blog recebeu de uma fonte uma pilha de documentos.

Entre eles, o ofício 045/2012, encaminhado, em 13 de maio deste ano, a Antonio Barleta pelo promotor de Justiça Arnaldo Azevedo, que, junto com o promotor Nelson Medrado investiga as fraudes na Alepa, que podem ter lesado os cofres públicos em mais de R$ 200 milhões (http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2012/11/fraudes-na-alepa-podem-ter-lesado-os.html).

O ofício aponta fortes indícios do envolvimento de Megale em fraudes licitatórias que beneficiaram empresas pertencentes à família de Daura Hage, ex-integrante da Comissão Permanente de Licitação da Alepa e que está sendo processada pelo Ministério Público; e em irregularidades em favor da empresa Mac Martins, pertencente a um ex-funcionário do gabinete do deputado.

O ofício e várias peças processuais foram encaminhados a Barleta porque Megale possui foro privilegiado.

Segundo a Assessoria de Comunicação do MPE, Barleta encaminhou o caso, “no mesmo dia em que recebeu o ofício”, ao subprocurador da área técnico-administrativa, Jorge Rocha, que, no entanto, se declarou impedido (Barleta também se declarara impedido, porque tem um parente entre os investigados).

A papelada foi, então, distribuída a outro procurador de Justiça – que, no entanto, mandou dizer, através da Assessoria de Comunicação do MP, que não vai se manifestar sobre o caso, e nem ao menos se identificar, até que passem as eleições para a Procuradoria Geral de Justiça, no mês que vem.

O assessor não soube informar nem mesmo se o procurador abriu procedimento para investigar o suposto envolvimento de Megale nas fraudes da Alepa – apesar da alentada documentação encaminhada ao PGJ pelo promotor Arnaldo Azevedo.

No email encaminhado ao blog, no final da tarde de hoje, o assessor apenas escreveu:

"A peça de informação referente ao caso Alepa, Banpará - cheques e deputado José Megale foi recebida pelo procurador geral que se declarou impedido. O PGJ por sua vez, encaminhou o assunto ao subprocurador da àrea técnico-administrativa que também se declarou impedido. A peça foi distribuída para outro procurador que só irá se manifestar sobre o assunto a partir do dia 10 de dezembro, quando termina o período eleitoral no MP/PA".

Megale é candidato à Presidência da Alepa, nas eleições que acontecerão também em dezembro, e tem o apoio do governador do Pará, Simão Jatene.

No ofício encaminhado a Barleta, há mais de seis meses, escreveu o promotor Arnaldo Azevedo:

“Da análise dos referidos títulos (Nota do blog: são os cheques assinados por Megale) surge a inegável ligação entre José Megale e Daura Irene Xavier Hage, na medida em que os cheques assinados e indevidamente pagos pelo Banpará, às empresas da família de Daura Hage, dizem respeito a processos licitatórios comprovadamente fraudados, cuja homologação dos processos licitatórios e assinatura dos empenhos foi efetivada por José Megale, autorizando o pagamento de obras, serviços e aquisição de bens nunca realizados ou entregues aquela Casa de Leis, conforme se depreende dos documentos constantes às folhas 303, 305, 307 e 309 a 354”.

E acrescentou: “Tais fatos colocam a figura do Deputado José Megale no cenário das fraudes existentes nos procedimentos licitatórios da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, que encontra-se em apuração perante o Juízo da 9ª Vara Penal da Capital”.

E disse mais: “Importante também frisar que o Deputado José Megale Filho mantinha nos quadros funcionais de seu gabinete o cidadão Marco Antonio Costa Martins, já falecido, salvo engano em setembro do ano passado, o qual era proprietário da empresa MAC MARTINS, a qual mantinha negócios comerciais com a ALEPA”.

E arrematou: “Segundo consta dos dados do SIAFEM, os serviços supostamente prestados por referida empresa a Casa de Leis do Estado, foram requeridos ou solicitados pelo próprio José Megale, conforme consta dos documentos anexos aos autos às folhas 236, 238, 240, 243, 246, 264, 270, 286, 293, 297 e 299, inclusive, Marco Antonio Costa Martins foi um dos doadores de dinheiro para a campanha eleitoral de José Megale Filho, conforme constam nas informações prestadas à Justiça Eleitoral do Estado constante às folhas 221 a 223 dos autos”.

Os cheques que teriam beneficiado as empresas da família de Daura Hage foram assinados por Megale na época em que era vice-presidente da Alepa, diz o documento.

Já os serviços da MAC Martins foram todos efetuados com dispensa de licitação, sempre em valores próximos de R$ 8 mil, o que pode indicar fracionamento de despesa, para evitar o processo licitatório - diz a nota técnica do MP à qual o blog também teve acesso.

Em maio, a imprensa divulgou amplamente declarações de Arnaldo Azevedo informando as irregularidades que envolveriam Megale e o encaminhamento do caso ao procurador geral de Justiça.

De lá para cá, no entanto, o caso simplesmente evaporou do noticiário - e, ao que parece, até do site do MP.

A Perereca entrou em contato com o promotor Arnaldo Azevedo, mas ele não quis conceder entrevista.

O promotor se limitou a confirmar a autenticidade de dois documentos em poder do blog: o ofício 045/2012 e a Nota Técnica 02/PJDCF/DPP/MA.

Arnaldo orientou o blog a buscar informações junto à PGJ, já que não tem conhecimento das providências adotadas.

Ontem, a blogueira enviou email ao procurador geral de Justiça, através da Assessoria de Comunicação do MPE, no qual, após se identificar, inclusive com números de registro profissional e CPF, escreveu:

“Recebi de uma fonte cópia do ofício 045/2012/6º/PJJS/MP/PA, que teria sido enviado ao senhor, em 13 de maio deste ano, pelo promotor de Justiça Arnaldo Célio da Costa Azevedo; além de cópia da Nota Técnica 02/PJDCF/DPP/MA, que também lhe teria sido encaminhada pelo mesmo promotor.

Escaneei os documentos citados. Seguem anexados.

Com base nisso, pergunto:

1) O senhor recebeu tais documentos?
2) Quais as providências que o senhor adotou?
3) O senhor já designou, ou pretende designar, procurador para atuar em seu nome na apuração das supostas irregularidades cometidas pelo deputado estadual referido no ofício acima citado?
4) Se não foram adotadas providências até agora, qual o motivo?

Agradeço desde já a atenção e peço, encarecidamente, resposta urgente a tais indagações (se possível, até amanhã, 28/11/2012) via Assessoria de Comunicação)”.

A Perereca vai enviar, amanhã, novo email ao PGJ, com base na Constituição e na Lei da Transparência, solicitando a data do Diário Oficial em que foi publicada a portaria que designou o procurador que se encontra com a papelada, acesso à documentação e esclarecimentos acerca da abertura ou não de procedimento investigatório.

O blog vai tentar contato, também, com o deputado José Megale, líder do Governo na Alepa.

Veja alguns dos documentos em poder da Perereca.

O ofício 045/2012 encaminhado por Arnaldo Azevedo a Antonio Barleta, há mais de seis meses:








A Nota Técnica 02/PJDCF/DPP/MA:










Abaixo, você confere Notas de Empenho e cheques, que teriam sido assinados por Megale, em favor de empresas ligadas a Daura Hage: a Tópicos Comércio e Serviços e a J C Rodrigues de Souza, que éa Croc Tapioca, a fábrica de farinha de tapioca que fornecia de tudo na Alepa, na gestão do ex-presidente Mário Couto, ambas pertencentes ao ex-marido de Daura; a WTH Gomes Comercial e a JW Comércio de Materiais de Construção e Serviços, que, segundo o MP, também pertenciam a parentes dela.

Na sequência, ata de uma licitação que teria sido homologada por Megale e que teve como vencedora a Croc Tapioca; e cópias de cheques pagos à MAC Martins pela Alepa.

Note, porém, que a Perereca AINDA NÃO CONSEGUIU CONFIRMAR A AUTENTICIDADE DOS DOCUMENTOS ABAIXO, embora eles pareçam compatíveis com a Nota Técnica 02 e com o ofício 045/2012 - esses, sim, com autenticidade já confirmada:
























Postado por Ana Célia Pinheiro às 22:57

Leiam a entrevista dessa louca, dar mais três anos a ela, é a possibilidade real de acabar com o Mengo. A prioridade dela é a Gávea.

Na luta pela reeleição, Patricia admite: 'Não temos mais o direito de errar'
Atual mandatária é a segunda entrevistada da série com os presidenciáveis do Flamengo. Pleito será em 3 de dezembro


Por GLOBOESPORTE.COM
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O GLOBOESPORTE.COM dá sequência nesta quinta-feira à série de entrevistas com os candidatos à presidência do Flamengo, em pleito marcado para o dia 3 de dezembro. Depois de diversas alianças entre as chapas de oposição, restaram apenas três candidatos: a atual presidente do clube, Patrícia Amorim, na Chapa Amarela; Eduardo Bandeira de Mello, da Chapa Azul, que absorveu a Branca de Ronaldo Gomlevsky; e Jorge Rodrigues, da Chapa Rosa, que teve a adesão das Chapas Laranja e Verde, de Maurício Rodrigues e Lysias Itapicurú, respectivamente.
A segunda entrevistada da série é Patricia Amorim. Aos 43 anos, a atual presidente tenta a reeleição no Flamengo. O primeiro mandato começou em 2010, logo na sequência da conquista do campeonato brasileiro no ano anterior. Patricia foi a primeira mulher a ocupar a cadeira presidencial do clube rubro-negro. A gestão passou por diversas turbulências em episódios envolvendo Bruno, Zico, Adriano, Ronaldinho Gaúcho, troca de treinadores, e o futebol profissional conquistou apenas um título: o Campeonato Carioca de 2011.
Patricia tem como principais bandeiras na disputa pela reeleição a reforma da sede da Gávea, o pagamento de salários em dia para os funcionários e a exaltação de que o clube conseguiu valorização patrimonial. Ex-nadadora, a dirigente também destaca os investimentos feitos nos esportes olímpicos, mas tem exata noção de que precisa rever os conceitos em setores como o marketing e o carro-chefe do Flamengo: o futebol.
patricia amorim flamengo  (Foto: Vicente Seda / Globoesporte.com)Na luta pela reeleição, Patricia encabeça a Chapa Amarela (Foto: Vicente Seda / Globoesporte.com)















A ordem de publicação foi decidida por sorteio, e todos os candidatos responderam a dez perguntas iguais elaboradas pela equipe do site, além de questões formuladas pelos seus adversários. As entrevistas foram gravadas, sem edição, entre os dias 19 e 23, de acordo com a disponibilidade dos candidatos. Como a gravação aconteceu antes da oficialização das alianças entre os grupos, cada candidato respondeu a cinco perguntas elaboradas por seus rivais. O GLOBOESPORTE.COM decidiu editar essa parte das entrevistas, eliminando as questões levantadas por candidatos que desistiram de concorrer no dia 3 (Lysias Itapicurú, Maurício Rodrigues e Ronaldo Gomlevsky).
Cada postulante à presidência teve 15 minutos para responder às perguntas do GLOBOESPORTE.COM e cinco minutos para responder às questões dos seus adversários (um minuto por resposta, considerando que inicialmente eram cinco perguntas neste bloco da gravação). O cronômetro foi parado apenas para que fossem feitas as perguntas, sem atribuição de limite de tempo para cada resposta, deixando o candidato livre para se aprofundar em um tema, ciente de que teria menos tempo para responder aos demais.
AS DEZ PERGUNTAS DA EQUIPE DO GLOBOESPORTE.COM:
O que há de mais urgente para ser resolvido no Flamengo e como resolver?
PATRICIA AMORIM: A formação do elenco do futebol, sem dúvida nenhuma, a expectativa da torcida é que os reforços cheguem. Afinal, não tivemos um ano muito bom, então é importantíssima essa formação da composição do nosso elenco. Somado ao trabalho do diretor-executivo, do treinador, essa é a expectativa. Então, já trabalhando com a pré-temporada que será no Rio de Janeiro, no nosso centro de treinamento. O módulo 17 não deve ficar pronto, eles devem se hospedar perto do CT, na Barra da Tijuca, é nisso que estamos trabalhando. O mais urgente, que não é necessariamente o mais importante, é a composição desse elenco, conhecer esse time, essa nova equipe.
Quais são seus projetos para ampliação e valorização do patrimônio do clube? Há um projeto para a construção de um estádio ou a meta é o Maracanã?
Essa foi uma pasta de extrema relevância na nossa administração. Tivemos uma valorização patrimonial enorme. Aí, a gente pode pontuar começando pelo centro de treinamento, que era um terreno onde só tínhamos dois campos e hoje temos cinco para os profissionais, o conceito de centro de treinamento estabelecido, com instalações provisórias e as permanentes 80% concluídas. O patrimônio do Morro da Viúva totalmente valorizado, equacionado, demos uma solução para esse problema, essa foi uma administração que solucionou problemas. Valorizamos o título patrimonial do sócio, por exemplo, ao revitalizarmos áreas na Gávea totalmente destruídas e abandonadas, deterioradas. Esse foi um ponto forte da nossa gestão. E vamos continuar. A intenção é construir uma arena para 2.300 espectadores, para um público maior, para nosso basquete, voleibol, e alguns eventos menores no terreno do posto de gasolina, que nós também recuperamos e saímos com uma solução de um imbróglio judicial e com patrocínio. Reforma da piscina, não consegui chegar, e acho que fiz isso de propósito para que não fosse acusada de começar pela piscina, e nós estamos terminando pela piscina, é importante, pois ela não é mais adequada para treinamento de alto rendimento, alta performance. E continuar com esse trabalho, solucionando e valorizando o título do nosso sócio. Isso a gente fez com muita competência.
Como administrar essa dívida do Flamengo de hoje?
Nosso marketing não trabalhou como nós sonhávamos. O Flamengo pode muito mais, tem uma marca muito poderosa"
Patricia Amorim
É um desafio diário. Primeiro, enfrentando, a coragem de enfrentar. Nós tivemos coragem, enfrentamos, sentamos, negociamos com jogadores. Quando precisamos fomos nos tribunais, conversamos com juízes. Conseguimos fazer uma explanação do momento do Flamengo, dos problemas e conseguimos solucionar grande parte dos problemas, apesar de penhoras, de muitos problemas anteriores. Não reclamamos e tivemos a capacidade de conversar, discutir, propor mudanças, enfim, soluções. E cumprir. Acho que isso é fundamental. A equação da dívida começa por aí, na disposição, vontade política de começar a discutir. Logicamente que tivemos empresas estudando o tamanho da dívida, dando sugestões. Isso a gente pode fazer, e deve fazer sempre. Auditorias, isso é fundamental. Isso dá um norte para onde o Flamengo deve caminhar, onde é importante solucionar. Quando priorizamos pagar a dívida da BWA é porque não só corriam juros muito altos como, num curto espaço de tempo, teríamos uma receita nova, e temos hoje receita de bilheteria. Isso é um trabalho estratégico que normalmente se faz com empresas terceirizadas. A gente pretende também fazer não só com nossos funcionários, mas hoje temos muitas soluções em relação à dívida, não temos medo dela, trabalhamos com ela, não ficamos culpando os antecessores. Procuramos fazer um trabalho de aumento de receita e tentarmos diminuir as despesas. O desafio de diminuir as despesas nós ainda não conseguimos, porque foi preciso investir na qualificação dos profissionais, na qualificação da nossa estrutura física, na capacitação dos nossos atletas, intercâmbio. Nesses três primeiros anos, foi muito importante continuar investindo. Então, não conseguimos trabalhar na diminuição da despesa. Hoje, já temos conhecimento total do clube, o que é prioridade, não vamos mais precisar fazer... Por exemplo: para terminar o centro de treinamento nós vamos receber da EBX R$ 14 milhões, que foi o acordo em relação ao Morro da Viúva, já tem o dinheiro carimbado para equacionar, terminar todo o centro de treinamento. A gente não precisa mais despender um valor grande dos cofres do Flamengo, do nosso orçamento, para investir, para construir, para pagar dívida, para pagar salário. Hoje as coisas estão carimbadas, melhor solucionadas, direcionadas, então fica muito mais fácil de administrar com essa dívida.
Nos dois últimos anos, o Flamengo sofreu com a falta de um patrocinador master. Qual é a sua meta para essa questão, para o marketing do clube e também para aumentar o número de associados?
Nosso marketing não trabalhou como nós sonhávamos. O Flamengo pode muito mais, tem uma marca muito poderosa e nós entendemos que precisamos fazer algumas divisões. Como fizemos no patrimônio, que tivemos uma pasta direcionada, um vice-presidente para defender o patrimônio, e separamos o patrimônio do Fla-Gávea, como separamos o patrimônio da tecnologia da informação, e aí trouxemos o Flamengo para o mundo atual. Flamengo não tinha rede de Internet. Hoje, separamos as partes e elas funcionaram muito bem. Da mesma forma o marketing, ele deve ser dividido em departamento comercial para captação de patrocínio, estudo de mercados, mercado nacional, internacional. E, em algumas situações, por exemplo: licenciamentos e controle desse licenciamento, talvez uma terceirização funcione muito melhor, pois nós não temos o controle. O que nós conseguimos fazer foi aumentar a quantidade de produtos licenciados, mais do que dobramos, nossa receita aumentou muito também. O valor mínimo dos contratos também aumentou nesse trabalho de licenciamento. Mas o controle? O controle de quanto se vende, enfim, isso é preciso fazer. Para essa ação, é preciso terceirizar. Mas é importante pontuar que, diferente do que as pessoas pensam, o Flamengo tem R$ 21 milhões na camisa. Ele não tem patrocinador master, mas tem cinco outros patrocinadores. Assim como também o Conselho Diretor já encaminhou uma proposta da Adidas que nós sairíamos de um patamar de R$ 20 milhões para R$ 35 milhões. Isso também é marketing. O fornecedor também trabalha não só nas questões administrativas e financeiras, mas também no marketing. Nós não estamos sofrendo, estamos trabalhando abaixo do que a expectativa, a marca Flamengo pode alcançar, isso nós sabemos. Hoje, talvez a gente possa investir, demandar um recurso financeiro grande e é necessário para um retorno rápido, a médio prazo, um trabalho de fomento do marketing, sim. Mas nós priorizamos o centro de treinamento, por exemplo. Era impossível um grande jogador, grande atleta, ele só vem para o clube se ele tiver um bom elenco, um bom treinador, se os compromissos tiverem sendo cumpridos, e se a estrutura física comportar qualidade do futebol que ele quer jogar. Isso acontece no futebol, no basquete, natação... Mas no futebol é muito evidente. Um jogador, por exemplo, repatriado da Europa, não vai querer treinar num local que não seja apropriado, que não tenha um centro de treinamento, uma estrutura de fisiologia, de fisioterapia adequada para que ele possa se recuperar, enfim, ser trabalhado com eficiência e qualidade que um esporte de alto rendimento exige. Então, tudo isso, é investimento. A gente priorizou nessa questão. E o marketing agora passa a ser uma pasta importantíssima no clube.
Qual o seu projeto para o futebol do Flamengo, como será a gestão e de que forma você pretende fazer o investimento neste setor?
Adriano não faz parte dos nossos planos. Mas, agora, o futuro a Deus pertence. Se estiver bem, a gente torce que esteja, pode pensar diferente"
Patricia Amorim
Apanhamos muito, não temos mais o direito de errar. Aprendemos muito com isso. É muito importante pontuar que nem sempre o que o torcedor quer, e nós ouvimos, a gente participa das sugestões, e procura acolher dentro da administração e do orçamento a demanda que ele sugere. A gente criou uma ouvidoria, tem contato próximo com esse torcedor, então sugere um jogador, que se faça isso... Mas administrar não é dessa forma. Administrar um clube de futebol exige um sacrifício enorme na qualidade da estrutura, na qualidade do elenco, na qualidade da comissão técnica, na capacidade de o clube estar competitivo com as outras grandes equipes. Envolve um universo de possibilidades. E estar tranquilo para entrar em campo com os compromissos assumidos cumpridos. Isso é fazer futebol. Agora, logicamente você tem um elenco com meninos jovens, que é a nossa marca. Uma marca da administração que começou a formar de novo jogadores. E começou a formar jogadores e aproveitar no time profissional. Essa é a marca dessa administração. O resultado desse trabalho vai aparecer daqui a alguns anos. Acho que o primeiro bom momento será nas Olimpíadas de 2016. Tenho certeza de que Adryan e companhia vão fazer parte, compor a equipe olímpica brasileira. A partir dali, jogadores para a seleção brasileira. A estrutura do futebol, ela se mantém com treinador, comissão técnica, as comissões médicas, com um diretor-executivo, talvez mais um executivo, pois o tamanho do Flamengo, a dimensão que precisa alcançar, inclusive internacional, exige uma pessoa dentro do mercado nacional e internacional. Um executivo mais administrativo, e outro mais da área técnica, funcionando um pouco mais como supervisor. E vice-presidente em sintonia, ligação direta com a presidência, com o conselho diretor.
O atacante Adriano deixou o Flamengo recentemente, mas disse que pretende voltar em 2013. Qual a sua avaliação sobre o caso? Se reeleita, pretende abrir as portas do clube para o jogador?
Não, o Adriano não faz mais parte do nosso projeto 2013. Numa situação futura, se ele estiver recuperado e jogando, podemos fazer uma análise, mas ele não faz parte do nosso elenco, do nosso projeto para 2013. A oportunidade foi dada, todos acompanharam, e ele não aproveitou ou, enfim, não conseguiu passar por esse bom momento. Superado isso, para o elenco do futebol do Flamengo em 2013, na minha administração, o Adriano não faz parte dos nossos planos. Mas, agora, o futuro a Deus pertence. Se estiver bem, a gente torce que esteja, pode pensar diferente.
Falando agora sobre a comissão técnica, atualmente comandada pelo Dorival Júnior, que tem contrato até o fim de 2013, e também sobre o atual diretor de futebol, Zinho. Qual o seu plano para esses dois pilares? Permanência, saída? Como você enxerga essa questão?
O trabalho com o Zinho foi uma aposta, funcionou muito bem na parte técnica, na aproximação com os jogadores, no contato dele com o conselho diretor, mas acho que falta ainda uma peça de mercado, prospectando, acompanhando melhor os jogadores no Brasil e no mundo. Uma coisa um pouco mais de fora para dentro. A gente está muito dentro do nosso universo, e precisa sair"
Patricia Amorim
O resultado foi abaixo da expectativa, mas o treinador no final do campeonato conseguiu organizar o elenco, deu tranquilidade, não temos nenhum problema de relacionamento, muito pelo contrário. Ele assumiu essa liderança, ele sabe que nós vamos montar um elenco à altura da qualidade do treinador, ele me cobra muito. O trabalho com o Zinho foi uma aposta, funcionou muito bem na parte técnica, na aproximação com os jogadores, no contato dele com o conselho diretor, mas acho que falta ainda uma peça de mercado, prospectando, acompanhando melhor os jogadores no Brasil e no mundo. Uma coisa um pouco mais de fora para dentro. A gente está muito dentro do nosso universo, e precisa sair. O Flamengo precisa conquistar o mundo e trazer para dentro de casa.
De 2011 para cá, o Flamengo revelou garotos muito promissores. Quais são os seus projetos para as divisões de base do clube?
Continuar o grande trabalho que nós fizemos. Chegamos às finais de todas as categorias nos campeonatos estaduais. Isso é um mérito grande do Noval (Carlos, diretor das divisões de base), do Brazil (Carlos, gerente do Ninho do Urubu), trouxemos dois executivos para a base. Investimos muito na boa formação, na qualificação dos profissionais. A Silvinha, que era nutricionista do profissional foi para a base. Temos assistente social, psicólogo, um departamento de fisioterapia só da base, equipes técnicas de cada categoria montada. Investimos muito nisso, principalmente na alimentação dos jogadores. Eles chegavam no CT, não tinham café e saíam sem almoço. Hoje, todos os meninos recebem café da manhã e almoçam, e os que moram têm cinco refeições. Isso está diretamente relacionado ao trabalho físico, à recuperação, ao suplemento alimentar que esses atletas precisam ter. Esse trabalho vai continuar, é a marca de um Flamengo que prospecta o seu futuro e que pretende equacionar, com esse futuro promissor, as suas dívidas do passado. É com esses jogadores. Com 100, 150, 200 atletas que o Flamengo vai formar, e talvez aproveite no profissional 10%, quem sabe 15%, e consiga fazer uma boa venda, uma boa formação, de forma que o patrimônio suba e a gente consiga equacionar esse passivo que nos assusta tanto. Mas foi preciso investir. E nós vamos continuar investindo muito na base. Craque a gente continua fazendo em casa.
Qual o seu projeto para os demais esportes do clube, os chamados esportes olímpicos? Pretende priorizar algumas modalidades?
O projeto é a Patricia Amorim continuar. Os esportes olímpicos estão diretamente relacionados ao meu trabalho. Então, se eu continuar, eles continuam em alto rendimento, a natação continua ganhando, o remo continua na hegemonia absoluta do Rio de Janeiro, o judô, nado sincronizado, polo aquático, o basquete, o voleibol na formação. Está diretamente relacionado à Patricia Amorim ficar, não tenho dúvida disso. Ninguém mais do que eu conhece, fui vice-presidente duas vezes. A credibilidade e confiança desses grandes atletas é no nosso trabalho.
A senhora falou um pouco sobre o formato da gestão que pretende implantar no clube. A última pergunta é se a ideia de transformar o clube em empresa a agrada. Acha benéfico isso?
Vamos começar de trás para frente. Sou radicalmente contra o clube-empresa. O clube é dos sócios, dos associados, das pessoas que de forma abnegada construíram um clube de 117 anos, com uma história maravilhosa. Sou absolutamente contra. Não existe a menor possibilidade de dirigente ser remunerado, porque o estatuto não permite. Então, as pessoas que vendem esse tipo de projeto de sonho, eles não são possíveis de serem realizados, eles não sairão do papel. O estatuto diz que tanto o presidente como seus vices devem ser amadores, voluntários.
AS PERGUNTAS DOS OUTROS CANDIDATOS:
Jorge Rodrigues: Você recebeu o Flamengo hexacampeão brasileiro e agora passamos o ano lutando contra o rebaixamento. A que atribui o fracasso do futebol na sua gestão?
Olha, em nenhum momento estivemos na zona do rebaixamento, em nenhum momento, em nenhuma vez como presidente eu passei pela zona de rebaixamento, próximo. Estava tão próximo da zona de rebaixamento como dos primeiros colocados. Nós montamos sempre os elencos acreditando que vão produzir à altura da importância Flamengo. Nós cumprimos os salários, pagamos caro por esses jogadores, para que eles tivessem produção, o resultado que esperamos. Nesse ano, não tivemos, por uma série de fatores, que nós assumimos com o resultado negativo, mas nem por isso o trabalho diminui, deixa de ter sua importância histórica. O Flamengo avança, ele não fica mais de um ano sem título. Nós conseguimos ser campeões estaduais invictos de terra e mar, invicto, isso só aconteceu três vezes na história. Isso deu a hegemonia de terra e mar. O Flamengo tem 32 títulos estaduais contra 31 do Fluminense. Dei minha contribuição. Se esse ano não foi pontualmente muito bom em relação ao número de pontos, continuamos na média dos últimos 20 anos. O Flamengo já chegou a 24 º lugar, 18º, 17º. A gente chegou na quarta colocação com a classificação para a Libertadores. Às vezes flui, às vezes não flui. Mas continuamos investindo, a nossa divisão de base foi campeã brasileira no ano passado da Copa São Paulo de Juniores, este ano chegamos à final da Taça BH. E continuamos trabalhando, isso não diminui em nada a nossa motivação.
Eduardo Bandeira de Mello: Caso não seja reeleita presidente, como entregará o futebol em janeiro? Salário de novembro, dezembro e janeiro, 13º e férias estarão quitados?
Esta é a proposta, pois quando eu recebi não estavam quitados. A ideia é deixar tudo pago, com o mínimo de despesa para a próxima administração. E podem ficar muitos tranquilos pois estamos deixando um contrato de transmissão de R$ 800 milhões até 2018, e pagamos R$ 16 milhões de dívidas anteriores. Estamos deixando um resultado financeiro, com uma anistia de IPTU, com um acordo que fizemos no Morro da Viúva de R$ 16 milhões, para o ano que vem. Estamos deixando para o conselho decidir no final deste ano ainda o contrato com Adidas. Nós saímos de R$ 20 milhões para R$ 35 milhões, até um pouco mais, considerando o número de produtos distribuídos. Estamos deixando o Flamengo equacionado, com valor menor de dívidas, com soluções. É possível pagar os salários, e a nossa intenção é continuar pagando. Nossa pretensão é continuar por mais um triênio.