BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Encontrada mancha de óleo na Praia do Atalaia. Que pena, não era petróleo !!

Portal ORM

Encontrada mancha de óleo na Praia do Atalaia, em Salinas
Quem procurou Salinópolis para passar o final de semana prolongado teve que deixar a Praia do Atalaia, nesta segunda-feira (30), por conta de uma mancha de óleo que 'apareceu' no local.



Segundo o sargento Matos, do Corpo de Bombeiros, o mais provável é que essas manchas sejam de óleo diesel. 'Imagino que tenha vazado de embarcações grandes que passam defronte à Salinas. Se fosse petróleo seria mais grosso, mais pesado', garante o militar.

Uma equipe dos Bombeiros passou várias horas analisando a presença incômoda nas areias do Atalaia. Ele informou que os vestígios do óleo se espalharam por quase dois quilômetros. 'Se fosse um vazamento maior, uma faixa mais extensa de areia teria sido atingida, e também haveria óleo na água', afirmou o sargento.

Já um comerciante da área afirmou que o óleo teria sido jogado por um navio que chegou mais próximo da praia para pegar algum prático (profissional que guia embarcações em determinadas áreas que os comandantes não conhecem). Ele contou ainda que há pelo menos dois anos não aparecia manchas de óleo na praia do Atalaia.

Para a família Oliveira, que reside em Paragominas e estava passando o feriado em Salinas, vai ser 'a pior lembrança que vão levar para sua cidade natal'. O mecânico Manoel Oliveira contou que ele e seus familiares chegaram na praia por volta das 10h30 de hoje (30), e quando estavam jogando futebol na areia prestaram atenção que seus pés, e a bola também, estavam sujos e não conseguiam limpar de forma alguma.



O Portal ORM entrou em contato com a assessoria de comunicação da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) que informou que encaminhará uma equipe para Salinas, junto com o Ibama, para checar o que houve na praia e investigar os culpados pelo acidente.

Flamengo - Patrícia Amorim afunda o Mengão !!

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Flamengo continua devendo

seg, 30/04/12
por Emerson Gonçalves |

O balanço do Flamengo referente a 2011 mostra que o clube continua devendo… Ao seu torcedor. Sim, também tem as dívidas, ainda maiores agora, mas a dívida maior do clube é com a grande massa que o tem no coração.
Na tabela acima, mostrando os maiores faturamentos (até o momento, mas não creio que vá haver alguma mudança) por ordem de receita total dos clubes, a posição que o Clube de Regatas do Flamengo ocupa não é condizente com a posição que ocupa no cenário do futebol e do marketing. E isso é devido, nítida e claramente, aos problemas de gestão e de política interna do clube.
A receita com direitos de transmissão, o Broadcasting, foi impactada pelas luvas e, provavelmente, pelo adiantamento recebido das emissoras. Tal como apontei no texto sobre o balanço do Corinthians, os números reais estarão abaixo desses a partir desse ano. O faturamento do marketing foi razoável, mas abaixo do que se esperava com a chegada de Ronaldinho. Na verdade, o Flamengo enfrentou problemas nessa área, ainda não solucionados, a ponto do clube estar sem patrocínio máster. O reflexo do ano ruim pode ser visto na receita de bilheteria, bem abaixo de 2010 e, principalmente, 2008 (21,1 milhões de reais) e 2009 (20,0 milhões).
Essa outra tabela mostra a evolução das receitas totais desses seis clubes (os seis com balanços disponíveis até a manhã dessa segunda-feira, dia 30 de abril) nos últimos 5 anos. Um período razoável, suficiente para uma boa ideia do comportamento desse mercado e desses players. Reparem que os dois clubes com menor crescimento percentual no período são os dois que mantiveram-se estáveis, tanto nos gramados como nos balanços. No período, a receita rubronegra evoluiu bem, a ponto de nos três primeiros anos desse ciclo ter permitido uma redução pequena, mas significativa, no estoque da dívida.
Na tabela acima podemos ver a receita com transferências de atletas de cada um dos clubes entre 2007 e 2011, ano a ano. Na sequência vemos a receita total obtida com essas transferências e a receita total do clube. Na última coluna temos a proporção entre a receita com transferência comparada à receita total do clube. Nesse caso, nesse trabalho, a baixa participação desse quesito sobre a receita total é um ponto positivo, no sentido de mostrar que a evolução do faturamento deu-se numa base mais sólida e menos sujeita aos humores da formação de atletas. Todavia, mesmo analisando por essa perspectiva, a receita total do clube continua baixa, em total descompasso com a posição e o papel (teóricos) do clube no mercado.
Fica claro, igualmente, pela visão desses números, que o clube precisa investir fortemente na formação de jogadores e também na contrate precisa investir fortemente na formação de jogadores e também na contrate precisa investir fortemente na formação de  jogadores e também na contratação de atletas com potencial para evoluir e deixar receita no clube.
Dirão muitos que isso é um atraso, que um clube tem que contratar bem para ganhar campeonatos. É uma visão, mas de difícil implementação, além de sujeita a chuvas & trovoadas, como demonstra, não por coincidência, a própria relação Flamengo/Ronaldinho.
Passivo explosivo
O passivo do clube explodiu, simplesmente. O passivo circulante aumentou 52%, o não circulante aumentou 109% e no total o passivo deu um pulo extraordinário e assustador de 172%.
Numa visão preliminar, as dívidas junto a instituições financeiras, tributárias e fornecedores, aumentaram de 293,2 milhões em 2010 para 335,3 em 2011, um avanço de 14,4%, o que seria uma evolução pequena e pouco preocupante quando comparada à receita. Entretanto, a visão geral do passivo muda a entonação. Esses números foram impactados por reavaliação patrimonial e alguns outros ajustes, e exigem uma análise mais cuidadosa e aprofundada. Conversei com duas pessoas com ampla vivência na Gávea e o que ouvi foi pouco animador e nada esclarecedor, pois também elas estão entre perplexas e preocupadas com a realidade mostrada – ou não mostrada – pelo balanço. Por isso, peço que considerem esses valores de dívida como provisórios, pois prefiro aguardar outras análises, feitas por profissionais da área contábil, mais aprofundadas e melhor embasadas.
Por sinal, nessa temporada os especialistas terão que trabalhar um bocado para entender e explicar muitos números, mas não só do Flamengo, que, definitivamente, não está sozinho nessa situação.

O Esquerdopata: Brizola Neto é o novo ministro do Trabalho do governo Dilma

O Esquerdopata: Brizola Neto é o novo ministro do Trabalho do governo Dilma

Na véspera do Dia do Trabalhador, a presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu anunciar o nome do novo ministro do Trabalho. O deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) vai substituir Paulo Roberto Pinto, que ocupa o cargo há cinco meses como interino. A decisão foi tomada em reunião na manhã desta segunda-feira entre Dilma e o presidente do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi.

O anúncio oficial deve ser feito dentro de minutos. O novo ministro, que está em Brasília, foi chamado às pressas ao Palácio do Planalto para ser comunicado da decisão. Brizola Neto disputava a indicação com outros dois nomes. O também deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) tinha a preferência interna do partido, mas sofria forte resistência de Dilma e dos ministros palacianos, entre eles Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência. O outro nome, com menos chances, era do secretário-geral do PDT, Manoel Dias.

Dilma foi convencida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Fonte da informação?) a não passar as comemorações do Dia do Trabalhador sem um nome definitivo à frente da pasta que cuida das políticas para o setor. Brizola Neto, 33 anos, é o mais novo ministro da Esplanada dos Ministérios. Filiado ao PDT desde 1997, é neto do ex-governador Leonel Brizola e foi vereador da cidade do Rio de Janeiro antes de ser eleito para o primeiro mandato como deputado federal, em 2006.

Altamiro Borges: Serra deu R$ 34 milhões à Editora Abril


Altamiro Borges: Serra deu R$ 34 milhões à Editora Abril:
Do portal R7:

Um levantamento feito junto ao Diário Oficial do Estado de São Paulo mostra que o ex-governador José Serra, quando ocupava o cargo, pagou cerca de R$ 34 milhões ao longo de um ano ao Grupo Abril, responsável pela publicação da revista Veja.

A pesquisa feita pelo jornalista Altamiro Borges em 2010, no jornal Correio do Brasil, revela que o dinheiro era transferido do governo paulista para o grupo por causa da assinaturas de revistas.

Parte do dinheiro foi destinado para a compra de cerca de 25% da tiragem da Nova Escola e injetou alguns milhões nos cofres de Roberto Civita, o empresário que controla a Editora Abril.

Além disso, na época, o tucano também apresentou proposta curricular que obrigava a inclusão no ensino médio de aulas baseadas nas edições do Guia do Estudante, outra publicação do grupo.

Depois de vários contatos, o R7 aguardava o retorno prometido pelos assessores do ex-governador.

Caso Cachoeira e a Veja

Nesta semana, gravações feitas pela Polícia Federal, à qual o R7 teve acesso,mostraram que Cláudio Abreu , ex-diretor da Delta Construções, deu orientações a um dos redatores-chefes da revista Veja, Policarpo Júnior, para produção de uma reportagem sobre Agnelo Queiroz (PT-DF).

Dias antes, foi publicada uma denúncia sobre a atuação do governador na operação Caixa de Pandora, que derrubou o antecessor e rival José Arruda (ex-DEM). Aparentemente, o grupo de Cachoeira tentava abastecer a revista com informações que interessavam a seus negócios.

Entre o dia 29 e 30 de janeiro, membros do grupo discutiram a repercussão da matéria e usaram a história para pressionar o governo pelo cumprimento de uma promessa não identificada pelo inquérito da PF.

Recentemente, Serra, atual pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, anunciou o jornalista Fábio Portela, ex-editor de Brasil da revista Veja, como coordenador de imprensa de sua campanha.

Filho do advogado de Jatene é preso como traficante pela PRF em Castanhal

Mas vejam só ...

O LIBERAL - Mauro Cesar Freitas dos Santos portava pistola ilegalmente e haxixe, diz Polícia

O advogado Mauro Cesar Freitas dos Santos, presidente da Comissão de Jovens Advogados da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará e filho do também advogado Mauro Cesar Santos Filho, foi preso pela Polícia Rodoviária Federal. Ele é acusado de estar com uma pistola, mas sem porte de arma, e com 60 a 80 gramas de haxixe (uma maconha de maior qualidade), além de uma balança de precisão. Todo esse material estava na camionete conduzida pelo advogado, que, segundo algumas informações, retornava de uma audiência em Capanema, no nordeste do Estado.

A prisão ocorreu na tarde de quinta-feira, 26, na rodovia BR-316. Mauro Cesar Freitas dos Santos foi conduzido à Superintendência da Polícia Civil em Castanhal. Por volta das 16 horas daquele dia, os policiais rodoviários estavam em ronda na rodovia BR-316, no município de Castanhal. Eles, então, abordaram a camionete Titan branca, na qual estava o advogado Mauro Cesar. Os policiais rodoviários encontraram uma pistola Taurus calibre 638, com dez munições. Foi, então, dada voz de prisão ao advogado.

Ainda durante a revista ao veículo, os policiais rodoviários encontraram um pote de complexo vitamínico, com 60 a 80 gramas de haxixe, e, ainda, uma balança de precisão, um par de algemas e um bastão retrátil, usado para defesa pessoal. Ainda segundo a Polícia Rodoviária Federal, a pistola está registrada, mas o responsável pela arma não possui o porte de arma. Acompanhado de dois advogados, Mauro Cesar foi encaminhado à Superintendência da Polícia Civil em Castanhal. Ele foi autuado, em flagrante, por porte ilegal de arma e tráfico de drogas. O delegado José Casimiro Beltrão é quem está à frente do caso, em Castanhal. O LIBERAL apurou que, na manhã do dia seguinte, o advogado foi solto, por decisão do Tribunal de Justiça do Estado, que lhe concedeu habeas corpus. Este jornal também apurou que Mauro Cesar considerou injusta sua prisão. O pai do acusado é conselheiro da OAB-Pará.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Carlinhos Cachoeira diz que elegeu governador tucano de Goiás


Em gravação, Carlinhos Cachoeira diz que elegeu Perillo
Por Roberto Maltchik (roberto.maltchik@bsb.oglobo.com. | Agência O Globo – 1 hora 52 minutos atrás

 BRASÍLIA - Conversas gravadas pela Polícia Federal mostram que o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, cobrou do ex-presidente do Detran de Goiás Edivaldo Cardoso a fatura pelo apoio à eleição do governador Marconi Perillo (PSDB). No diálogo, o bicheiro e o ex-auxiliar do governador discutem a partilha da verba publicitária do Detran, segundo Edivaldo, no valor total de R$ 1,6 milhão. Cachoeira lembra da participação que teve na campanha de Perillo e exige a maior fatia do bolo.

- Quem lutou e pôs o Marconi lá fomos nós - diz Cachoeira.

A conversa foi interceptada pela Polícia Federal em 2 de março do ano passado, logo no início do governo do tucano. Cachoeira descobriu que um jornal de Anápolis, de oposição ao governador, receberia uma verba mais expressiva que o jornal dele, que, segundo a Operação Monte Carlo, está em nome de um laranja do bicheiro. Contrariado, Cachoeira diz que a partilha não está correta e deve ser revisada.

"Aquele jornal foi contra o Marconi", diz Cachoeira

Em um dos trechos, Cachoeira fala especificamente do Canal 5 de Anápolis, contratado para transmitir as sessões da Câmara Municipal e que tem como diretor Carlos Nogueira, o Butina, que ao GLOBO assegurou ser o dono da emissora. O mesmo grupo é dono do jornal "Estado de Goiás". O contraventor vai direto ao ponto:

- O jornal "O Anápolis" vai ganhar do Detran? Aquele jornal foi contra o Marconi o tempo inteiro. O Butina falou que viu (o documento) na mão do cara (do governo) - contesta Cachoeira.

O ex-presidente do Detran nega a veracidade da informação:

- Não viu, não. Eu fechei isso ontem. Tinha televisões (e outros jornais) - disse Edivaldo, antes de complementar, dizendo que deu atenção especial ao jornal de Carlinhos.

- Eu pedi para incluir o seu (jornal) lá - disse Edivaldo.

A partir desse momento, em um diálogo de três minutos e quinze segundos, o contraventor interpela o ex-dirigente do Detran sobre a partilha de valores e compara a fatia abocanhada por concorrentes e pelos veículos ligados ao grupo.

- O nosso tem que ser muito mais. Quem lutou e pôs o Marconi lá fomos nós! - diz Cachoeira.

Presidente do Detran foi demitido, após escândaloPressionado, Edivaldo chega a concordar com Cachoeira que a verba aos jornais que fazem oposição ao governo de Marconi Perillo "não se justifica". Cachoeira então volta a cobrar a suposta parceria com o governo goiano.

- Parceiro só para conversa, não tem jeito. Você tem que nos mostrar em números - conclui o contraventor.

Edivaldo foi demitido no começo de abril deste ano, após o surgimento de outras gravações nas quais aparece em conversas com Cachoeira. O tema da conversa era um possível encontro a ser agendado entre o governador e Cachoeira.

Butina sustentou que ele é o dono do jornal "Estado de Goiás" e da Canal 5. O advogado do governador Marconi Perillo, Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay, informou que não comenta trechos pinçados e descontextualizados do relatório da Operação Monte Carlo.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

IBGE: desemprego sobe em março, mas é o menor desde 2002


IBGE: desemprego sobe em março, mas é o menor desde 2002

Do UOL, em São Paulo
A taxa de desemprego no Brasil em março teve alta e chegou a 6,2%, acima dos 5,7% registrados em fevereiro, divulgou nesta quinta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, o resultado do mês passado é o melhor para março desde 2002, quando teve início a série histórica.
A população desocupada (1,5 milhão de pessoas) cresceu 8,8% em relação a fevereiro (mais 122 mil pessoas procurando trabalho). Já a população ocupada (22,6 milhões) permaneceu estável na comparação com fevereiro.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,1 milhões) não registrou variação na comparação com fevereiro. Na comparação anual, houve uma elevação de 3,7%, representando um adicional de 394 mil postos de trabalho com carteira assinada.
O rendimento médio real dos trabalhadores (R$ 1.728,40, o valor mais alto para o mês de março desde março de 2002) apresentou alta de 1,6% na comparação com fevereiro e de 5,6% frente em relação ao mesmo mês do ano passado.

A pesquisa mensal é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
Pesquisas diferentes
Diferentes levantamentos medem o desemprego no país. Os números do IBGE, por exemplo, são bem menores que os do Dieese/Seade, que mediu um desemprego de 10,8% em março.
As divergências ocorrem por causa das metodologias diferentes adotadas. A principal delas é que o IBGE mede apenas o desemprego aberto, ou seja, quem procurou emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa e não exerceu nenhum tipo de trabalho -remunerado ou não- nos últimos sete dias.
Quem não procurou emprego ou fez algum bico na semana anterior à pesquisa não conta como desempregado para o IBGE.
O Seade/Dieese também consideram o desemprego oculto pelo trabalho precário (pessoas que realizaram algum tipo de atividade nos 30 dias anteriores à pesquisa e buscaram emprego nos últimos 12 meses) e o desemprego oculto pelo desalento (quem não trabalhou nem procurou trabalho nos últimos 30 dias, mas tentou nos últimos 12 meses).
(Com informações da Reuters)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Padilha desfaz o engodo do #PIG sobre seu suposto envolvimento com Cacho...

Novos documentos comprovam que Havelange e Teixeira receberam suborno na Fifa


Novos documentos comprovam que Havelange e Teixeira receberam suborno na Fifa

Roberto Pereira de Souza
Do UOL, em São Paulo
  • Ana Carolina Fernandes/ Folhapress
    Ricardo Teixeira e João Havelange em evento no Rio de Janeiro (01/02/2005)
    Ricardo Teixeira e João Havelange em evento no Rio de Janeiro (01/02/2005)
Agora está confirmado: Ricardo Teixeira usou a empresa Sanud junto com João Havelange para receber comissões em nome da Fifa e não repassou os valores aos cofres da entidade. Os valores finais ainda não foram fechados pela Justiça da Suíça, mas os subornos podem ter passado de US$ 40 milhões, entre 1978 e 2000. O escândalo está sendo investigado pelo Parlamento Europeu, que divulgou um relatório parcial esta semana.

NÚMEROS DO ESCÂNDALO

  • 1974-1998

    Duração do mandato de Havelange como presidente da Fifa
  • 1994-2012

    Período no qual Teixeira foi membro do comitê executivo da Fifa
  • US$ 40 milhões

    Valor do suborno recebido pelos dois dirigentes entre 1978 e 2000
  • 1982-2001

    Anos de fundação e falência da empresa de marketing esportivo ISL
  • 2001

    Ano no qual foi realizada a CPI do Futebol, que investigou Teixeira
    Parte dessas comissões milionárias foram recebidas pelos brasileiros entre 1989 e 1998, ano em que Havelange se afastou da presidência da Federação, depois de cumprir mandatos seguidos desde 1974.
    Além da Sanud, empresa investigada na CPI do Futebol em 2001 (e que tem o irmão de Teixeira, Guilherme, como procurador, no Brasil) os dois brasileiros usaram também o fundo  Renford Investiments, e a empresa Garantie JH para coletar propinas na venda de direitos de transmissão dos jogos das Copas do Mundo, “para um país da América do Sul”.
    As informações foram amplamente investigadas pelo promotor suíço Thomas Hildebrand que abriu ação criminal contra os dois brasileiros, mantendo seus nomes  sob sigilo judicial.
    Mas alguns documentos exclusivos obtidos porUOL Esporte,  no ano passado, permitem cruzar as datas dos depósitos efetuados em várias contas de empresas de fachada, usadas no maior escândalo de corrupção esportiva, que chega a 122,6 milhões de francos suíços ou cerca de US$ 160 milhões no total.
    Parte desse dinheiro (mais de US$ 40 milhões) ficou nas contas dos dois brasileiros que estavam por trás de um grupo de empresas listadas pela promotoria suíça.
    Mesmo mantendo o sigilo judicial imposto ao processo criminal que ainda tramita na Suíça, o promotor Hildbrand deu detalhes sobre as operações das duas pessoas denunciadas no recebimento de propina. Essas pessoas foram codificadas pelas letras H (Teixeira) e E (Havelange).

    ADVOGADOS NÃO LOCALIZADOS

    A reportagem do UOL Esporte tentou localizar os advogados de Ricardo Teixeira e Guilherme Teixeira, mas não obteve o sucesso no contato com os defensores da dupla.
    Na Suíça, corrupção privada só é enquadrada em crime quando envolve suborno em contratos comerciais. “Por isso as pessoas H e E foram incriminadas”, explicou o promotor usando as duas letras para proteger a identidade dos brasileiros.
    Segundo Hildbrand, “os dois, E e H, tinham participação financeira na companhia G (Sanud). Detalhes das operações individuais podem ser conhecidos no quadro abaixo”.
    Por esse quadro divulgado pelo Comitê Europeu de Cultura, Ciência, Educação e Mídia, que também investiga o maior escândalo do futebol mundial, 32 depósitos foram feitos entre 10 de agosto de 1992 até 4 de maio de 2000, na conta da Sanud (empresa G).
    O Parlamento Europeu divulgou nesta semana parte do conteúdo do processo que investiga o escândalo. Para preservar o sigilo judicial, o promotor apenas listou os depósitos feitos e a Comissão Europeia excluiu os nomes das empresas denunciadas.
    Porém, cruzando as informações divulgadas esta semana pelo Parlamento Europeu com um dossiê de lista de empresas beneficiadas a que o UOL Esporte teve acesso, ano passado, foi possível checar cada depósito realizado com os nomes das empresas beneficiadas: A Sanud  e a Garantie JH receberam entre 1992 e 1997, 22 repasses financeiros, totalizando US$ 10 milhões. A Garantie JH recebeu em um único depósito de 3 de março de 1997,  US$ 1 milhão. Os outros dez repasses foram feitos para a conta da Renford Investiments Ltd.
    Apesar da coincidência das letras JH, até o relatório divulgado pelo Parlamento Europeu não se poderia afirmar que a Garantie era operada por João Havelange. A confirmação foi possível porque dados sigilosos do processo obtidos pelo UOL Esportetrazem a lista dos depósitos associada aos nomes das empresas beneficiárias. O roteiro de datas e valores divulgados pelos comissários europeus foi decisivo para o cruzamento dos nomes das empresas.
    A dinheirama manipulada pela Fifa passava antes pelos cofres da International Sports Leisure (ISL), empresa de marketing esportivo montada por Havelange em associação com Adidas e a japonesa Dentsu, nos anos 80. A ISL tinha 50% de capital japonês e acabou quebrando em 2001.
    A falência da ISL chamou a atenção do Ministério Público e uma investigação criminal foi aberta na Suíça para apurar os motivos da falta de caixa. Um dos executivos da empresa, Jean Marie Weber, abriu o jogo e contou como o esquema funcionava.
    Há ainda outro detalhe importante revelado pelo promotor Hildbrand e que ajudou a confirmar os nomes dos brasileiros: “alguns depósitos foram feitos em contas dos filhos do suspeito H (Teixeira) e um dos contratos assinados pela Fifa leva a assinatura do suspeito E, em 97 e 98”.
    Está claro também de onde os dois recebiam comissão pela venda exclusiva dos direitos de transmissão do jogos: “O pagamento foi feito pela ISL e uma de suas subsidiárias a ISMM Investiments, que recontratava empresas para vender direitos de televisão e rádio a um país da América do Sul”. Os dois únicos interessados em direitos de televisão na América do Sul e que eram oficiais da Fifa, e que operavam a Sanud e a Garantie JH, são Ricardo Teixeira e João Havelange.
    “Os pagamentos foram feitos direta ou indiretamente aos dois (H e E); ambos eram executivos da Fifa e um deles ainda é”, revelou o promotor aos parlamentares europeus em depoimento dado em  março de 2012.

    ALGUMAS EMPRESAS ENVOLVIDAS EM SUBORNO, SEGUNDO JUSTIÇA SUÍÇA

    Garantie JH
    Sanud
    US$ 1,5 milhão
    US$ 8,5 mihões
          03/03/1997
    de 16/02/93 a 28/11/97
    BelezaUS$ 1,5 milhãode 27/03/91 a 01/11/91
    OvadaUS$ 820 mil22/01/1992
    WandoUS$ 1,8 mihãode 06/07/89 a 22/01/93
    SicurettaUS$ 42,4 mihõesde 25/09/89 a 24/03/99


    Saem Sanud, Garantie JH e entra a Renford  
    O último depósito feito na conta da Sanud (que, no Brasil era operada pelo irmão de Ricardo Teixeira, Guilherme) foi feito no dia 30 de março de 1997. A partir de março de 1998 entra em cena a Renford Investiments para receber em um único depósito a soma de US$ 2 milhões.
    “Os pagamentos foram feitos como venda de influência pessoal na negociação dos direitos exclusivos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo. Esses pagamentos se referem a contratos assinados em 12 de dezembro de 1997 e maio de 1998 pelo acusado E”, revela o promotor.
    Esses contratos negociavam a transmissão da Copa de 2002 (no Japão e Coreia). Era o último ano de Havelange à frente da Fifa e ele assinou os contratos de venda de direitos como presidente da entidade.
     “O acusado E ficou rico com as comissões recebidas e não cumpriu seu dever de repassar esses valores aos cofres da Fifa, que acusou prejuízo de igual valor", denuncia.
    A mesma acusação se refere ao acusado H (Teixeira) como um dos beneficiários  da empresa Sanud.
    “As somas recebidas foram levadas em dinheiro por um cidadão de Andorra e depositadas em três contas dos filhos de H”, revela o promotor. “Parte do dinheiro saiu também do Bank of America, nos Estados Unidos”.
    Entre 10 de agosto de 1992 e 4 de maio de 2000 as empresas operadas por Havelange e Teixeira receberam US$ 15,6 milhões. Mas outra montanha de dólares passou por outras empresas antes desse período. Estima-se que empresas como Wando, Ovada, Beleza e Sicuretta também receberam cerca de US$ 60 milhões:
    “Esse interesse por promoção esportiva começou na Fifa nos anos 1970”, revelou um ex-gerente da ISL ao promotor Hildbrand. “A ISL perseguiu esses objetivos desde sua fundação. As atividades continuaram,  mas agora há uma espécie de fundação que opera com fundo de investimento único”.
    Teixeira e Havelange escapam da condenação
    Embora o caso chame a atenção do investigadores europeus, o fato é que o promotor Hildbrand não vê caminhos claros para abrir novo processo criminal contra os acusados H e E. “Houve um acordo judicial e parte do dinheiro foi depositado na conta da falida ISL”, explicou o promotor em seu depoimento.
    “A Fifa foi a principal interessada no acerto. Seus advogados na Suíça lutaram muito para esse acordo e não existe mais queixa de prejuízo causado aos cofres da entidade. O interesse da Fifa sugere que a entidade sabia de tudo o que ocorria e suspeitamos que a entidade tenha feito pagamento por terceiros ”, disse o promotor. “ O pagamento do acusado H (Teixeira) foi feito pelo mesmo escritório de advocacia que trabalha para a Fifa”, concluiu Hildbrand.
    Para encerrar o processo na justiça suíça, Havelange acertou com a Fifa a devolução  de cerca de US$ 400 mil dólares:
    “A idade avançada do acusado e a consequente redução de sua capacidade de ganho e de aposentadoria  fizeram com que a promotoria aceitasse o pagamento de 500 mil francos suíços”.
    Um depósito de US$ 1 milhão foi feito na conta da Garantie JH e foi confirmado pelo promotor Hildbrand “como sendo na conta do acusado E, que é idoso e está aposentado”.
    O suspeito H (Teixeira) encerrou o caso com a devolução de cerca de US$ 2,6 milhões. O dinheiro foi depositado na conta de massa falida da ISL, que ainda precisa pagar seus credores.
    Na opinião do promotor Thomas Hildbrand, a Fifa sempre soube do escândalo, porque Joseph Blatter está na entidade desde 1974 e sempre ocupou cargo de gerência executiva e secretaria geral, até ser eleito presidente em 1998, substituindo João Havelange.
    Ricardo Teixeira renunciou a seu cargo executivo na Fifa, em março de 2012. João Havelange renunciou a cargo vitalício no Comité Olímpico Internacional, em meio a investigação por corrupção. Havelange está internado no hospital Samaritano no Rio de Janero, desde 18 de março, vítima de infecção no tornozelo direito.