Será?
O destampatório apresentado ontem da tribuna do Senado, pelo assaltante Mário Couto, revela um nervosismo inexplicável por parte de quem sempre pugnou pela instalação de CPI e agora, quando uma está sendo instalada, reslove fazer hilações que mais parecem expressar um desejo oculto de que nada seja apurado.
Talvez, o que explique esse nervosismo acima da média truculenta demonstrada no dia-a-dia seja o temor que as primeiras gravações já apresentadas, com Carlinhos Cachoeira solicitando que Demóstenes, vulgo "Amendoim", entre em contato com Couto pois este é quem dá as cartas no Detran do Pará, desdobre-se em detalhes ainda mais sórdidos e comprometa definitivammente o senador paraense.
Isto ficou bastante claro ontem com as exibições de novos trechos daquele cipoal de gravações, agora desnudando a relação depravada entre Cachoeira, o dono da Delta Construções, Fernando Cavendish, e os quadrilheiros da Veja, visando plantar matérias contra o então diretor do DNIT, Luís Antônio Pagot, por este estar contrariando os interesses do empreiteiro.
Ao que tudo indica, não por coincidência, Couto fazia quase um pronunciamento por dia contra Pagot, chegando até a apresentar um requerimento com pedido de abertura de uma CPI que investigasse a administração do DNIT sob a gestão Pagot, sendo essa comissão abortada após manobra política das lideranças governistas.
Agora é chegada a oportunidade de tirar tudo isso a limpo e revelar se os ataques a Pagot eram de iniciativa própria do senador Couto ou tinham origem na nascente lá de Goiás e não passavam de um banho nas corredeiras dessa máfia que está prester a ser desmascarada.
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