BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Vale tem queda de 74% no lucro em 2012, para R$ 9,73 bilhões - noticias - UOL Economia

Vale tem queda de 74% no lucro em 2012, para R$ 9,73 bilhões - noticias - UOL Economia

A Vale encerrou 2012 com uma queda de 74% no lucro, para R$ 9,73 bilhões. Apenas no quarto trimestre, a mineradora teve prejuízo de R$ 5,63 bilhões, contra lucro de R$ 8,35 bilhões um ano antes.

A empresa divulgou os resultados do quarto trimestre e do ano de 2012 nesta quarta-feira (27), após o fechamento dos mercados.

Desconsiderando as baixas contábeis (efeitos não recorrentes e não caixa, como perdas com variação de câmbio e desvalorização de ativos), o resultado muda completamente de figura. Nesse caso, o chamado "lucro líquido básico" da Vale passa para R$ 22,18 bilhões em 2012.

Também excluindo o efeito das baixas contábeis, o lucro da Vale no quarto trimestre seria de R$ 4,1 bilhões, segundo a própria companhia. O valor é menos da metade dos R$ 8,9 bilhões registrados nos últimos três meses de 2011.

Apesar de não ter efeito no caixa, as baixas contábeis reduzem o lucro líquido e representam o reconhecimento de que aqueles investimentos não darão o retorno esperado.

"Os indicadores financeiros caíram significativamente em relação a 2011, ano em que a Vale atingiu o melhor desempenho financeiro desde sua fundação em 1942", informa a companhia em comunicado.
Baixas contábeis e provisões

Nos últimos três meses do ano, a reavaliação de ativos abocanhou US$ 5,66 bilhões do balanço da companhia, acima do esperado pelo mercado. A companhia já havia anunciado baixas contábeis de US$ 4 bilhões em ativos de níquel em Onça Puma, no Pará, e na participação da norueguesa Hydro.

Mas, além disso, deu baixa em US$ 583 milhões em investimentos realizados na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), siderúrgica controlada pela alemã Thyssen Krupp. Ativos de carvão australianos renderam uma baixa de mais US$ 1,03 bilhão na companhia.
Queda do preço do minério de ferro também é vilão

Preços menores do minério do ferro no final de 2012 em comparação aos praticados um ano antes, por sua vez, também ajudaram a reduzir a receita e o resultado operacional da Vale medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, depreciação e amortização).

Os preços do minério de ferro, carro-chefe das vendas da Vale, recuaram cerca de 15% em relação à média do quarto trimestre de 2011, apesar de a commodity ter se recuperado de uma forte queda no terceiro trimestre.

O preço médio do minério de referência, com teor de 62% de ferro, subiu de US$ 112 no terceiro trimestre para US$ 119,6 no quarto trimestre, ante valores de US$ 140,8 praticados no final de 2011.

No começo de 2013, a cotação do minério disparou, com aquecimento da demanda por aço e a necessidade de reabastecimento das siderúrgicas chinesas. Segundo o Steel Index, a tonelada do produto atingiu US$ 158,90 na semana passada na última quarta-feira (20), uma máxima em 16 meses.

(Com Reuters e Valor)

Muita Lorota, enrolação e propaganda, mas BRT que é bom, só em 2016, no ano eleitoral !!

Que o Grupo ORM vem ganhando uma fortuna para fazer pauta positiva diariamente para o prefeito, isso não é nenhuma novidade, agora, o Ministério Público já é demais. É vergonho que o MP se designe a esse papel.

O MP deveria estar cobrando uma resolução imediata do problema da Av. Almirante Barroso e não legitimar uma ação de marketing político da tucanalha para permitir que o transtorno que a cidade sofreu com essa intervenção aloprada do Duciomar não seja perpetuada e vire peça de propaganda eleitoral na campanha de reeleição do Zenaldo, em 2016.

Ademais, como fica a situação do causador de todo esse caos ?? só agora é que se descobriu que o projeto era é inadequado?? Não, certamente não. A justiça permitiu que o Duciomar levasse essa insanidade adiante. E agora ??? Lamentável !!!!

BRT em Belém deve ser inaugurado no início de 2016, diz prefeito.

Obras do projeto de ônibus rápido estão paradas desde outubro de 2012.
Há uma ação na Justiça repugnando a licitação da obra.


Do G1 PA
4 comentários
 A Prefeitura de Belém realizará nesta quarta-feira (27), uma reunião aberta ao público para debater sobre as obras do BRT (Bus Rapid Transit), que estão paradas desde outubro de 2012. O prefeito Zenaldo Coutinho esteve no programa Bom Dia Pará, da TV Liberal, e falou sobre o assunto.
Confira a entrevista concedida por Zenaldo Coutinho:
João Jadson: Por que as obras estão paradas?
Zenaldo Coutinho: Nós temos uma série de problemas de discussão sobre a licitação com o Ministério Público Federal, com o Ministério Público Estadual; temos uma dívida sendo cobrada de R$ 56 milhões, que tem que ser aferida e conferida pela atual administração.
Com relação a licitação, o que foi registrado?
Há uma ação na Justiça do Ministério Público repugnando essa licitação, então nós temos um imbróglio judicial, nós temos um ‘monstrengo’ na entrada da cidade obstruindo nosso trânsito, que é uma questão concreta, e nós temos ainda essa dívida acumulada e sendo cobrada. Ou seja, são problemas que tem que ser administrados e resolvidos antes de retomar as obras.
Em Belém, ônibus do BRT terá faixas exclusivas nas principais avenidas da cidade (Foto: Divulgação/Comus)Ônibus do BRT terá faixas exclusivas.
(Foto: Divulgação/Comus)
Qual o problema que envolve essa dívida?
A prefeitura anterior não recebeu nenhum recurso, não garantiu financiamento, não foi assinado o financiamento. Temos que neste momento, regularizar a questão do financiamento federal e isso nós estamos discutindo com a Caixa Econômica e com o Ministério das Cidades. Então, primeiro tem que resolver os recursos, que não existem. A prefeitura ano passado pagou com recursos do município R$ 44 milhões, mas deixou uma dívida sendo cobrada pela empresa de R$ 56 milhões. Nós temos que primeiro verificar se tem R$ 6 milhões de obras executas ali na Almirante Barroso, temos também que verificar como se sai deste imbróglio judicial movido pelo Ministério Público. Nós temos que verificar a solução da pendência financeira, a garantia do financiamento federal e da solução judicial.
Como está a situação do andamento das obras, por etapa? Vai haver uma divisão com o Governo do Estado?
Nós queríamos ter antecipado essa possibilidade até porque ia ser ótimo, o governo do estado fazia logo a licitação de Marituba até o Ver-o-Peso, deduzindo aquilo que já foi executado no Entroncamento e Almirantes Barroso. Mas infelizmente o tempo da Jica [Agência de Cooperação Internacional do Japão] exigia que fosse publicado logo o edital, e nós não podemos fechar isso. Há um acordo de união entre governo e prefeitura.
Com relação aos prazos para conclusão da obra, como fica agora?
É bom que as pessoas compreendam que nós só temos 4 quilômetros feitos dessa primeira etapa, ainda falta concluir o Entroncamento e o elevado. Precisamos ainda de projetos do elevado da Independência e da Mário Covas, que nunca foram feitos e concluir essa primeira etapa até a entrada de Icoaraci. Precisamos fazer os projetos de dentro de Icoaraci para a orla e o projeto de São Brás até o Ver-o-Peso. Vamos começar a fazer por etapa, mas a conclusão para colocar o sistema funcionando tem que ser quando for finalizar. O cronograma inicial falava em 2015, com a série de etapas a serem concluídas. Eu presumo que a gente pode manter isso para inaugurar no início de 2016.
Por que as duas pistas do meio da Almirante Barroso não podem ser liberadas para que os carros possam trafegar?
Essa é uma parte interessante, que hoje a reunião com certeza vai nos ajudar a tomar decisões e definições imediatas. Há uma disposição muito forte da Caixa Econômica Federal em fazer avançar essas obras, garantindo o financiamento, há uma disposição muito forte do MPF e MPE de chegarmos a um entendimento. Portanto, a prefeitura vai estar muito focada na solução imediata de conclusão dessa etapa, mas também da liberação da Almirante Barroso/ Entroncamento. Essa é uma das ideias que ocorrerá hoje na audiência pública que nós faremos no Hangar.
Na audiência acontece hoje, todos estão convidados?   
É aberta ao público, nós vamos ter, já confirmada a presença da Caixa Econômica, da Ação Metrópole, do Governo do Estado, os órgãos da prefeitura, o MPF, o MPE, a própria empresa que está contratada para a execução da obra. Ou seja, nós teremos lá a possibilidade de diluir dúvidas e de apresentar sugestões também.
No início se falou em tirar as muretas de concreto que dividem a pista e até hoje não foi feito. Por que?
É uma das decisões que a gente tem que tomar em conjunto com essas instituições que eu falei. Estamos com essa ideia porque essas muretas encarecem demais, elas não são usuais em BRT no Brasil. Nós temos algumas dificuldades, entre elas a questão da ultrapassagem, de veículos quando houver obstrução da via, o encarecimento da obra, que é assustador por causa desses blocos de concreto. E nós temos que discutir isso, inclusive a destinação, que graças a Deus com a parceria com o Governo do Estado já podemos destinar às obras na João Paulo II.
Qual a opinião do prefeito com relação a ciclovia que foi retirada?
Vamos fazer a ciclovia do BRT na Almirante Barroso. Nós garantiremos a extensão da ciclovia em todo o BRT.
Há necessidades de adequações do projeto. O que de primeiro momento você pode citar pra gente que vai ser alterado?
Bom, primeiro as estações, nós teremos área de recuo para garantir a ultrapassagem do BRT. Temos que garantir da entrada da cidade, ali no Entroncamento, alterações que permitam que o BRT metropolitano entrar e sair de Belém, que é outra preocupação que não havia na gestão passada. O BRT terminava no Entroncamento e a ligação seria através de um terminal. Agora não, quem for de Belém, do Ver-o-Peso, pode chegar em Marituba, quando estiver concluída a obra.

Proposta Democrática: ANÁLISE FISCAL E GESTÃO PÚBLICA

Proposta Democrática: ANÁLISE FISCAL E GESTÃO PÚBLICA

ANÁLISE FISCAL E GESTÃO PÚBLICA
Por José Trindade

O Grupo de Análise Fiscal, sob minha coordenação, tem o objetivo de realizar estudos pormenorizados da situação fiscal e da gestão de políticas públicas nos municípios paraenses.O estudo em tela, a ser apresentado no Seminário Análise Fiscal e Políticas Públicas (http://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=7229) é o primeiro de vários que possibilitarão uma maior aproximação entre a análise acadêmica e o necessário acompanhamento social dos dados fiscais e da gestão pública municipal.
A análise dos dados fiscais municipais paraenses nos possibilita conhecimento mais integrado do comportamento da gestão pública em duas funções sociais básicas: a educação/cultura e saúde/saneamento. Por outro, o conhecimento detido e particularizado das receitas municipais estruturadas em Regiões de Integração possibilitam vislumbrar as distorções federativas locais quanto a apropriação de receitas disponíveis e limites que se impõem aos necessários gastos nas rubricas sociais mencionadas.
Metodologicamente é de interesse, não somente acadêmico, analisar uma realidade complexa como a paraense utilizando um recorte de estrutura de planejamento integrado, o que se vislumbra com as chamadas Regiões de Integração. Neste sentido, as políticas públicas em foco podem e devem ser tratadas enquanto esforço integrado de diversas municipalidades, algo que as políticas de consorcio público podem tornar efetivas.

Perceberam-se algumas tendências econômico-territoriais importantes, entre elas: uma expressiva concentração das receitas tributárias nos municípios da Região Metropolitana de Belém e na Região de Integração de Carajás, o que coincide com a maior dinamicidade econômica dessas duas regiões, seja pela historicidade da região metropolitana, seja pela base mineral que sustenta a dinâmica de Carajás, especialmente os municípios do corredor do eixo do ferro (Canãa, Parauapebas e Marabá), como pode ser visto no gráfico abaixo.



As transferências governamentais da União são bem mais diluídas em todo territórios, seja no caso do FPM (Fundo de Participação do Município) pelo regramento institucional próprio baseado no indicador populacional, seja as transferências vinculadas, especialmente no caso do FUNDEB (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica), que demonstrou elevado nível distributivo e capacidade de estruturação da função educação nas diversas regiões de integração. No caso do Cota-ICMS foi atestado que os critérios centrados no valor adicionado produzem uma concentração nas duas regiões mais dinâmicas (RMB e RCJ), o que nos leva a consideração que o FPM, SUS e FUNDEB atuaram de forma mais redistributiva e o ICMS é mais concentrado nos municípios com maior força econômica.
A proporção de gastos em Educação dos municípios do Estado do Pará demonstrou que as regras centradas em fundos vinculados parecem ser os melhores mecanismos distributivos, seja pela maior transparência no uso do recurso, seja pela objetividade estabelecida em indicadores de acompanhamento mais objetivos. Observou-se que de forma generalizada houve elevação nos gastos per capita em educação básica, sendo que as taxas de crescimento foram expressivas nas diversas RI’s e, também, nas diversas faixas populacionais municipais.

O percentual de municípios com gastos per capita acima de R$ 600,00 para o ano de 2011 foi de 33,57%, representando expressivo crescimento em relação ao ano de 2006, que era de somente 5,59%. Nas faixas acima de R$ 400 e R$ 500,00 houve crescimento sensível de municípios, basta ver as proporções de 2006 e 2011. Ainda, de maneira geral, o gasto per capita em Educação e Cultura tem crescido e se tornado maior nas demais regiões em detrimento da RMB, o que pode refletir a perda de dinamicidade da capital em relação ao restante do estado nas últimas duas décadas, como pode ser conferido na tabela abaixo.

Despesa per capita com Educação/Cultura nas RI's (Valores Correntes – R$)


Regiões de Integração
N° de Municípios
Despesa per capita com Educação
2006
2011
∆% Anual
Região Metropolitana
5
104,33
222,46
22,6
Região Guamá
18
196,79
436,27
24,3
Região Caeté
15
192,87
517,51
33,6
Região Araguaia
15
253,04
517,06
20,8
Região Carajás
12
328,06
770,47
26,9
Região Tocantins
11
298,49
597,32
20,0
Região Baixo Amazonas
12
241,53
643,02
33,2
Região Lago do Tucuruí
7
277,18
686,65
29,5
Região Rio Capim
16
260,62
692,42
33,1
Região Xingu
10
274,42
647,58
27,2
Região Marajó
16
244,91
726,71
39,3
Região Tapajós
6
231,16
666,31
37,6
Total
143
208,21
488,91
26,9
Fonte: FINBRA, STN (2011). Elaboração própria.


Quanto a função Saúde/Saneamento foi possível verificar que há elevação real nos gastos, porém em níveis bastante aquém das reais necessidades do bem-estar da população, o que se verifica observando as baixas taxas de crescimento per capita médias anuais. Os municípios paraenses, tomados em seu conjunto revelaram, em 2011, uma distribuição razoavelmente equilibrada entre as faixas de despesas com Saúde e Saneamento, sendo que a concentração dos municípios se dá nas faixas intermediárias de gasto: entre 15% e 30%. A RMB apesar do caráter de “auxílio” geral que desenvolve em relação às demais regiões, especialmente as mais próximas, porém foi uma das que menos apresentou crescimento per capita nos últimos cinco anos, como se denota na tabela abaixo.

Despesa per capita com Saúde e Saneamento por RI's (Valores Correntes – R$)


Regiões de Integração
N° de Municípios
Despesa per capita com Saúde e Saneamento
2006
2011
∆% Anual
Região Metropolitana
5
241,40
359,69
9,8
Região Guamá
18
154,72
214,69
7,8
Região Caeté
15
126,84
219,98
14,7
Região Araguaia
15
183,43
347,09
17,8
Região Carajá
12
259,01
574,48
24,4
Região Tocantins
11
153,66
217,13
8,3
Região Baixo Amazonas
12
147,52
317,28
23,0
Região Lago do Tucuruí
7
153,36
412,41
33,8
Região Rio Capim
16
141,40
312,73
24,2
Região Xingu
10
182,26
264,89
9,1
Região Marajó
16
102,45
217,28
22,4
Região Tapajós
6
117,56
313,97
33,4
Total
143
183,43
332,83
16,3
Fonte: FINBRA, STN (2011). Elaboração própria.

Lula: “Eu não sei o que FHC fez a Dilma para merecer gratidão”

Originalmente publicado no Brasil247


Em rápida entrevista ao 247, ex-presidente Lula respondeu à crítica feita ontem à noite pelo antecessor Fernando Henrique Cardoso, que qualificou a presidente Dilma como uma pessoa “ingrata, que cospe no prato em que comeu”; segundo Lula, FHC “trabalhou contra ela e contra o nosso projeto nas duas últimas eleições”; ele também afirmou que, no PT, não há dúvida sobre 2014: “a candidata é a Dilminha e é preciso que a deixem trabalhar”; Lula aproveitou para rebater a expressão “presidente-adjunto”: “é ridículo”

26 de Fevereiro de 2013 às 20:24

Marco Damiani 247 - O ex-presidente Lula acaba de responder à crítica feita ontem por seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, à presidente Dilma Rousseff. No seminário “Minas Pensa o Brasil”, que lançou a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à presidência da República em 2014, FHC disse que Dilma é uma pessoa “ingrata que cospe no prato em que comeu”. Nesta noite, ao participar do lançamento do livro “O Brasil”, do jornalista Mino Carta, Lula reagiu. “O que FHC fez a Dilma para merecer gratidão?”, indagou Lula, ao ser abordado pelo 247. Numa rápida entrevista, ele enfatizou seu ponto de vista. “Nas duas últimas edições, ele trabalhou contra a Dilma e contra o nosso projeto”, disse o ex-presidente, referindo-se às disputas de 2006, quando Dilma era ministra da Casa Civil, e de 2010, quando ela se elegeu presidente.

Na conversa com 247, Lula, mais uma vez, foi enfático ao garantir que o PT já definiu seus rumos em relação a 2014. “A candidata é a Dilminha”, disse ele. “É preciso, agora, que a deixem trabalhar, porque ela está indo muito bem”. O ex-presidente também rebateu a expressão “presidente-adjunto”, usada por FHC para criticar a “sombra projetada” por Lula sobre Dilma. “Isso é ridículo”, disse Lula. “É a primeira vez que escuto essa expressão”.

Lula foi ainda questionado por 247 sobre o nó político no Rio de Janeiro, onde o PMDB ameaça desembarcar da aliança, caso o PT decida manter a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). “Desde que saí da presidência, tenho me mantido tão afastado da política, que tem muita coisa que eu não sei”, afirmou, sem conseguir convencer quem estava por perto. Na verdade, Lula provocou gargalhadas, ao afirmar seu distanciamento da atividade política.

Ao falar com o 247, ele fez também uma confidência. Disse que foi procurado pelo ex-presidente do Corinthians, que pediu sua intervenção no caso dos corintianos que estão presos na Bolívia, acusados da morte de um torcedor adolescente. “Este caso está com o Ministério das Relações Exteriores e eu não tenho como interceder”, afirmou. “Mas fica a lição inclusive para a Copa de 2014: estádios de futebol devem ser espaços de paz e não arenas de violência”.

O ex-presidente chegou à livraria acompanhado do assessor Paulo Okamotto, do Instituto Lula. Corado, e exibindo boa forma física, Lula foi cercado, aplaudido, posou para fotos e distribuiu autógrafos. Mas parou para não ofuscar o evento da Livraria Cultura. “Hoje é dia do Mino Carta”, disse ele, que deixou o ambiente sob o canto de “ole, ole, ole, olá, Lula, Lula”.

Jogados em currais e bretes


Imagem retrata o distanciamento dos governos populares daqueles tidos como elitizados.

Nos primeiros, a prioridade é a pessoa excluída.

Nos outros, danem-se os esquecidos.

Foto dimensiona o local onde beneficiados do Programa Bolsa Família são obrigados a permanecerem, horas a fio, em filas quilométricas, cercados por água, lixo e escuridão.

Numa fila monstruosa, pobres sofrem sob chuva e o sereno da madrugada – numa época em que o toró cai toda hora na cidade.

E a prefeitura de Belém, sob o signo da mudança, não teve a sensibilidade de pelo menos preparar o entorno do posto da Fundação Municipal de Assistência ao Estudante (Fmae), para dar o mínimo de estadia digna aqueles que buscam o recadastramento do BF.

Ingressos mais caros no Cariocão: Entenda porque.


É 80 Paus, Mesmo. Lidem Com Isso.

ter, 26/02/13
por Arthur Muhlenberg |
Igualzinho a muitos de vocês, leitores fiéis do Urublog e ferrenhos defensores dos próprios bolsos, eu também não consegui entender por que o Flamengo aumentou o preço dos ingressos pro jogo com o Foguinho. Ainda mais sabendo que o jogo da outra semi entre os times da Série B e C terão ingressos mais baratos. Pra tentar descobrir por que essas paradas acontecem não adianta ficar chorando no twitter e organizando protesto, tem que ir atrás da informação. Como eu não sabia se era o Departamento de Futebol ou o de Marketing que decidia o preço dos ingressos escrevi pro Bap e pro Wallim perguntando de quem era essa bronca. Foi o VP de Marketing quem telefonou pra responder.
Urublog:
Bap, quem determina os preços dos ingressos dos jogos do Flamengo, o clube ou a Federação?
Bap:
É o Conselho Arbitral da Federação, que tem um representante do Conselho Gestor do Flamengo.
Urublog:
E no Flamengo, internamente, quem responde pela política de ingressos? O Departamento de Futebol ou o de Marketing?
Bap:
É o Conselho Gestor, mas seguindo as recomendações do marketing.
Urublog:
Agora que você já assumiu a responsabilidade vou te pedir pra explicar como se chegou a esses valores pros ingressos, porque 80 reais parece ser muito caro pra um campeonato que até agora está tendo médias de público e renda ridículos.
Bap:
Existem 3 faixas para os preços dos ingressos do Carioca, contra pequenos 40 e 20 reais, jogos entre grandes que não sejam decisivos 60 e 30 reais e os jogos decisivos 80 e 40. Nós sabemos que 80 reais não está fácil pra ninguém, mas existem fatores externos, sobre os quais o Flamengo não tem qualquer ingerência, que impactam fortemente esse preço final. A Federação Carioca, por exemplo, não quer saber da saúde financeira dos clubes, ela reajustou todos os seus custos e os repassou pros clubes.
A meia entrada e a lei da gratuidades são outros desses fatores externos. Veja que 47% do público dos nossos jogos é de meias-entradas e 23% são de gratuidades. Por isso que no ano passado o Flamengo foi obrigado a pagar para jogar em 85% dos jogos que disputou.
Nessa conjuntura, se não quiser quebrar o Flamengo precisa sempre trabalhar com o preço máximo.
Urublog:
No planejamento pra 2013 existe uma meta de desempenho pras bilheterias e de ticket médio?
Bap:
Claro que temos, nossa meta de público é de 35 mil pessoas em média e a meta de ticket médio é de R$ 35,00. No ano passado, em 85% dos jogos o Flamengo pagou pra jogar. A media de publico no Carioca 2012 foi de 7400 pessoas, com um ticket médio de R$ 16,60. Tivemos prejuízo em todos os jogos. Nesse ano os números continuam muito ruins pro potencial do Flamengo, mas subimos a média para 10.128 pessoas por jogo e o ticket médio já alcançou R$ 23, 26.
O Flamengo tem conseguido levar pra casa, limpos, R$ 39.000,00 por jogo. Ou seja, o Flamengo ganha menos por jogo do que qualquer um dos seus jogadores titulares. Pra dar um jeito nisso só mesmo o sócio torcedor, mas parece que estamos no caminho certo. Na primeira fase do Carioca o Flamengo só pagou para jogar contra o Olaria.
Se nós deixássemos a responsabilidade de definir os preços dos ingressos dos jogos do Flamengo pro Rodrigo Tostes, nosso VP Financeiro, ele ia dizer que era melhor pro clube não jogar contra o Olaria, por exemplo. Porque na atual conjuntura tudo contribui para que o Flamengo perca dinheiro na maior parte das vezes em que entra em campo. Nosso grande objetivo é que nesse ano o Flamengo só perca dinheiro em, no máximo, 10 % dos seus jogos.
Só para efeito de comparação, no Campeonato Paulista, o jogo Santos x XV de Piracicaba alcançou um ticket médio de R$ 27,00. Pra Corinthians x Bragantino o ticket médio foi a R$ 43, 00. Dá pra entender porque eles conseguem contratar o Pato. É o circulo virtuoso que gera mais receitas, que permitem fazer times mais fortes que acabam atraindo mais público.
Olha aí porque o Barcelona tem uma média de público de 48 mil pessoas e um ticket médio de 200 euros. Porque quando o espetáculo é bom ninguém se importa em pagar 200 euros pra ver o Messi jogar contra o Alavés na terça-feira à noite. A casa enche e ainda fica gente de fora.
Urublog:
Então a tendência é que no futuro os ingressos fiquem ainda mais caros?
Bap:
Se o Flamengo não quiser depender exclusivamente das cotas de televisionamento, sim. Os ingressos vão ficar mais caros nos estádios e mais baratos na TV. Hoje o PFC custa mais ou menos R$ 60,00 por mês pra todos os jogos do campeonato. Com mais gente optando pelo pay-per-view seu preço poderá cair a R$ 25,00 pra assistir em casa aos jogos.
Urublog:
O que a torcida pode esperar em relação aos preços para uma possível final de Taça Guanabara? Devemos nos preparar para mais uma pancada no bolso?
Bap:
Podem ficar sossegados, não tem mais pancada, esse é o preço máximo e se formos pra final, o que acreditamos que vá acontecer, os preços serão mantidos.
Urublog:
Pra encerrar, Bap, se a Federação Carioca morde os clubes com força e as leis de gratuidade e meia entrada reduzem as nossas margens de lucro por que o Flamengo não aproveita a sua condição de time de caráter nacional e vai mandar seus jogos em outras praças?
Bap:
O problema é que nós do Flamengo não temos condições de bancar isso. Porque não temos o menor controle sobre o que acontece nas bilheterias. Se até jogando em Volta Redonda o Flamengo sofre com desorganização, evasão e falta de transparência nos borderôs, imagine em outros estados .
O Flamengo tem a torcida, que é muito valiosa, mas não pode se arriscar a viajar milhares de quilômetros se não houver garantias de receita. Caberia aos promotores desses jogos garantir uma renda ao Flamengo que compensasse o desgaste com o deslocamento e as perdas no aspecto técnico. Pro time não é mesma coisa jogar no Piauí, onde ano passado jogamos um amistoso que nos rendeu R$ 1 milhão, e jogar no Engenho de Dentro.
Mas nós sabemos que vivemos um momento muito especial por causa da Copa. Esses estádios magníficos e caríssimos que estão sendo erguidos no país, pra serem viáveis economicamente, terão que ter uma media de público respeitável. O sucesso deles vai depender de como os seus gestores vão lidar com o déficit de conteúdo e nesse sentido o Flamengo, que é um conteúdo classe A, pode ter um papel muito importante. Vamos aguardar a Copa passar e ver o que o destino nos reserva.
Enquanto isso não acontece vamos com o que temos e do jeito que podemos pra conquistar essa Taça Guanabara. Espero que a torcida compareça e dê aquele apoio que o time precisa.
Urublog:
Valeu, Bap, eu e meus oitenta paus agradecemos as respostas. Um abraço.
Bap:
Valeu, Arthur! Saudações.