BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Com reação heroica, Fla derruba o Bauru e conquista a primeira LDO | globoesporte.com

Com reação heroica, Fla derruba o Bauru e conquista a primeira LDO | globoesporte.com
Equipe da casa tira 11 pontos de diferença no placar no último quarto e, com cesta de Ricardo Bampa a um segundo do fim, faz a festa dos torcedores
Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro


A três dias do Ano Novo, a torcida do Flamengo foi ao ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro, disposta a soltar o último grito de campeão de 2011. E não foi fácil. Na decisão da Liga de Desenvolvimento Olímpico (LDO), Bauru cozinhou os donos da casa durante todo o jogo. Quase todo. Pelas mãos certeiras de um herói improvável chamado Ricardo Bampa, o Fla tirou 11 pontos de diferença no placar e, com uma cesta no último segundo, arrancou a vitória dramática por 70 a 68. É do Rubro-Negro o título da primeira edição do torneio sub-21 do NBB.

- É sempre bom ganhar, mas este título não tenho palavras para comentar. O tanto que a gente sofreu, a gente merecia mais do que qualquer um esta vitória. Não dá nem para explicar, estou arrepiado – afirmou Bampa após a partida, em entrevista ao SporTV (veja no vídeo acima o desfecho dramático da partida).


Fred Varejinho (de costas) festeja: título heroico do Flamengo no Rio (Foto: Gilvan de Souza/LNB)

O pivô de 1,97m saiu do banco para dar o título ao Flamengo. Na reação feroz do time carioca no último quarto, ele fez duas cestas seguidas da linha de três para colocar a equipe na briga. Não satisfeito, acertou a cesta da vitória a um segundo do estouro do cronômetro e garantiu a festa no Tijuca.

O terceiro lugar da LDO ficou com o Paulistano, que atropelou o Brasília por 71 a 50, com direito a 17 pontos de Thiaguinho e 14 de Arthur.




Na final, o Bauru dominou quase toda a partida, chegou a colocar 15 pontos de vantagem no primeiro tempo e virou para o último período 11 pontos à frente. No embalo da torcida, o Fla conseguiu a reação heroica, com os jogadores emocionados na quadra. Nesta quinta, o cestinha do time foi Alexandre, com 19 pontos. Mas Fred Varejinho e Gegê, destaques do time no torneio, apontaram para o técnico Paulo Chupeta, gritando "Esse é o cara!".

- O título foi muito batalhado. O Chupeta se tornou um pai para a gente, abraçou esse projeto e confiou em cada um dos jogadores. Hoje estamos coroando todo esse nosso esforço – afirmou Varejinho, sem conter as lágrimas, em entrevista ao SporTV.

Paulo Chupeta, que já foi campeão do NBB com o Flamengo e deixou o comando do time para a entrada do argentino Gonzalo García, passou a comandar as categorias de base do clube. A recompensa veio nesta quinta-feira.

- É uma emoção a cada dia, a gente rejuvenesce. Essa garotada precisava de um apoio, e eu aceitei o desafio. Não tem prêmio melhor que a conquista do título – afirmou o técnico.

Visitantes dominam quase todo jogo


Bauru abriu vantagem logo no início da partida e deixou a diferença no placar na casa dos dez pontos. O primeiro quarto terminou com 26 a 17 para os visitantes, e mesmo assim porque Fred fez uma cesta no último segundo. No segundo período a vantagem do time paulista chegou a 15, mas o Flamengo reagiu. Empurrado pela torcida, o time da casa cortou para cinco no minuto final e obrigou o rival a parar o jogo com um pedido de tempo. Não adiantou. Uma bandeja de Gabriel reduziu a diferença para apenas três, e assim as duas equipes foram para o intervalo: 36 a 33 para Bauru.

Na volta do vestiário, os visitantes conseguiram se recompor. Abriram dez, cozinharam o jogo e viraram para o quarto período vencendo por 59 a 48, graças a uma cesta de três de Lucas, no estouro do cronômetro. Quando parecia que o título era apenas questão de tempo para Bauru, o Flamengo entrou no embalo da torcida. Foi encostando no placar e, com duas bolas de três de Ricardo Bampa, empatou o jogo a um minuto do fim. E ainda havia muita emoção reservada para a torcida.

Bauru ainda abriu um, mas Felipe Ranieri acertou de três, com 21 segundos no relógio. Coube a Fernando, da zona morta, igualar tudo de novo a 15 segundos do fim. E o herói apareceu de novo. Bampa recebeu na cabeça do garrafão, fintou seu marcador e guardou a cesta redentora a um segundo do estouro do cronômetro. Festa rubro-negra no Tijuca.



Festa na quadra do Tijuca: o Flamengo é campeão da LDO (Foto: Gilvan de Souza/LNB)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Brasil 2012 - A crise, a política e as políticas públicas

Carta Maior - Antonio Lassance - Brasil 2012
Antonio Lassance

A crise, a política e as políticas públicas

O que será do ano de 2012?

Reverter os impactos da crise internacional que têm feito a economia empacar será a questão número um da agenda de 2012. Os riscos advindos dessa crise abrem uma oportunidade para a atual presidência: há condições objetivas para uma transição da eterna agenda de estabilização para uma nova agenda de mudanças e desenvolvimento.

No Congresso, debates e decisões importantes podem levar o Brasil a um novo patamar de financiamento da provisão de suas políticas públicas fundamentais. Ou seja, pode vir mais dinheiro para a educação, a saúde, a segurança pública, a previdência e a assistência social.

A disputa eleitoral para as prefeituras pode premiar os partidos da base governista, mas fragmentará sua coalizão nacional.

A oposição tentará sobreviver a mais uma estação do longo inverno a que foi submetida, há uma década, desde que perdeu as eleições presidenciais de 2002.

O enfrentamento à crise e uma nova fase para o governo

O governo deve fazer as contas para viabilizar um esforço concentrado, turbinando o investimento em programas de infraestrutura e abastecendo melhor as políticas sociais.

Concretamente, no primeiro trimestre se deve ver um aprofundamento da inflexão da política macroeconômica, para livrar o país de uma recessão. Entre suas opções estão a redução dos encargos da dívida e os pacotes de estímulo à produção e ao consumo.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o “Minha Casa, Minha Vida” são apostas líquidas e certas. Significam injeção na veia da economia, com uma estrutura de implementação já organizada.

A depender do nível e da rapidez com que isso ocorra, será possível criar uma folga fiscal também para garantir recursos extra que subsidiem uma pauta ousada de compromissos com políticas fundamentais que estão em pleno processo de redefinição (no Congresso) de suas fontes de financiamento.

Como é comum aos mandatos presidenciais, enquanto o primeiro ano é dedicado a arrumar a casa, o segundo é quando precisam mostrar a que vieram.

Em 2012, ficarão claros os programas que deram certo e podem deslanchar, os que patinaram e precisarão ser ajustados e os que não se sustentam e serão abandonados em favor de outras prioridades.

O Brasil Sem Miséria, que mostrou avanços substantivos em 2011, trará dados ainda mais palpáveis e em maior volume, consolidando também quase uma década de Bolsa Família na estrutura de políticas públicas do Estado.

Eleições municipais: governo, oposição e coalizões

Muitas das ações de enfrentamento à crise têm interface com questões municipais que serão alvo prioritário das campanhas para prefeito e vereador. É o caso das obras da Copa, das políticas de mobilidade urbana, saneamento, gestão de resíduos sólidos, habitação, transporte e apoio à agricultura familiar.

Com a popularidade da presidenta em alta, a campanha de 2012 tende a ser o desfile de candidatos que se insinuam, diante dos eleitores, como as melhores opções para trazer políticas federais, seus programas e recursos para cada município.

Um cenário de crescimento com estabilidade tende a fazer com que os partidos da coalizão governista estejam melhor preparados para enfrentar as eleições, mas em um quadro de total fragmentação de sua coalizão, cada vez mais um mosaico.

A oposição continuará mergulhada em sua crise ao cubo: crise de projeto (sem discurso para as eleições), crise de sua coalizão estilhaçada e crise de lideranças nacionais. A oposição se tornou um projeto de passado, e não uma proposta de futuro. Vive da nostalgia de uma época da qual a maioria do povo brasileiro não sente nenhuma saudade.

DEM e PPS agora vivem às turras com os tucanos. Reclamam de serem tratados como primos pobres, sócios menores de uma empresa incapaz de ganhar eleições presidenciais há uma década.

Tanto a sangria que levou ao racha do DEM, com a formação do PSD, quanto os flertes entre os partidos da oposição e os da base (inclusive com o PT) nas eleições municipais de 2012 indicam que a principal disputa não será entre governo e oposição, mas dos partidos da base entre si. Cada qual quer sair maior das eleições para prefeito e se cacifar para a coalizão de 2014. Principalmente as eleições nas capitais devem retratar o fenômeno.

Para sobreviver, a oposição buscará aproveitar as rebarbas dessa fragmentação. Onde não tiver chances de liderar, fará de tudo para decidir o resultado dessas brigas. Com fôlego menor a cada pleito, deverá priorizar as cidades em que disputa a reeleição.

Mensalão versus privataria tucana

A crise de longo prazo dos partidos de oposição reforçará outro aspecto de nossa política: o que reserva à velha mídia o papel de principal partido de oposição no Brasil - função aliás já assumida publicamente por dirigentes de suas associações. Se há um lugar onde a oposição é forte, é no setor que detém concessões públicas de rádio e TV, feitas décadas atrás, quando os dinossauros dominavam a terra.

O ano de 2012, que marcará 10 anos da eleição de Lula e do fim do governo FHC, será o momento do embate de duas narrativas contrapostas: a do mensalão, de um lado, e a da “privataria tucana”, de outro.

É claro e cristalino que a velha mídia usará o calendário de julgamento do processo do Mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF), como bigorna para malhar o PT e também como troco às denúncias elucidadas no livro “A Privataria Tucana”.

O mais importante ainda está por vir

Todas essas questões são de grande importância. Mas o fundamental, muitas vezes, passa ao largo das questões mais palpitantes e das manchetes mais escandalosas, como a da ciranda de ministros sucessivamente alvejados e derrubados por denúncias.

Entre março e junho, Executivo e Congresso podem decidir cinco grandes batalhas decisivas para a vida de todos os brasileiros. São elas a partilha dos recursos do pré-sal, a regulamentação da Emenda 29 (que estabelece os recursos da saúde), a aprovação do Plano Nacional de Educação, o novo marco legal da política ambiental (Código Florestal) e a definição das novas regras de cálculo do Fundo de Participação dos Estados.

Todas dizem respeito a algumas perguntas essenciais: para que e para quem serve o Estado? Quão desiguais nós somos e o que fazer para deixarmos de sê-lo?

Hora de fechar pra balanço

O cenário tendencial de 2012 conspira para uma inversão de prioridades em relação a 2011.

A diminuição dos encargos com a dívida, requisito para a travessia da crise, pode levar a uma mudança de peso: a transição de uma agenda de estabilização para uma agenda de mudanças orientadas por um novo padrão de desenvolvimento. Transição que na presidência Lula demorou do primeiro para o segundo mandato para ter início, mas poderia ser abreviada na presidência Dilma entre o primeiro e o segundo ano de governo.

Basta que se perceba que as condições objetivas estão dadas e que se aguente com paciência a gritaria de setores rentistas e seus agregados, minoritários, elitistas, mas muito barulhentos. É fácil identificá-los. São os que acham que investimento em assistência social é clientelismo; que mais dinheiro para a saúde é gastança; que prioridade para a educação deve ser na base de muito discurso e pouco recurso. Esse pessoal tem ultimamente patrocinado editoriais dizendo que a desaceleração da economia é algo benéfico.

Mesmo que uns não queiram, o governo pode se ver forçado a cumprir o programa pelo qual foi eleito em 2010. Tanto por força das circunstâncias, por ter em mãos argumentos que justifiquem a transição sem que sequer pareça ousadia demais, quanto por pressão de setores sociais com ressonância política.

Que venha 2012, um ano difícil, mas que bem poderia entrar para a história como aquele que encerrou uma década de transição e virou definitivamente a página do Brasil do Real, que vivia em função de sua moeda, para o Brasil de todos, que passou a viver em função dos brasileiros.


Antonio Lassance é pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e professor de Ciência Política. As opiniões expressas neste artigo não refletem necessariamente opiniões do Instituto.

Veronica Serra: explicações que não explicam

Veronica Serra: explicações que não explicam

Criada 20 dias antes por um escritório de advocacia, a Decidir.Com foi assumida por Veronica Serra: "Era uma empresa real, com funcionários, faturamento, clientes e potencial de expansão." E deu zero de lucro?

A filha do senhor José Serra divulgou, 20 dias depois do lançamento de “A Privataria Tucana”, uma nota onde, mesmo não anunciando que vá processar Amaury Ribeiro Jr, diz-se vítima de “insinuações e acusações totalmente falsas” e apresenta uma série de uma “explicações”.

Vários blogs já apontaram que não é verdadeira a afirmação de Verônica Serra ao dizer que “nunca fui ré em processo nem indiciada pela Polícia Federal; fui, isto sim, vítima dos crimes de pessoas hoje indiciadas”, porque está, sim, indiciada pelo caso da quebra de sigilo bancário praticada pela sua empresa Decidir.com, da qual era vice-presidente. Nesta ação, são réus o jornalista da Folha que publicou os dados e James Rubio Jr. , presidente da Decidir.com. O processo (0000370-36.2003.4.03.6181) está em curso na 3ª Vara Criminal Federal.

D. Verônica, claro, como toda pessoa, conta a seu favor com a presunção da inocência.

Mas comparemos o que ela diz aos fatos. Primeiro, a dama:

2. No período entre setembro de 1998 e março de 2001, trabalhei em um fundo chamado IRR (International Real Returns) e atuava como sua representante no Brasil. Minha atuação no IRR restringia-se à de representante do Fundo em seus investimentos. Em nenhum momento fui sua sócia ou acionista. Há provas.

3. Esse fundo, de forma absolutamente regular e dentro de seu escopo de atuação, realizou um investimento na empresa de tecnologia Decidir. Como consequência desse investimento, o IRR passou a deter uma participação minoritária na empresa.

4. A Decidir era uma empresa “ponto.com”, provedora de três serviços: (I) checagem de crédito; (II) verificação de identidade e (III) processamento de assinaturas eletrônicas. A empresa foi fundada na Argentina, tinha sede em Buenos Aires, onde, aliás, se encontrava sua área de desenvolvimento e tecnologia. No fim da década de 90, passou a operar no Brasil, no Chile e no México, criando também uma subsidiária em Miami, com a intenção de operar no mercado norte-americano.

5. Era uma empresa real, com funcionários, faturamento, clientes e potencial de expansão. Ao contrário do que afirmam detratores levianos, sem provar nada, a Decidir não era uma empresa de fachada para operar negócios escusos. Todas e quaisquer transações relacionadas aos aportes de investimento eram registradas nos órgãos competentes.

Bem, por partes:

Primeiro, a International Real Returns não era uma empresa registrada no Brasil. Embora tenha sido apresentada, em 2001, na reportagem sobre seu casamento publicada pela Istoé como “sócia-presidente dos investimentos latino-americanos da International Real Returns (IRR), empresa de administração de ativos com US$ 600 milhões de capital europeu” a empresa não aparece como cotista de nenhuma outra nos arquivos da Junta Comercial de São Paulo.

A Decidir.Com brasileira não existia. Foi criada um mês antes da chegada de Verônica Serra pelo advogado José Camargo Óbice, em seu escritório da Rua da Consolação e com capital de apenas R$100 e o nome de Belleville Participações S/A. Vinte dias depois é que virou Decidir Brasil S/A e, em mais 40 dias, elevou seu capital para R$ 5 milhões, ou R$ 13 milhões, hoje, com a correção do IGP-M.

“Era uma empresa real, com funcionários, faturamento, clientes e potencial de expansão”, afirma D. Verônica. Deve ser mesmo, porque logo depois de sua saída, em março do ano seguinte, dobrou o seu capital social, embora o lucro no ano anterior, 2000, tenha sido zero, conforme está registrado no Diário Oficial, na ata da assembleia realizada em julho que aprovaa não distribuição de dividendos obrigatórios aos acionistas referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2000, tendo-se em vista a inexistência de lucros apurados no período, conforme as demonstrações financeiras da Sociedade”.

A CPI vai ajudar D. Veronica a mostrar como tudo é um negócio simples, claro, onde o dinheiro não aparece do nada e desaparece para o nada

Altamiro Borges: William Waack distorce sexta economia

Altamiro Borges: William Waack distorce sexta economia: Por Altamiro Borges 

O sempre atento José Augusto, do blog “Os amigos do presidente Lula”, pegou mais uma lambança de William Waack, âncora do Jornal da Globo. Na edição de segunda-feira do telejornal, ele teria dito que o Brasil só alcançou o título de sexta maior economia mundial graças a FHC. “Desde os anos 1990, com a implantação do Plano Real e o controle da inflação, isso já era previsto”.

Já é sabido que William Waack detesta as forças de esquerda, que mantém íntimas relações com alto tucanato, que freqüenta os saraus do Instituto Millenium, o antro dos barões da mídia, e que dá palpites errados na embaixada dos EUA. Mas mentir sobre a história recente de maneira tão descarada pode abalar de vez a sua pouca credibilidade.

A memória fraca do âncora da Globo

Será que o jornalista da TV Globo não lembra que o Brasil quase chegou ao fundo do poço no reinado neoliberal de FHC? Que o país ficou três vezes de joelhos diante do Fundo Monetário Internacional (FMI)? Que a estabilização conservadora da economia quebrou as indústrias e gerou os maiores índices de desemprego da história brasileira? Que a privatização representou o maior assalto ao patrimônio público nacional?

Será que ele não lembra que o Brasil caiu de oitava para décima terceira economia do planeta durante a era FHC? Como seria o país se os tucanos tivessem se mantido no poder com seus planos de privatização da Petrobras e dos bancos públicos? O que seria do pré-sal ou do programa Minha Casa, Minha Vida? Como o Brasil reagiria à maior crise capitalista mundial da história recente?

“Estelionato noticioso”

O José Augusto está certo no seu alerta: “Definitivamente, os pais que quiserem dar uma boa educação para os seus filhos devem orientá-los a ficar longe dos telejornais da TV Globo, pois além do péssimo jornalismo, faz mal até para o aprendizado na escola. As crianças e jovens que assistem aprendem errado os fatos da História do Brasil”.

Para o antenado blogueiro, o que William Waack fez no Jornal da Globo é “estelionato noticioso, é falsear a história”. Ele tentou “contrabandear o FHC” na história da conquista do posto de sexta economia do planeta. “Isso aconteceu, incontestavelmente, nos governo Lula e Dilma, segundo dados do próprio FMI”.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Plano de investimento da Vale para 2012 não cita a ALPA nem Hidrovia.

Enquanto o governador se preocupa em criar um "Circo" sobre a questão da Hidrovia Araguaia-Tocantins, questionando o governo federal, mas esticando tapete vermelho para o presidente da Vale, as coisas, no mundo real vão acontecendo e o Lorota "comendo mosca".

Fiz uma visita no site da Vale, com o objetivo de mapear os investimentos da empresa previstos no Pará e descobri que o documento não cita a ALPA, ou seja, a julgar pelo Plano de Aplicação da Vale, em 2012, não há nenhum centavo previsto para a siderúrgica de Marabá, quanto mais para o tal Pedral do Lourenço.

No documento, somente os investimentos de extração mineral no Pará estão contemplados. Contudo, a Vale menciona vários investimentos em infraestrutura, no Brasil e no exterior, inclusive na ampliação da ferrovia Norte e no porto da Madeira no Maranhão. Isso demonstra claramente que a estratégia da Vale e continuar operando sua logística através do Maranhão e não visa criar canais alternativos de escoamento no Pará, seja pela construção do porto da Tijoca ou ainda pela Hidrovia Araguaia-Tocantins. I

Vejam abaixo o comunicado da empresa exposto em seu site e clicando no título, você será encaminhado para o documento.  


Vale informa orçamento de investimentos para 2012

A Vale informa que o Conselho de Administração aprovou o orçamento de investimentos de 2012, compreendendo dispêndios de US$ 12,9 bilhões destinados à execução de projetos, US$ 2,4 bilhões com pesquisa e desenvolvimento (P&D) e US$ 6,1 bilhões dedicados à sustentação das operações existentes. Com base em uma visão de longo prazo dos fundamentos do mercado global de minerais e metais, o orçamento de investimento está alinhado com nossa visão de nos tornarmos a melhor companhia global de recursos naturais em geração de valor no longo prazo, com excelência e paixão por pessoas e pelo planeta.

Mauro Santayana: A sociedade está com a ministra Eliana Calmon

do blog de Mauro Santayana

O Ministro Marco Aurélio de Mello contestou, em decisão liminar, os poderes do Conselho Nacional de Justiça, exatamente no último dia de trabalho normal do STF, antes do recesso de fim de ano. Se o Ministro, conhecido por suas resoluções inusitadas, escolheu esta véspera de Natal, terá tido suas razões. Em política – e é de política que se trata, porque tudo é política – não há coincidências. Há circunstâncias. Só o ministro sabe quais são as suas, e todas as especulações se fazem ociosas.

Sua excelência é daqueles magistrados que não se escondem das luzes. É de seu costume opinar sobre todas as coisas, e nisso não está só no mais alto tribunal do país. O mundo mudou, estamos na época em que todos desejam comunicar-se com todos, e a nova Babel se ergue em tijolos de quilobaites. Houve um tempo em que os juízes só se manifestavam nos autos. É certo que em todos os tempos e em todos os lugares, o ato de julgar tem sido difícil. Os juízes não são infalíveis. Nada há de perfeito no mundo, e por mais isentos queiram ser os magistrados, eles são feitos do mesmo barro de que se fazem os outros homens. De qualquer forma, com seus erros, quando os há, e seus acertos, que são mais importantes, a sociedade precisa de juízes e de tribunais. Deles não pode prescindir.

O que faz democráticas as sociedades é o sistema de múltiplo controle de seus membros e de suas instituições. A consciência da vida, de que só os seres humanos são dotados, reclama regras de convivência e sua observância, ou seja, as leis. Os homicídios, por exemplo, devem ser punidos, para impedir que o instinto de répteis, que ainda atua no fundo do cérebro, prevaleça. Em 2007, segundo dados oficiais, havia 90.000 casos de homicídios não resolvidos, ou seja, sem punição para os seus autores. Em conseqüência da ineficácia da polícia e da morosidade da justiça, somos um dos países mais inseguros do mundo. Os que furtam para comer – e os códigos penais de quase todos os países civilizados aceitam a condição atenuante – devem ser perdoados, o que não tem ocorrido aqui. O direito à vida é anterior ao direito à propriedade, como os princípios éticos reconhecem.

Os julgamentos não são equações matemáticas, em que para tais e quais fatores só pode haver uma conclusão (embora haja teorias que admitem mais de uma resposta, ou nenhuma resposta, para alguns problemas). Os juizes são pessoas que julgam atos pessoais, e julgam com seus próprios instrumentos intelectuais e éticos. A balança pode ser precisa, mas os pesos, como sabemos, costumam variar. E chegamos a uma penosa conclusão: a de que há juízes que cometem atos ilícitos. No passado, era quase impossível conhecer seus desvios e puni-los, mas nos últimos anos alguns deles foram denunciados, indiciados, processados e condenados.

Todos sabemos que há conflito entre a Ministra Eliana Calmon, Corregedora Nacional de Justiça, e alguns membros do Supremo Tribunal Federal, entre eles o Ministro Marco Aurélio, a propósito do Conselho Nacional de Justiça. É normal – e até desejável – que os altos magistrados brasileiros divirjam: na justiça, como em todas as outras atividades humanas, toda ortodoxia, todos os dogmas – mesmo os tidos como clássicos em Direito – merecem ser vistos com sábio ceticismo. O conhecimento – e nele se reúnem os do saber jurídico, o dos fatos em si, o do peso das circunstâncias – é sempre uma possibilidade, jamais uma certeza. Todos os juízes, diante dos autos, são acometidos da razão socrática: sabem que conhecem pouco do que vão julgar. Antes de uma decisão, os bons juízes refletem muito, apelam para a razão e, aqueles que nele crêem, suplicam pela ajuda de Deus.

Mas é preciso que haja instituições que zelem pela retidão dos juízes. Que o juiz se equivoque, por falta de informações completas, ou por não encontrar a relação do delito com as leis penais, não o faz passível de reparos ou punição. O que os torna delinqüentes é o dolo. Para os equívocos existem as instâncias de apelação, mas, para o comportamento doloso, devem atuar órgãos como o Conselho Nacional de Justiça. O CNJ é composto por magistrados escolhidos, em sua maioria, pelos tribunais e, em minoria, pela OAB e pelo Parlamento. Em sua composição, de 15 membros, todos são profissionais do Direito, com a exceção de “dois cidadãos”, de notório saber jurídico e reputação ilibada, conforme o artigo 102-B, da Constituição.

Os juízes, mediante sua associação corporativa, contestam esse poder do CNJ – e preferem que o órgão não avoque o exame das denúncias, antes que elas sejam investigadas no âmbito do tribunal em que ocorram. Trata-se de uma posição corporativa, que não deve prevalecer. É preciso que haja instituição distanciada das relações pessoais com os acusados, para que o exame dos atos imputados se faça com a imparcialidade possível, ainda que sujeita à condição humana dos investigadores e julgadores.

Se a sociedade for consultada, ela dirá que, sim, que é preciso que os juízes sejam fiscalizados e investigados e, se for o caso, processados. Nesse caso, não há dúvida de que a opinião nacional está com a Ministra Eliana Calmon. Enfim, como advertiam os latinos, corruptio optimi pessima est.

Vi o Mundo - “Que venham os processos!”

Luiz Fernando Emediato: “Que venham os processos!”por Conceição Lemes

Deu ontem no blog do Noblat: PSDB decide processar autor do livro A Privataria Tucana.

Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, disse há pouco a este blog que na próxima semana seu partido entrará com ações na Justiça contra o jornaista Amaury Ribeiro Jr., autor do livro “A Privataria Tucana”, e o editor Luiz Fernando Emediaro, dono da Geração Editorial e responsável pela publicação do ivro. “Vamos para cima deles. O livro está repleto de mentiras”, explica Sérgio.

Acabei de conversar, por telefone, com o jornalista Luiz Fernando Emediato sobre o assunto.

“Vivemos num sistema democrático e nos processar é um direito do PSDB”, afirma Emediato “Consequentemente, que o exercite, se julgar conveniente.”

“Apenas advirto que o último a processar o jornalista Amaury Ribeiro Jr. se deu mal”, observa. “Além de ter resultado na inocência do jornalista, o processo fez com que ele tivesse acesso aos documentos da CPI do Banestado, que embasam parte do livro A Privataria Tucana.”

Emediato refere-se a Ricardo Sérgio de Oliveira, ex- presidente da área internacional do Banco do Brasil na gestão FHC e tesoureiro de campanhas do PSDB, inclusive das de José Serra à presidência.

Ricardo Sérgio entrou com processo contra Amaury por danos morais em função de reportagens nas quais o denunciou. O jornalista recorreu então a um procedimento chamado exceção da verdade, que lhe permitiu ter acesso a todos os documentos da CPI do Banestado que envolviam o Ricardo Sérgio.

Em entrevista dada a esta repórter, Amaury Ribeiro Jr. já antecipou: “Com certeza, vou recorrer novamente à exceção da verdade para provar que tudo o que está em A Privataria Tucana é verdade. É só me questionarem”.

Quanto à possibilidade de o PSDB processar a Geração Editorial e/ou o seu dono, Emediato retruca: “Eu trabalhei em várias campanhas do PSDB na década de 1990. Portanto, não me faltam documentos para eu me defender. Que venham os processos!”

PS do Viomundo: Dos dez ganhadores de Privataria Tucana, doados por um leitor de BH, já enviaram endereço para remessa do livro: Ivo M. Gloeden, João PR, Antonio Donizetti da Costa, Severino Prazeres, Regina Braga, Arlene Vicente e João Teófilo.

Ainda faltam os de Luis Medina e Nelson Bento. Por favor, mandem para viomundo1@gmail.com

A sortuda Aline C. Pavia cedeu o exemplar ganho, para sortearmos entre vocês, já que comprou dois, além da versão e-book. Obrigadíssima pela generosidade, Aline. Vamos sorteá-lo junto com o exemplar de DENISE INVAMOTO, ganhadora do primeiro sorteio e que até hoje não se manifestou.

Imagine - Playing for Change Song Around the World | Legenda em Portuguê...

E se o Duciomar fosse o prefeito de Medellín...

Favela de Medellín ganha escada rolante de 384 metros. Moradores agora levam cinco minutos para subir percurso que durava meia hora.Da BBC

Favela de Medellín ganha escada rolante de
384 metros (Foto: BBC)

Uma favela da cidade de Medellín, na Colômbia, ganhou uma escada rolante.Assista ao vídeo.

Os moradores da Comuna 13, uma das favelas dos morros da cidade, agora podem subir pela escada que é dividida em seis partes e percorre 384 metros.

O prefeito da cidade afirma que este é o primeiro projeto deste tipo voltado especificamente para uma favela.

Olga Holguin, moradora da Comuna 13, disse que 'a escada é um sonho realizado' e ela foi uma das primeiras a passear na nova obra.

As autoridades esperam que a nova escada, junto com outros projetos sociais, ajude a integrar os moradores com o resto da cidade.

Os cerca de 12 mil moradores da Comuna 13 não vão precisar pagar pelo serviço. Antes, eles levavam meia hora para subir o equivalente a um prédio de 30 andares.'O projeto vai mudar radicalmente como as pessoas encaram a Comuna 13', disse Eugenia Ramos, gerente de Desenvolvimento Urbano de Medellín.

Com a nova escada, que custou US$ 7 milhões, o percurso dura cinco minutos.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Carta Maior - José Luís Fiori - A miséria do 'novo desenvolvimentismo'

Carta Maior - José Luís Fiori - A miséria do 'novo desenvolvimentismo'


DEBATE ABERTO

Na América Latina e na Ásia, governos desenvolvimentistas sempre utilizaram políticas ortodoxas, segundo as circunstâncias, e o inverso também se pode dizer de muitos governos europeus ou norte-americanos ultra-liberais ou conservadores que utilizaram políticas econômicas de corte keynesiano ou heterodoxo.
José Luís Fiori

“O capitalismo só triunfa quando se identifica com o estado, quando é o estado”
Fernand Braudel, “O Tempo do Mundo”, Editora Martins Fontes, SP, p: 34

O "debate desenvolvimentista” latino-americano não teria nenhuma especificidade se tivesse se reduzido à uma discussão macro-econômica entre “ortodoxos”, neo-clássicos ou liberais, e “heterodoxos”, keynesianos ou estruturalistas. Na verdade, ele não teria existido se não fosse por causa do estado, e da discussão sobre a eficácia ou não da intervenção estatal, para acelerar o crescimento econômico, por cima das “leis do mercado”. Até porque, na América Latina como na Ásia, os governos desenvolvimentistas sempre utilizaram políticas ortodoxas, segundo a ocasião e as circunstâncias, e o inverso também se pode dizer de muitos governos europeus ou norte-americanos ultra-liberais ou conservadores que utilizaram em muitos casos, políticas econômicas de corte keynesiano ou heterodoxo. O pivô de toda a discussão e o grande pomo da discórdia sempre foi o estado, e a definição do seu papel no processo do desenvolvimento econômico.

Apesar disto, depois de mais de meio século de discussão, o balanço teórico é decepcionante.. De uma forma ou outra a “questão do estado” sempre esteve presente, nos dois lados desta disputa, que acabou sendo mais ideológica do que teórica. Mas o seu conceito foi sempre impreciso, atemporal e ahistórico, uma espécie de “ente” lógico e funcional criado intelectualmente para resolver problemas de crescimento ou de regulação econômica. Desenvolvimentistas e liberais sempre compartilharam a crença no poder demiúrgico do estado, como criador ou destruidor da boa ordem econômica, mas atuando em todos os casos, como um agente externo à atividade econômica. Um agente racional, funcional e homogêneo, capaz de construir instituições e formular planos de curto e longo prazo orientados por uma idealização do modelo dos “capitalismos tardios” ou do estado e desenvolvimento anglo-saxão. E todos olhavam negativamente para os processos de monopolização e de associação do poder com o capital, que eram vistos como desvios graves de um “tipo ideal” de mercado competitivo que estava por trás da visão teórico dos desenvolvimenjtistas tanto quando dos liberais.

Além disto, todos trataram os estados latino-americanos como se fossem iguais e não fizessem parte de um sistema regional e internacional único, desigual, hierarquizado, competitivo e em permanente processo de transformação. E mesmo quando os desenvolvimentistas falaram de estados centrais e periféricos, e de estados dependentes, falavam sobretudo de sistema econômico mundial que tinha um formato bipolar relativamente estático, onde as lutas de poder entre os estados e as nações ocupavam um lugar bastante secundário..

No final do século XX, a agenda neoliberal reforçou um viés da discussão que já vinha crescendo desde o período desenvolvimentista: o deslocamento do debate para o campo da macroeconomia. Como volta a acontecer com o chamado “neo-desenvolvimentismo” que se propõe inovar e construir uma terceira via (uma vez mais), “entre o populismo e a ortodoxia”. Como se tratasse de uma gangorra que ora aponta para o fortalecimento do mercado, ora para o fortalecimento do estado.

Na prática, o “neo-desenvolvimentista” acaba repetindo os mesmos erros teóricos do passado e propondo um conjunto de medidas ainda mais vagas e gelatinosas do que já havia sido a ideologia nacional-desenvolvimentista dos anos 50. Passado a limpo, trata-se de um pastiche de propostas macroeconômicas absolutamente ecléticas, e que se propõem fortalecer, simultaneamente, o estado e o mercado; a centralização e a descentralização; a concorrência e os grandes “campeões nacionais”; o público e o privado; a política industrial e a abertura; e uma política fiscal e monetária, que seja ao mesmo tempo ativa e austera. E, finalmente, com relação ao papel do estado, o “neo-desenvolvimentismo” propõe que ele seja recuperado e fortalecido mas não esclarece em nome de quem, para quem e para quê, deixando de lado a questão central do poder, e dos interesses contraditórios das classes e das nações.

Neste sentido, fica ainda mais claro que o desenvolvimentismo latino-americano sempre teve um parentesco maior com o keynesianismo e com “economia do desenvolvimento” anglo-saxônica, do que com o nacionalismo econômico e o anti-imperialismo, que são a mola mestra do desenvolvimento asiático. E que, além disto, os desenvolvimentistas latino-americanos sempre compartilharam com os liberais, a concepção econômica do estado do paradigma comum da economia política clássica, marxista e neo-clássica. Este paradoxo explica – aliás - a facilidade teórica com que se pode passar de um lado para o outro, dentro do paradigma líbero-desenvolvimentista, sem que de fato se tenha saído do mesmo lugar.


José Luís Fiori, cientista político, é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Carta Maior - Política - Governo Dilma se une ao CNJ e fecha o ano em confronto com STF

Carta Maior - Política - Governo Dilma se une ao CNJ e fecha o ano em confronto com STF

André Barrocal

BRASÍLIA - O governo Dilma termina o ano em confronto com o Supremo Tribunal Federal (STF), a corte máxima do país e que, em termos políticos, fala pelos tribunais brasileiros. Na votação do orçamento 2012, não aceitou separar dinheiro para aumentar o salário de juízes e seus servidores. E, na polêmica sobre o direito de o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) investigar a magistratura, uniu-se ao órgão de controle externo do Judiciário na disputa contra o STF.

A Advocacia Geral da União (AGU), que responde diretamente ao presidente da República e defende os interesses do governo federal em julgamentos no STF, entrou com um mandado de segurança na corte para derrubar liminar concedida por um ministro do mesmo Supremo que proibira a Corregedoria do CNJ de abrir processos para apurar a conduta de juízes e servidores do Judicário.

A ação do advogado Luiz Inácio Adams, que está no cargo desde a gestão Lula, lista uma série de argumentos jurídicos para questionar a concessão da liminar, no apagar das luzes do ano judiciário, pelo ministro Marco Aurélio Mello. Teria havido atropelo de uma lei que trata da magistratura e regras internas e processuais do STF. Mas tem alguns trechos que mostram que também há uma decisão política por trás da iniciativa.

A ação menciona que o CNJ tem cerca de 500 reclamações disciplinares em investigação e diz: "As centenas de irregularidades são investigadas em todo o território nacional, e muitas delas envolvem altos membros dos mesmos tribunais. Não se pode olvidar que são apreciados pelo CNJ casos de extrema gravidades e repecussão social, citando-se a título de exemplo a distribuição irregular de processos, o favorecimento em concursos públicos, fraudes e até mesmo indícios de enriquecimento ilícito e a venda de sentenças judiciais".

E complementa, no parágrafo seguinte: "Todos esses fatores, de interesse direto do povo, detentor de todo o poder, nos termos do artigo primeiro, parágrafo único da Constituição, tornam de clareza solar os riscos que o óbice à atução orginária do Conselho Nacional de Justiça impõe a toda coletividade, vulnerando o próprio Estado Democrático de Direito".

A liminar que a AGU quer cassar foi concedida num dia, segunda-feira (19), que o STF tiinha aberto as portas, em tese, apenas para empossar uma ministra, Rosa Weber, declarar oficialmente o fim do ano judiciário e sair de férias até fevereiro. Quem solicitara a liminar tinha sido uma entidade corporativa da magistratura, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

A liminar foi concedida durante o dia e publicizada pelo próprio ministro Marco Aurélio. Naquela mesma segunda-feira (19), porém, uma outra liminar foi dada por um ministro do STF também para golpear poderes do õrgão de controle externo do judiciário, mas de forma quase clandestina.

Às 21h, o ministro Ricardo Lewandowski proibiu a Corregedoria do CNJ de continuar investigando a vida patrimonial de 216 mil pessoas, entre juízes e servidores, que trabalham em tribunais de todo o país. Atendeu a um pedido de três entidades corporativas, a AMB, a Associação Nacional dos Juízes Federais (Ajufe) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).

sábado, 24 de dezembro de 2011

Dra. ELIANA CALMON: UMA MULHER CONTRA A "BANDIDAGEM DE TOGA" DO PAÍS

Circula nos bastidores de Brasília, a versão de que na reunião entre a bancada de senadores do PMDB que exigiu do presidente do STF, ministro Cezar Peluso, que este fizesse uso do direito ao seu "voto de qualidade" em favor da volta do "sobrancelhudo" à Casa, uma "Mala Preta" teria sido levada ao presidente.


Segundo as fofocas dos bastidores, a tal "Mala" conteria cópias de processos do CNJ onde, inclusive, os ilustres magistrados do STF teriam sido alcançados. Verdade ou não, depois da tal reunião, o "Sobrancelhudo" voltou ao senado e o STF se voltou, voraz, contra o CNJ.


A velha tática política do PMDB de  "jogar M... no ventilador" funcionou de novo. Pouco importa aos peemedebistas se a sua estratégia para "ajudar" um correligionários estará levando o judiciário brasileiro a um dos seus maiores retrocessos.

A sociedade brasileira finalmente tinha encontrado no CNJ, uma instituição capaz de frear, pelo menos um pouquinho, o enorme "Poder dos Reizinhos" do Judiciários.

É o "Ficha Suja" apresentando seu cartão de visita. Lamentável !!  


FELIZ NATAL PRA TODOS OS LEITORES E BLOGUEIROS DA BLOGOSFERA PROGRESSISTA DO PARÁ E DO BRASIL

Altamiro Borges: O Natal das desigualdades sociais

Altamiro Borges: O Natal das desigualdades sociais: Por Altamiro Borges Dois estudos divulgados nos últimos dias confirmam que este Natal não será nada generoso para os trabalhadores de vári...

Presidenta Dilma faz pronunciamento em rede nacional de rádio e TV

Esquecidos, clubes da região Norte querem lançar a Copa da Amazônia | globoesporte.com

Esquecidos, clubes da região Norte querem lançar a Copa da Amazônia | globoesporte.com

Ideia é que a primeira edição seja disputada em dezembro de 2012, em Belém-PA, com a participação de clubes do AM, PA, AC, AP e MA

Por Silvio LimaManaus

Estádio Mangueirão lotado para jogo do Brasil (Foto: Reprodução SporTV)Estádio Mangueirão será o palco da primeira edição da
Copa da Amazônia (Foto: Reprodução SporTV)
Esquecidos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em termos de competições regionais, alguns clubes da região Norte se uniram e farão, em 2012, a Copa da Amazônia. O torneio, em princípio, reunirá clubes do Amazonas, Pará, Acre, Maranhão e Amapá. Além disso, seria independente de qualquer federação de futebol.

Entre os times que disputariam a primeira edição da competição regional, proposta para dezembro, estão o Nacional-AM, Clube do Remo e Paysandu (ambos do Pará), Rio Branco-AC, Trem-AP e Sampaio Corrêa-MA.

A iniciativa foi discutida durante esta semana entre os dirigentes do Nacional, Remo e Paysandu, entre os dias 21 e 23 de dezembro, período em que o clube amazonense realizou dois amistosos com os rivais paraenses.

- Em princípio, a nossa discussão girou em torno da Copa Norte. Mas por questões de calendário a ideia não seguiu em frente. Então, chegamos ao entendimento de que uma competição independente, feita pelos clubes, seria a melhor opção - explicou o vice-presidente do Nacional, Gilson Mota.
Amistoso entre Nacional e Remo, em Belém (Foto: Marco Santos/Bola)O Nacional disputou amistosos com Remo e Paysandu, nos dias 21 e 23 deste mês (Foto: Marco Santos/Bola)
O dirigente nacionalino explicou que, em princípio seriam os seis clubes, em partidas disputadas em Belém-PA, mas que nas próximas edições outras equipes como São Raimundo e Rio Negro, do Amazonas, também poderiam fazer parte, por exemplo.

- Além de mais clubes, também elegeríamos um presidente para representar uma espécie de associação. Além disso, começaríamos a preparação a partir de novembro e não teríamos uma quebra no calendário - disse Gilson.

Outra proposta dos clubes, de acordo com Gilson, seria pleitear uma vaga para a Copa Sul-Americana, como o que ocorrerá com a Copa Nordeste, que indicará o campeão como representante para a competição continental.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Parabens a nossa companheira Ana Júlia Carepa.

Hoje é o aniversário da nossa ex governadora Ana Júlia Carepa, a nossa companheira Ana.Desejo toda sorte, felicidade e saúde.

Como a companheira ainda é muito jovem, certamente ainda haveremos de contar muito com sua fibra em defesa do nosso Pará.

Felecidades !!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Um debate histórico. Assitam.

Quem puder assistir o debate publicado na postagem anterior, faça, é longo, mas sem dúvida é um documento hístorico, além de muito divertido. Vale muito a pena !!

Debate "A Privataria Tucana e o Silêncio da Mídia" - Barão de Itararé

Economia - Brasil apresenta Pleno Emprego clássico

Desemprego cai para 5,2% em novembro, diz IBGE


Essa é a menor taxa para o mês de novembro desde 2002. População desocupada somou 1,3 milhão de pessoas - queda de 9,6%.
Do G1, em São Paulo
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A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recuou para 5,2% em novembro, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (22). Essa é a menor taxa para o mês de novembro desde o início da série, em 2002.No mês anterior, o índice havia sido de 5,8%. Em novembro do ano passado, a desocupação ficara em 5,7%.
Segundo o IBGE, a população desocupada somou 1,3 milhão de pessoas, caindo 9,6% em relação a outubro e 7,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a população ocupada atingiu 22,8 milhões, registrando alta de 0,7% sobre outubro e de 1,9% na comparação anual.
Ao contrário dos outros indicadores, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado não teve variação frente a outubro, mantendo-se em 11,2 milhões de pessoas. Mas, em relação a novembro do ano passado, houve aumento de 6,8%.
A taxa de desocupação registrou queda na comparação com outubro em Porto Alegre e em São Paulo. Em relação a novembro do ano passado, também foi registrada queda em Recife e em Belo Horizonte. Nas outras regiões, houve estabilidade. Nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo, a taxa de desocupação atingiu o menor patamar da série.
SalárioO rendimento médio real habitual dos ocupados ficou em R$ 1.623,40, o valor mais alto para o mês de novembro desde 2002, não variando em comparação com outubro. Porém, na comparação com o mesmo período de 2010, o salário cresceu 0,7%.