O programa eleitoral da frente contra a divisão do Pará veiculou hoje suas supostas propostas para melhorar o Pará após o plebiscito. Na verdade as propostas não passam de retórica, pois, representam somente uma tentativa de melhorar a posição do governo, já que o Lorota passou a ser foco central da propaganda do SIM.
Dentre as "tais propostas" apresentadas, destaco as seguintes:
1) Taxa sobre mineração - a julgar pela forma como foi tratada, a toque de caixa, tudo indica que a taxa foi criada para dar apenas essa resposta à campanha do SIM. Isso porque a tal lei foi COPIADA exatamente igual a uma lei mineira, sem critérios técnicos e dando ao governo a prerrogativa de reduzir esse valor sem qualquer problema, ao seu bel prazer.
Por outro lado, se a tal lei é, de fato, para melhorar a vida de todos, porque então o governo não colocou nessa lei um artigo distribuindo a sua aplicação de acordo com o local onde será feita a extração? ou ainda, porque não dividiu com os municípios os valores arrecadados? ou seja, não há, da forma como está, nenhuma garantia de que essa arrecadação, se é que ela virá de verdade, servirá mesmo para equalizar os graves problemas do Pará, ou para financiar os mega projetos elitista do Paulo Chaves.
2) Lutar contra a Lei Kandir - apesar dos tucanos não dizerem que foram omissos quando FHC sancionou essa maldita lei, é uma tarefa histórica de qualquer político paraense combater essa excrecência, coisa aliais que foi uma luta da ex senadora Ana Júlia e que agora o deputado Puty também tenta combater.
Agora, só lutar não é bastante, essa questão não é pauta nacional e nada indica que será fácil combater essa lei. Ademais, no Senado, a bancada paraense votou contra a luta do Rio de Janeiro na questão dos royalties, que eles usaram como exemplo na campanha do Não.
3) A descentralização - Para quem assumiu o governo e rapidamente recompôs uma estrutura centralizada de poder com as tais super secretarias, onde sete pessoas podem se reunir para definir as questões do estado, falar em descentralização parece pura balela, já que o governo Lorota já demonstrou que não tem a menor vocação para gestão descentralizada.
Ademais, a ira tucana contra a campanha do SIM por ter colocado o governador na campanha, parece uma grande contradição, pois, desde o início, a campanha do Não parecia uma propaganda tucana. Agora, mais ainda já que as "propostas" do NÃO são, na verdade, propostas de governo. A pergunta que fica é: que prerrogativa teria a Frente do Não para estabelecer propostas de governo?
Portanto, não passa de uma questão de simples marketing eleitoral essas supostas propostas da campanha do NÃO.
PS. Vejam só aonde esse plebiscito está nos levando. Em minha avaliação o PT começa a tomar ares de "Noiva" nessa reta final de campanha. O Duda Mendonça está conseguindo colocar em xeque a apatia do PT no processo. Por outro lado, o destaque dado à Gabi Amarantos no programa de hoje parece uma estratégia do Orly para que os petitas comecem a se ver nessa campanha. O que vocês acham ??
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