Publiquei aqui no blog o artigo do deputado Puty A paralisia do atual governo do Pará onde ele revela o estado de inoperância da atual gestão do governo Jatene a partir de um método de comparação outrora utilizado pelo próprio Jatene.
Esse artigo repercutiu muito nos meios político e nas redes sociais, posto que o deputado Puty "chutou a canela" do governador, por assim dizer, levando a briga para o campo do adversário, ou seja, os números, já que o governador Jatene é famoso pela sua habilidade e/ou estratégia de confrontar a realidade através dos números.
Entretanto, ao ler no blog do deputado estadual pelo PMDB Parsifal Pontes que este utilizou o artigo do Puty para fazer uma justa provocação ao governo, deixei lá um comentário que também quis reproduzir aqui.
Leiam meu Comentário deixado lá no blog do Parsifal:
A respeito do artigo e dos números apresentados pelo deputado Puty, gostaria de manisfestar minha opinião, primeiro no sentido de lembrar que esses "números" não são uma invenção do deputado Puty, mas sim do próprio governador Jatene que apresentou essa mesma comparação durante a eleição de 2010, na oportunidade, claro, com vantagem para o seu primeiro governo.
Vale destacar que os números apresentados, tanto pelo deputado Puty agora, como pelo governador em 2010, mencionam apenas investimentos feitos com recursos oriundos da arrecadação própria do estado, ainda que esses recursos possam fazer parte de contrapartida aos investimentos do governo federal.
Em segundo lugar, como bem observa, o deputado Parsifal, o que o Puty fez nesse momento foi apenas demonstrar um velho e conhecido "modus operandi" das gestões tucanas, que consiste em fazer caixa nos primeiros anos de governo e gastar "a rodo" nos dois últimos. dessa forma, até o final de 2014 a relação pode mesmo mudar.
Contudo, a de se considerar alguns fatores importantes nesse contexto:
1) O atual governo Jatene tem apresentado sérios problemas de gestão e já se sabe que o governo não conseguiu "acumular" recursos para investir nesse último biênio, haja vista que fontes ligadas ao governo dão conta do esforço herculano que fora feito no final do ano para que se conseguisse pagar o 13º dos servidores;
2) A tal Agenda Mínima do governador ainda não saiu do papel, pois, praticamente todas as suas ações, tem previsão de envolvimento de recursos do governo federal, ou seja, de alguma forma, foge um pouco da governabilidade exclusiva do estado;
3) Boa parte dessa Agenda Mínima não será implementada, pois o tempo começa a se tornar exíguo em se falando de grandes obras, ou seja, Jatene corre um sério risco de não ter nada de importante para mostrar em sua campanha de reeleição;
4) Em seu primeiro mandato, o governador Jatene foi eleito como continuidade e recebeu a casa 'organizada' por ele mesmo, ainda assim não houve grandes feitos em seu governo, ele viveu à sombra das grandes obras do governo Almir. Já agora é bem diferente, Jatene foi eleito como oposição, com a obrigação de realizar um governo de mudanças para melhor, mas, não é isso o que temos vistos. Até mesmo a questão dos aluguéis das viaturas da PM, fato extremamente criticado pelos tucanos, não só permaneceu como se elevou inclusive;
5) A capacidade de Jatene como gestor está bastante abalada, cuja centralidade exagerada do governo está engessando as secretarias e somente os "mimos" milionários a uma rede comunicação não estão mais sendo capazes de esconder esse fato. Afora as inaugurações das obras deixadas pela ex governadora Ana Júlia, principalmente em parceria com o governo federal como, as casas do programa Minha Casa Minha Vida, a Nova Santa Casa, a ampliação do hospital Ofhir Loyola e a implantação do Ação Metrópole, o governo Jatene não terá nada a apresentar;
6) Por fim, e não menos importante, está a inexistência de um modelo de desenvolvimento a ser implementado no estado e ainda somado a isso está a incapacidade do governador Jatene em mediar os temas de grande interesse para o estado, vis-a-vis o exemplo da implantação da ALPA em Marabá, onde o governo parece estar se empenhando para perder o investimento.
Abaixo leia postagem do deputado Parsifal na íntegra:
Deputado Cláudio Puty afirma que “Jatene parou o Pará”
Sob o título “Governo Preguiça: Jatene parou o Pará”, o deputado federal Cláudio Puty (PT) declara que “a arrecadação bate recordes” mas o Estado não tem “capacidade de gestão para executar os recursos”.
Vaticina: “o governo Jatene tem a menor relação investimento/receita efetiva dentre todos os governos dos últimos 25 anos.”.
Puty faz o baldrame da sua lavra nos “números divulgados pelo próprio governo do Pará” e os confronta com os percentuais alcançados pela ex-governadora Ana Júlia (PT).
> Abaixo da média
A confrontação é desfavorável ao atual governo: “Em quatro anos de governo, Ana Júlia investiu um total de R$ 3,6 bilhões, média anual de R$ 892,7 milhões. Jatene, no biênio 2011/2012 (números considerados até outubro de 2012) teve média anual de investimento de R$ 512 milhões – apenas 57,4% da média do governo anterior.”.
Neste intervalo a comparação pode ser considerada capciosa, pois Jatene pode estar potencializando capacidade de investimento para os seus dois últimos anos e ganhar dianteira no final da tabuada, mas, em isso sendo vero, o governador arrisca morrer na praia, pois o seu governo já está em contagem regressiva desde 01.01.2013, sem ele ter conseguido dar sinergia à administração.
> Números só se contestam com números
Puty perorou o seu texto com percentuais que não se desconstituirão com o chiste de que quem assinou não sabe o que escreveu: eu sempre acusei o deputado de inabilidade política para agregar apoio ao governo que ele serviu (2007-2010), mas alegar que um Ph.D. em Economia não sabe ler números e orçamentos é dizer que um vigário não sabe rezar o Padre Nosso.
O governo pode ignorar solenemente o assunto, mas isto ratificará o texto do deputado. Portanto, o governo poderia nos facilitar a vida e vir ao debate, afinal, precisamos sempre, antes de acreditar em um lado, ouvir o outro com atenção.
Clique aqui e leia o texto do deputado Puty.
NOTA DO SINDICATO DOS RADIALISTAS DO ESTADO DO PARÁ
ResponderExcluirFEDERALIZAÇÃO DOS PRECATÓRIOS.
Retorna à pauta para julgamento no Supremo Tribunal Federal a ADI 4.357, tratando da inconstitucionalidade da chamada “Emenda do Calote”. Estados e Municípios querem federalizar o pagamento dos precatórios passando suas dívidas para que sejam bancadas pelos cofres da união, aos pobres “precatoristas” resta a esperança de uma ADI ajuizada pela Ordem dos Advogados do Brasil, contra a Emenda Constitucional 62, a chamada “emenda do calote”
Primeiro temos que ter claro que as dívidas existem e se existem devem ser pagas. Segundo, quando um processo trabalhista (no nosso caso dos radialistas) passa pelo transito em julgado é porque já passou por todos os recursos possíveis, seja porque o prazo para recorrer terminou ou por acordo homologado por sentença entre as partes. Daí em diante a obrigação se torna irrecorrível e certa, portanto não mais existe chances de recursos, ou seja, está definitivamente julgado, restando a parte perdedora, no caso o Estado, o dever e obrigação de quitar a referida dívida. Terceiro, é um desrespeito e tanto para o poder judiciário, ver uma ação transitada em julgado ser empurrada com a barriga para prazos infindáveis, lesando e levando vários “precatoristas” e/ou seus familiares a esperarem de forma ordeira e pacífica o pagamento daquilo que lhes é direito, direito este consagrado e garantido pela própria justiça brasileira, no nosso caso, a Justiça Trabalhista. Muitos desses “precatoristas” ou já morreram, ou estão acometidos de doenças graves, ou amargam a velhice sem perspectivas de que os governantes de plantão tomem uma medida urgente, correta e eficaz para quitar estas dívidas. Outro dia, foi publicado na imprensa local a choradeira do atual prefeito , Sr. Zenaldo Coutinho (que apoiou o DUDU na eleição e re-eleição), queixando-se que seu antecessor teria deixando como herança, segundo ele, uma dívida impagável e que estava o atual governador do Estado, Sr. Simão Jatene, buscando informações junto ao “jurídico” estadual (deve ser a PGE), informações para ver se poderia “estadualizar” esta divida do município de Belém. Ora, isto é um acinte para aqueles que estão há anos buscando o pagamento do precatório, pois se o estado não possui meios para quitá-los ainda quer arcar com dividas municipais, fazendo aceno com o boné alheio, esquecendo que isto pode até abrir precedentes para que os demais 143 municípios também queiram que suas dividas seja estadualizadas. Se gasta muito neste estado, com caravanas artísticas que beneficiam uma meia dúzia de apaniguados, se gasta com carnavais em outros estados, se gasta horrores em diárias, basta ler atenta e diariamente o DOE e ainda quer o sr. Governador tripudiar com a desgraça daqueles “precatoristas” que estão há anos na fila de espera, mansos como cordeirinhos ou gados indo para o matadouro.
Luiz Cunha
Presidente do Sindicato dos Radialistas do Estado do Pará
DRT-1267 /Pa.