IBGE: desemprego sobe em março, mas é o menor desde 2002
Do UOL, em São Paulo
A taxa de desemprego no Brasil em março teve alta e chegou a 6,2%, acima dos 5,7% registrados em fevereiro, divulgou nesta quinta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, o resultado do mês passado é o melhor para março desde 2002, quando teve início a série histórica.
A população desocupada (1,5 milhão de pessoas) cresceu 8,8% em relação a fevereiro (mais 122 mil pessoas procurando trabalho). Já a população ocupada (22,6 milhões) permaneceu estável na comparação com fevereiro.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,1 milhões) não registrou variação na comparação com fevereiro. Na comparação anual, houve uma elevação de 3,7%, representando um adicional de 394 mil postos de trabalho com carteira assinada.
O rendimento médio real dos trabalhadores (R$ 1.728,40, o valor mais alto para o mês de março desde março de 2002) apresentou alta de 1,6% na comparação com fevereiro e de 5,6% frente em relação ao mesmo mês do ano passado.
A pesquisa mensal é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
A pesquisa mensal é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
Pesquisas diferentes
Diferentes levantamentos medem o desemprego no país. Os números do IBGE, por exemplo, são bem menores que os do Dieese/Seade, que mediu um desemprego de 10,8% em março.
As divergências ocorrem por causa das metodologias diferentes adotadas. A principal delas é que o IBGE mede apenas o desemprego aberto, ou seja, quem procurou emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa e não exerceu nenhum tipo de trabalho -remunerado ou não- nos últimos sete dias.
Quem não procurou emprego ou fez algum bico na semana anterior à pesquisa não conta como desempregado para o IBGE.
O Seade/Dieese também consideram o desemprego oculto pelo trabalho precário (pessoas que realizaram algum tipo de atividade nos 30 dias anteriores à pesquisa e buscaram emprego nos últimos 12 meses) e o desemprego oculto pelo desalento (quem não trabalhou nem procurou trabalho nos últimos 30 dias, mas tentou nos últimos 12 meses).
(Com informações da Reuters)
Nenhum comentário:
Postar um comentário