Folha de S.Paulo - Mercado - BC diz que inflação está resistente e que economia cresce 4% ao ano - 22/03/2013
MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmou nesta sexta-feira (22) preocupação com o "nível e resistência da inflação" nos últimos meses. "A maior dispersão de aumentos de preços ao consumidor, pressões localizadas e pressões sazonais contribuem para a resistência da inflação."
Desemprego estaria em 6,5% com estrutura produtiva de 2002, diz BC
Tombini citou trecho da última ata do Copom (Comitê de Política Monetária) --"dadas as incertezas remanescentes, o BC tem atuado com cautela"--, indicando que a autoridade monetária está observando os indicadores da economia para tomar decisão sobre possível alta de juros para conter os reajustes de preços.
Em evento promovido pela Câmara de Comércio Brasil-França, em São Paulo, o presidente do BC disse, entretanto, que só a comunicação da preocupação ao mercado já está surtindo efeito.
"O ajuste da mensagem do BC, por si só, já determinou mudança relevante nas condições financeiras de modo geral", disse. "Ações foram tomadas mas é possível afirmar que outras poderão ser necessárias".
CRESCIMENTO
Elel também afirmou que a economia brasileira está crescendo a um ritmo de 4% ao ano neste primeiro trimestre, o que indica aceleração em relação ao ano passado. "Está em curso um processo de retomada do crescimento da economia do Brasil."
Tombini disse que há sinais de que o investimento cresceu novamente neste primeiro trimestre de 2013. No quarto trimestre do ano passado, cresceu 0,5% após quatro trimestres seguidos de queda. "Pelas informações disponíveis, o investimento também cresceu no primeiro trimestre de 2013, somando-se assim dois trimestres consecutivos de expansão."
Segundo Tombini, isso se deve à expectativa de recuperação gradual do crescimento.
O presidente do BC, entretanto, reconheceu que "a demanda doméstica continua sendo o principal suporte da economia". "A expansão moderada do crédito, a geração de empregos e a ampliação de renda continuam estimulando o consumo das famílias."
Nenhum comentário:
Postar um comentário