Tenho visto algumas pessoas, que são contra as políticas do Governo Federal, contra o PT, contra Lula e Dilma, se manifestarem, o que é um direito político e legítimo deles. Isto faz parte do processo democrático e suas atitudes militantes como oposição é procurar mostrar os erros e defeitos do governo e ao mesmo tempo colocar-se como alternativa de poder para o embate eleitoral. As lutas se dão nesse processo eleitoral, onde o mais votado assume o poder. São utilizados os mais diversos estratagemas, alguns corretos moralmente outros nem tanto.
Com a alta aprovação dos governos Lula e agora Dilma, o incômodo tem sido muito grande, até mesmo porque as elites não conseguem encontrar um líder político que possa fazer o enfrentamento eleitoral, com chances de vitória. Tentativas tem sido inúmeras de promoção de possíveis presidenciáveis como Serra, Aécio, Marina, Eduardo Campos, porém sempre com resultados pífios.
Com todo apoio da grande mídia nacional, que está diariamente a apresentar uma visão de conjuntura econômica, política e social desfavorável do Brasil, culpando as políticas adotadas, mesmo quando estas são claramente benéficas à grande maioria da população, e as versões continuamente desmentidas pela realidade dos fatos, a oposição não tem tido sucesso em sua batalha contra o governo.
Setores mais reacionários da direita, apegados ao passado, diante da conjuntura política, tem buscado fórmulas para apear do poder os dirigentes legitimamente eleitos para o cumprimento de seus mandatos, pois as políticas empreendidas não se coadunam com os seus objetivos de poder e econômicos. São setores ligados principalmente ao “mercado”, ao “agronegócio”, às multinacionais com diversos interesses no País. Decorre daí as acusações de estatizante, gerador de impostos, corrupto, leniente com a violência urbana e rural, etc.. Estes setores são versões de grupos como os que lutaram contra Getúlio Vargas, quando este estabeleceu o monopólio do petróleo, com a criação da empresa PETROBRAS, contrariando o interesse das chamadas “7 irmãs”, multinacionais do petróleo. Nessa época o Brasil era considerado quintal dos EUA. São os grupos que incentivaram os militares a derrubarem Jango em 1964 e implantarem uma ditadura, pois a tentativa de desenvolvimento nacional independente, com a visão de estabelecer as “indústrias de base” era vista como “atitude comunista”. O grande irmão do norte não se conformou com isso e promoveu a queda de Jango.
Hoje esses grupos da chamada “elite” estão atuantes e buscam aliados em todos os setores da vida nacional para, à margem do processo eleitoral, dar um “golpe” tipo o que ocorreu no Paraguai, com feições de legalidade.
Com a base do Professor “Goebbels”, diariamente são produzidas versões de fatos, documentos apócrifos, denúncias vazias que ecoam nos jornais, nas revistas, sem um mínimo de fundamento, mostrando Lula ora como um demônio (Exu de 9 dedos), ora como um analfabeto, ora fazendo parte de uma quadrilha, etc. Durante algum tempo esqueceram de Dilma com o fito de destruíram Lula, mas viram que isso era uma missão quase impossível e também passaram a tentar destruí-la politicamente.
Fazem circular, não somente na grande mídia essas versões fantasiosas, como utilizam a internet para criar tipos de “verdades” como: montagem da Capa da revista Forbes com Lula, mostrando ser um dos maiores bilionários do mundo ou foto da Faculdade de Agronomia de Piracicaba como sendo a fazenda de propriedade de Lula. E por aí vai.
Algumas dessas criações, segundo informações divulgadas na Internet, tiveram origem no Estado de Goiás. E, uns por má fé e outros por serem crédulos fazem a divulgação de tamanhas inverdades.
Vivemos em um mundo imperfeito e os políticos não são santos, e posso afirmar que não somente os membros do Legislativo, como do Judiciário e do executivo, nos 3 níveis, também não o são. Até mesmo nas organizações religiosos temos exemplos patentes de grande imperfeição, de dogmatismo excludente, de discriminação de todo o tipo. E, para não irmos ao passado, temos o escândalo recente do “Vatiliks”, o qual tem mexido com a cúpula da Igreja Católica e muitos fiéis aguardam uma reforma.
Entretanto os políticos representam, mal ou bem, a sociedade no regime democrático. E a democracia, sendo um bem universal, temos que a preservar e fortalece-la a todo o custo. Todos sabem que mudanças são imprescindíveis para termos melhor representação popular e para isso a reforma política é urgente e tem a necessidade de tratar do seguinte:
1- Limitação do número de partidos políticos. A disseminação de partidos, no momento atual, é uma distorção para uso na época eleitoral, como negociação para aumento de tempo de TV dos partidos maiores. A cláusula de barreira é uma forma de efetuar essa limitação;
2- Proibição de apoio financeiro das empresas, visando evitar a influência perversa dos grupos econômicos, no legislativo como no executivo. Empresa que dá apoio financeiro à política visa um retorno financeiro e econômico, como sempre aconteceu;
3- Financiamento público das campanhas políticas, como forma de equilibrar e democratizar esse processo eleitoral, e minimizar as influências econômicas;
4- Voto em partido e não em pessoas. Teremos o fortalecimento dos partidos e identificação ideológica dessas entidades. O voto seria em lista fechada, escolhida em convenções partidárias. Este item é de fundamental importância, uma vez que limitará automaticamente o número de partidos políticos, pois os partidos menores serão forçados a se agregar à aqueles que são iguais ou próximos ideologicamente.
A demora em tratar do assunto, ou mesmo a resistência à mudanças na política favorece àqueles que nadam de braçadas nas águas turvas da corrupção. Políticos que se elegem com apoio dos grandes grupos e se tornam seus verdadeiros advogados, seja na aprovação das leis que os beneficiam ou na garantia dos contratos de grandes obras, evidentemente não aceitam qualquer mudança, pois isto desfavorece seus objetivos eleitoreiros ou de acumulação de riqueza.
Muita discussão haverá sobre o assunto, mas a lei do progresso vai se impor, mais cedo ou mais tarde, e, de qualquer forma, a Democracia e o respeito ao processo democrático tem que prevalecer, independente da visão de alguns grupos extremados da direita.
* Alberto Puty é Engenheiro civil e consultor de empresas.
Com a alta aprovação dos governos Lula e agora Dilma, o incômodo tem sido muito grande, até mesmo porque as elites não conseguem encontrar um líder político que possa fazer o enfrentamento eleitoral, com chances de vitória. Tentativas tem sido inúmeras de promoção de possíveis presidenciáveis como Serra, Aécio, Marina, Eduardo Campos, porém sempre com resultados pífios.
Com todo apoio da grande mídia nacional, que está diariamente a apresentar uma visão de conjuntura econômica, política e social desfavorável do Brasil, culpando as políticas adotadas, mesmo quando estas são claramente benéficas à grande maioria da população, e as versões continuamente desmentidas pela realidade dos fatos, a oposição não tem tido sucesso em sua batalha contra o governo.
Setores mais reacionários da direita, apegados ao passado, diante da conjuntura política, tem buscado fórmulas para apear do poder os dirigentes legitimamente eleitos para o cumprimento de seus mandatos, pois as políticas empreendidas não se coadunam com os seus objetivos de poder e econômicos. São setores ligados principalmente ao “mercado”, ao “agronegócio”, às multinacionais com diversos interesses no País. Decorre daí as acusações de estatizante, gerador de impostos, corrupto, leniente com a violência urbana e rural, etc.. Estes setores são versões de grupos como os que lutaram contra Getúlio Vargas, quando este estabeleceu o monopólio do petróleo, com a criação da empresa PETROBRAS, contrariando o interesse das chamadas “7 irmãs”, multinacionais do petróleo. Nessa época o Brasil era considerado quintal dos EUA. São os grupos que incentivaram os militares a derrubarem Jango em 1964 e implantarem uma ditadura, pois a tentativa de desenvolvimento nacional independente, com a visão de estabelecer as “indústrias de base” era vista como “atitude comunista”. O grande irmão do norte não se conformou com isso e promoveu a queda de Jango.
Hoje esses grupos da chamada “elite” estão atuantes e buscam aliados em todos os setores da vida nacional para, à margem do processo eleitoral, dar um “golpe” tipo o que ocorreu no Paraguai, com feições de legalidade.
Com a base do Professor “Goebbels”, diariamente são produzidas versões de fatos, documentos apócrifos, denúncias vazias que ecoam nos jornais, nas revistas, sem um mínimo de fundamento, mostrando Lula ora como um demônio (Exu de 9 dedos), ora como um analfabeto, ora fazendo parte de uma quadrilha, etc. Durante algum tempo esqueceram de Dilma com o fito de destruíram Lula, mas viram que isso era uma missão quase impossível e também passaram a tentar destruí-la politicamente.
Fazem circular, não somente na grande mídia essas versões fantasiosas, como utilizam a internet para criar tipos de “verdades” como: montagem da Capa da revista Forbes com Lula, mostrando ser um dos maiores bilionários do mundo ou foto da Faculdade de Agronomia de Piracicaba como sendo a fazenda de propriedade de Lula. E por aí vai.
Algumas dessas criações, segundo informações divulgadas na Internet, tiveram origem no Estado de Goiás. E, uns por má fé e outros por serem crédulos fazem a divulgação de tamanhas inverdades.
Vivemos em um mundo imperfeito e os políticos não são santos, e posso afirmar que não somente os membros do Legislativo, como do Judiciário e do executivo, nos 3 níveis, também não o são. Até mesmo nas organizações religiosos temos exemplos patentes de grande imperfeição, de dogmatismo excludente, de discriminação de todo o tipo. E, para não irmos ao passado, temos o escândalo recente do “Vatiliks”, o qual tem mexido com a cúpula da Igreja Católica e muitos fiéis aguardam uma reforma.
Entretanto os políticos representam, mal ou bem, a sociedade no regime democrático. E a democracia, sendo um bem universal, temos que a preservar e fortalece-la a todo o custo. Todos sabem que mudanças são imprescindíveis para termos melhor representação popular e para isso a reforma política é urgente e tem a necessidade de tratar do seguinte:
1- Limitação do número de partidos políticos. A disseminação de partidos, no momento atual, é uma distorção para uso na época eleitoral, como negociação para aumento de tempo de TV dos partidos maiores. A cláusula de barreira é uma forma de efetuar essa limitação;
2- Proibição de apoio financeiro das empresas, visando evitar a influência perversa dos grupos econômicos, no legislativo como no executivo. Empresa que dá apoio financeiro à política visa um retorno financeiro e econômico, como sempre aconteceu;
3- Financiamento público das campanhas políticas, como forma de equilibrar e democratizar esse processo eleitoral, e minimizar as influências econômicas;
4- Voto em partido e não em pessoas. Teremos o fortalecimento dos partidos e identificação ideológica dessas entidades. O voto seria em lista fechada, escolhida em convenções partidárias. Este item é de fundamental importância, uma vez que limitará automaticamente o número de partidos políticos, pois os partidos menores serão forçados a se agregar à aqueles que são iguais ou próximos ideologicamente.
A demora em tratar do assunto, ou mesmo a resistência à mudanças na política favorece àqueles que nadam de braçadas nas águas turvas da corrupção. Políticos que se elegem com apoio dos grandes grupos e se tornam seus verdadeiros advogados, seja na aprovação das leis que os beneficiam ou na garantia dos contratos de grandes obras, evidentemente não aceitam qualquer mudança, pois isto desfavorece seus objetivos eleitoreiros ou de acumulação de riqueza.
Muita discussão haverá sobre o assunto, mas a lei do progresso vai se impor, mais cedo ou mais tarde, e, de qualquer forma, a Democracia e o respeito ao processo democrático tem que prevalecer, independente da visão de alguns grupos extremados da direita.
* Alberto Puty é Engenheiro civil e consultor de empresas.
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