Credores da Rede Celpa analisam
situação da empresa no Pará
Empresa que compraria a concessionária paraense desistiu do negócio.
Dívidas da companhia já superam os R$ 3,5 bilhões.
Na manhã deste sábado (1º) os 1.750 credores da Rede Celpa se reúnem em hotel de Belém para analisar a situação da empresa paraense. De acordo com o Ministério Público do Estado (MPE), a dívida da concessionária de energia do Pará já supera o valor de R$ 3,5 bilhões e caso não haja acordo entre a companhia e seus credores a Celpa pode decretar falência.
Atualmente 1,8 mil residências em todo o estado são atendidas pela empresa que está com as dívidas suspensas pela justiça durante o período de recuperação judicial da instituição, decretado em fevereiro deste ano.
Nesta sexta-feira (31), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou a intervenção administrativa em oito concessionárias do Grupo Rede, que administra a Rede Celpa.
"A empresa paraense não está entre as atingidas pela medida, justamente, porque já está passando por um processo judicial de recuperação. O que a Aneel fez hoje (31) é tentar evitar que a situação das demais companhias do Grupo Rede alcancem o mesmo estágio que a Celpa alcançou no Pará", explica Sávio Brabo, promotor de justiça.
De acordo com o Ministério Público, o Grupo Equatorial Energia, que havia manifestado interesse em comprar a Celpa, assumindo o controle acionário e as dívidas da empresa, recuou da decisão. "Esse novo quadro será analisado pelos credores que precisam definir o que acontecerá com a Celpa", conta Sávio Brabo.
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Entenda o casoO Ministério Público do Estado (MPE) divulgou nota técnica sobre o Plano de Recuperação da empresa, assinado por Sávio Brabo, titular da promotoria de Tutela das Fundações e Entidades de Interesse Social, Falências e Recuperação Judicial e Extrajudicial.
No documento, o procurador constata a má gestão empresarial da concessionária. Segundo o MPE, os diretores da Celpa preferiram dividir o lucro da companhia entre outras iniciativas a realizar investimentos na empresa do Pará.
Ainda segundo o promotor, os documentos de contabilidade da empresa são omissos, o que caracterizaria crime.
Sobre as denúncias do MPE, o administrador jurídico da Celpa diz que não vai se manifestar sobre as informações.
Se é assim que os tucanos administram, prefiro não votar neles.
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