Li três postagens interessantes no portal do Hiroshi Bogéa e resolvi republicá-las aqui no blog.
A primeira dá a noção da crise enfrentada pelo outrora pujante setor guseiro de Marabá.
A segunda relata que o marqueteiro Duda Mendonça poderá assumir a campanha pelo SIM no plebiscito que visa consultar a população sobre a divisão do estado. Sabemos que Duda é um dos mais caros do país. Quem será que pagará essa conta e a que custo?
Por fim, a terceira fala sobre a decisão da Vale de não contratar empresas locais como fornecedores de mercadorias ou serviços para o projeto Salobo, em implantação na região.
A crise guseira
Duas fases distintas de operação do Distrito Industrial de Marabá.
Em 2008, a produção de dez usinas guseiras bateu em 1, 86 milhões de toneladas, com faturamento anual de U$ 898 milhões. O emprego direto registrou 9.175 carteiras assinadas.
Em 31 de dezembro de 2010, a produção ficou estacionada em 240 mil toneladas de ferro gusa, que levaram aos cofres dos produtores apenas U$ 374 milhões. O emprego, como em estol, caiu para 4 mil.
O pior é que esses números avassaladoramente negativos não provém tão-somente da crise que abateu o setor.
Agora, os usineiros de Marabá encontram fortes concorrências externas, perdendo mercado para a Ucrânia e Rússia.
Neste inicio de junho, a capacidade instalada do DI de Marabá não passa de 40%.
Duda Mendonça senta à mesa
Na terça-feira, 7, Duda Mendonça senta com a Comissão Estadual Pró-Carajás para delinear as primeiras conversas sobre a participação dele na campanha do plebiscito.
Um passo já foi definido: o publicitário que ajudou Lula a ganhar a Presidência da República dará pitacos na campanha.
Pode até não acompanhá-la full-time, mas colocará pitadas de sua criarividade no enredo.
Reunião ocorrerá em Redenção.
No crematório da Vale
Ricardo Pedrosa, diretor de implantação do Projeto Salobo (*), deverá se pronunciar, outra vez, sobre a falta de compromissos da Vale para com os fornecedores da região Sudeste do Pará. Manifestação pela presença dele será do Sindicato do Comércio de Marabá.
Paulo Lopes, presidente do Sindicom, responsabiliza Pedroso pela priorização de contratações de empresas fora do eixo paraense.
Bom lembrar: esse projeto Salobo, em fase bastante adiantado de implantação (fotos) , é onde a quase totalidade das terceirizadas da Vale foi cremada literalmente, consequencia do arrocho contratual imposto pela política da mineradora. Médias e pequenas empresas quebraram.
Não sobrou uma para contar o suplício.
E é assim, nessa toada de exploração selvagem dos debans minerais e produtivos regionais que a Vale segue batendo recordes de faturamento, para contentamento dos acionistas e empobrecimento (mais ainda) das populações paraenses.
(*) – Localizado na Floresta Nacional Tapirapé-Aquiri, no extremo oeste de Marabá (250 km) e a 90 km de Parauapebas no Pará, o Projeto Salobo possui a maior jazida de cobre já descoberta no Brasil. Com investimento estimado de US$ 1,1 bilhão, projeto começa a operar ainda este ano.
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