BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Salário-mínimo: compromisso honrado !!

Ano passado, quando o PT defendeu uma política nacional para o salário mínimo, acordada entre o governo e as centrais sindicais do país, a oposição fez uma festa.

De um lado os Demo-tucanos fazendo proseilitismo político em cima de uma bandeira que jamais defenderam. Do outro, o PSOL e sua "aliança tática com a direita", querendo estabelecer um clima de desconfiança entre trabalhadores e o governo.

Agora, de forma tranquila, a presidenta Dilma mostrou que o PT e o governo estavam certo em defender a manutenção de uma política estável de reajuste do salário mínimo. Com isso a direita não pode boicotar o reajuste do SM e ele seguirá ampliando seu poder de compra.

Abaixo transcrevo postagem do deputado Brizola Neto em seu blog, o Tijolaço. Muito bom. 

Salário-mínimo: compromisso honrado

O compromisso foi honrado. Apesar de todas as pressões para que o Governo roesse a corda do acordo feito no ano passado e mudasse a regra prevista no acordo do ano passado sobre o reajuste do salário-mínimo – variação do PIB de dois anos antes mais inflação do ano anterior – a presidenta Dilma cumpriu o combinado.
A ministra Miriam Belchior entregou a Lei Orçamentária do próximo ano prevendo um reajuste do salário mínimo de 13,6% – que é a soma de 7,5% de crescimento do PIB em 2010 e a inflação prevista para este ano, de 6,1%. O valor vai, portanto, a R$ 619,21. Isso significa um aumento médio real, descontada a inflação pelo INPC, de 58, 6% desde o início do Governo Lula, segundo o cálculo do DIEESE. Ou de 91,7%, se usarmos o IPCA como índice deflator.
Pouco, sim, mas no limite do que as contas públicas podem suportar sem nos encalacrarmos em mais dívidas e não um ato demagógico de campanha eleitoral.
Aliás, não é á toa que a direita brasileira fala tanto em demagogia e populismo. Ela entende bem disso.
O Governo pode enfrentar de rosto erguido todos os que reclamaram do reajuste modesto deste ano, quando seguiu as mesmas regras. Mas vai enfrentar muitas pressões por que, agora, não vai haver quem ache que este reajuste é inflacionário. Embora, é claro, tenham dito que vivemos um surto de inflação mesmo sem reajustes expressivos.

Ao contrário. No seu editorial de hoje, para criticar a declaração da presidenta de que os juros devem baixar, o Estadão não teve vergonha de, outra vez, culpar os reajustes salariais pela elevação dos preços:

“O poder de compra tem sido sustentado tanto pelo crédito quanto pelos aumentos salariais. Mais de 80% dos acordos concluídos pelos sindicatos na primeira metade do ano proporcionaram ajustes acima da inflação.”
Deveriam ter sido abaixo? Andam nossos salários tão luxuosos que podem os sindicatos se dar à generosidade de se deixarem ver desvalorizar? E se foi acordo e não greve ou dissídio não estava dentro da possibilidade das empresas de darem?
Vai haver muita chiação da mídia e de partes do empresariado. Paciência. Deveriam lembrar de um antigo ditado que diz que o combinado nunca é caro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário