BLOG DO VICENTE CIDADE

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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Joaquim Barbosa: grosseiro e autoritário !!









Barbosa chama de 'sorrateira' a criação de novos TRFs - Jornal O Globo

Presidente do STF discute com representantes de juízes e ironiza: 'Esses tribunais vão ser criados em resorts'

CAROLINA BRÍGIDO



O presidente do STF recebe em audiência os presidentes da AMB, Anamatra e da Ajufe. Divulgação/STF

BRASÍLIA - Uma reunião de quase uma hora de duração selou o clima de guerra entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, e as associações de magistrados. Barbosa disse que a criação de novos Tribunais Regionais Federais (TRFs) foi aprovada de forma “sorrateira” com o apoio das associações e apostou que os tribunais serão construídos perto de praias. No encontro, Barbosa pediu para um dos representantes de juízes “abaixar o tom de voz” e só se manifestar quando ele autorizasse.

- Esses tribunais vão ser criados em resorts, em alguma grande praia! - disse, irônico.

Estavam presentes integrantes da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), da Associação de Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e da Associação Nacional da Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra). Barbosa reclamou que o Congresso Nacional aprovou os novos tribunais sem ouvir órgãos interessados.

- Mais uma vez, se toma uma decisão de peso no país sem ouvir o CNJ. Ou seja, à base de cochichos. Os senadores e deputados foram induzidos a erro. Porque ninguém colocou nada no papel - disse.

Um dos juízes chegou a dizer que a Ajufe foi ouvida no processo, mas o ministro não gostou do comentário.

- A Constituição não dá poderes à Ajufe. Isso não faz parte das exigências constitucionais. Não confunda a legitimidade que o senhor tem enquanto representante sindical com a legitimidade dos órgãos do Estado. Eu estou dizendo é que órgãos importantes do Estado não se pronunciaram sobre o projeto. Pelo que eu vejo, vocês participaram de forma sorrateira na aprovação - afirmou.

O vice-presidente da Ajufe, Ivanir César Ireno, protestou:

- Sorrateira não, ministro. Sorrateira não. Democrática e transparente.

Barbosa ficou irritado com a intervenção.

- O senhor abaixe a voz que o senhor está na presidência do Supremo Tribunal Federal. Só me dirija a palavra quando eu lhe pedir - declarou.

E continuou:

- Como é que quase duplica o número de tribunais federais no Brasil dessa maneira? Os senhores não representam o Conselho Nacional de Justiça. Os senhores não representam o Superior Tribunal de Justiça, representam seus interesses corporativos legítimos. Mais isso não supre a vontade dos órgãos estatais. Compreendam isso. Os senhores não representam a nação. Não representam os órgãos estatais. Os senhores são representantes de classe. Só isso.

O ministro também pediu que as associações não fossem à imprensa para reclamar de sua gestão, mas que encaminhassem um ofício a ele. Recentemente, o ministro disse que os juízes brasileiros tinham uma mentalidade em prol da impunidade. Também declarou que havia um conluio entre juízes e advogados. As associações divulgaram notas criticando Barbosa.

- Olha, quando vocês tiverem algo para acrescentar e aprimorar, antes de ir à imprensa, vocês dirijam um documento à minha assessoria e ao CNJ. Não vá á imprensa para criar clima desfavorável.

O presidente da AMB, Nelson Calandra, protestou:

- Pedimos essa audiência em dezembro.

- Eu estou recebendo agora. Sou muito ocupado, não tenho tempo para receber associações todo dia. Recebi esse senhor não tem quatro meses - rebateu Barbosa, apontando para o presidente da Ajufe, Nino Toldo.

Quando Toldo informou seu nome ao presidente do STF, ouviu dele:

- Não tenho a obrigação de saber o seu nome, lembro da sua fisionomia.

O único momento de concordância foi quando as associações pediram apoio na reforma dos códigos brasileiros. Calandra reclamou que as comissões do Congresso criadas para discutir os temas não contam com a presença de juízes. Barbosa legitimou o pleito.

- Sou inteiramente favorável a uma total remodelagem dessas nossas leis arcaicas. Me preocupo muito com o desequilíbrio que ocorre nessas comissões. São convidados especialistas, mas não há preocupação em convidar magistrados e o Ministério Público. O resultado são essas leis capengas, que tornam nosso sistema de justiça mais tendentes à impunidade - disse o ministro.

Barbosa aproveitou para criticar a promoção de juízes por merecimento. Para ele, o sistema beneficia apenas quem tem apadrinhamento político e obriga o juiz a andar “com o pires na mão” para conseguir um novo posto.


Um comentário:

  1. Este Ministro Joaquim Barbosa está demonstrando um comportamento que os Behavioristas chamam de comportamento agonístico.
    Ele chegou ao Supremo, logo se viu como seu presidente, e agora sente um grande mal estar, pelas pressões do cargo. Como o mesmo não tem um psicológico bem resolvido, seus atos sempre são de ataque a quem quer que seja, com extrema violência, com viés autiritário, ele usa isso como um escudo, tal qual um animal acuado num comportamento agonístico. Tal como um camundongo, que acuado numa parede, entra em agonia, e a única alternativa é o ataque.
    Tal comportamento não vai levar a nada, exceto a um favorecimento à oposição e grande mídia que querem a todo custo ganhar novamente o poder. Na verdade ele agindo assim não vai chegar a lugar algum, umna pessoa só não vai resolver todos os problemas do Brasil, só agravá-los e causar tumulto.

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