Segundo o ex-presidente do BNDES, empresário carioca é fruto de uma "bolha especulativa de proporções colossais"; como ele deve bilhões ao governo, deveria perder o controle de suas companhias, que seriam assumidas pelo setor público; Lessa, no entanto, afirma não saber se o governo "terá tutano" para fazer a coisa certa
10 DE ABRIL DE 2013 ÀS 08:06
247 - Eike Batista está tecnicamente quebrado. Eike Batista deve bilhões ao governo e sua dívida está concentrada, sobretudo, no BNDES. Eike Batista, que ontem foi rebaixado por mais uma agência de risco, a Moodys, precisa de socorro oficial para não entrar em recuperação judicial. Qual a saída? Segundo Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES, só há uma: estatizar as empresas do empresário carioca, que prometia ser o mais rico do mundo, fazendo com que ele saia definitivamente do controle de empresas como MMX, de mineração, e LLX, do logística.
"O governo deveria simplesmente estatizar o Açu e a mina de ferro para capitalizar a Vale com uma nova reserva e um novo porto para exportação", disse Lessa à Agência Estado. "O grupo Eike foi criado por uma bolha especulativa de dimensões colossais. A estatização é uma solução bastante viável. Não debilita o BNDES, que é dono de parte das ações de controle da Vale, e aumenta a potência da mineradora no momento em que o mercado mundial assiste ela se enfraquecer cada vez mais diante da expansão da China".
Outro economista, Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura, também condena o socorro do governo a Eike Batista. "O que não pode é a Petrobras colocar dinheiro em um lugar sem retorno, para ajudar uma empresa. Não é correto", diz Adriano ele. "O grupo Eike é uma criatura do PT. Digo que a realização do PT no campo social é o Bolsa-Família. E no campo econômico, botar o Eike no pódio internacional das fortunas. A piada é muito boa, mas verdadeira. Doar mais dinheiro para o Eike? Sou contra. Só o porto não paga a dívida dele, não resolve o problema", comentou.
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