Luiz Eduardo Baptista, vice de marketing do Fla, comentou valores de dívidas pagas
Apesar do fracasso dentro de campo, a nova diretoria do Flamengo tem muito o que comemorar fora das quatro linhas neste início de gestão. Com novos patrocínios e certidões negativas de débito (CND) com os governos federal, estadual e municipal, o clube tenta se recuperar da asfixia financeira. E o trabalho para conseguir tais “conquistas” foi árduo.
Segundo Luiz Eduardo Baptista, vice-presidente de marketing do rubro-negro, o clube pagou cerca de R$ 60 milhões em dívidas para recuperar o crédito junto ao poder público e, principalmente, a credibilidade.
“Tomamos uma decisão ousada. Dos R$ 75 milhões captados nos primeiros meses de trabalho, destinamos cerca de 80% para o pagamento de dívidas. Foi algo entre R$ 58 e R$ 60 milhões”, disse, em entrevista à Rádio Globo.
“O fato de termos procurado as autoridades e ter declarado de forma inequívoca que pretendíamos resolver as situações pendentes ajudou. Isso demonstrou boa fé e nossa intenção no clube. Não adiantava gastar apenas no futebol. Se não resolver as dívidas, não tem futuro”, completou o dirigente, fazendo um alerta.
“Mas o trabalho ainda está muito no início. Tão ou mais difícil que conseguir as certidões (CND) é mantê-las. Teremos que continuar pagando esse valor nos próximos anos. Em um orçamento para as próximas temporadas, sairemos com menos R$ 60 milhões em caixa todo ano”, ressaltou.
Outro ponto destacado por Baptista foi o programa de sócio-torcedor, lançado no final de março. Em menos de um mês, cerca de 16 mil rubro-negros aderiram ao projeto. E Luiz Eduardo projeta número ainda maiores até o fim do ano.
“Estamos na faixa de 16 mil e nossa projeção aponta para algo na casa de 80 mil sócios ao final deste ano. Se atingirmos os 50 mil sócios, o torcedor passa a ser o maior patrocinador do clube. E temos que entender que não existe futuro sem isso”, disse.
“As noites que passamos sofrendo por conta da atual situação custam mais que os R$ 40 cobrados. Os torcedores precisam apoiar isso, até porque a felicidade do retorno não tem preço”, argumentou o dirigente, se defendendo das perguntas sobre a mensalidade com preços nada populares cobradas no programa.
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