Ontem publiquei aqui uma nota do Ancelmo Gois afirmando que a Vale terá dificuldades estratégicas para continuar a implantação da ALPA em Marabá. Pois bem, leiam agora a matéria da Dinheiro desta semana que confirma a astúcia do colunista.
PS. cadê o governador ?
Uma usina de problemasPrejuízo e mercado em crise levaram alemã ThyssenKrupp a colocar à venda a Companhia Siderúrgica do Atlântico.
Por Rosenildo Gomes FERREIRA
O projeto de construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) foi anunciado em 2005 como um dos maiores empreendimentos do gênero, no mundo, e a maior tacada já dada pela alemã ThyssenKrupp, no Exterior. Na terça-feira 15, Heinrich Hiesinger, presidente mundial da ThyssenKrupp, colocou à venda a unidade situada em Santa Cruz, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, em conjunto com outra siderúrgica que possui no Alabama, nos Estados Unidos. A medida se deve à intenção dos alemães de acabar com a sangria representada por esses dois investimentos. No ano fiscal encerrado em 31 de março, elas causaram perdas de € 518 milhões.
Chapa quente: a siderúrgica CSA foi orçada em € 1,3 bilhão, mas consumiu € 5,2 bilhões.
A mais problemática é, sem dúvida, a CSA. Orçada em € 1,3 bilhão, sua construção consumiu um total de € 5,2 bilhões, bancados pelos alemães e pela Vale, que hoje detém 27% do capital da CSA. Procuradas por DINHEIRO, a diretoria das duas companhias não quiseram se pronunciar. Desfazer-se desse ativo, no entanto, pode ser tão difícil como mantê-lo em operação. “Do ponto de vista estratégico, a CSA não interessa a ninguém”, afirma o analista Leonardo Zanfelício, da Concórdia Corretora, especializado em aço e petróleo. “Trata-se de uma usina cara demais e a opção de venda surge no momento em que o setor vive um ciclo de baixa rentabilidade.”
Cara e poluidora: Hiesinger, presidente da ThyssenKrupp, se cansou
dos prejuízos gerados pela usina instalada em Itaguaí (RJ).
Isso pode ser verificado no balanço até mesmo de companhias tradicionais como a Usiminas e a Gerdau, que fecharam o primeiro trimestre deste ano com ganhos reduzidos em relação a igual período de 2011. Do ponto de vista estratégico, o projeto da CSA tinha como premissa utilizar o melhor de dois mundos: a competitividade brasileira na produção de aço bruto e a demanda aquecida nos Estados Unidos, no Canadá e nos países da Europa. Com a crise internacional, a demanda por aço desabou. Para piorar, os custos do setor explodiram, graças à combinação da elevação do preço das matérias-primas e do aumento dos salários médios no Brasil.
Por Rosenildo Gomes FERREIRA
O projeto de construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) foi anunciado em 2005 como um dos maiores empreendimentos do gênero, no mundo, e a maior tacada já dada pela alemã ThyssenKrupp, no Exterior. Na terça-feira 15, Heinrich Hiesinger, presidente mundial da ThyssenKrupp, colocou à venda a unidade situada em Santa Cruz, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, em conjunto com outra siderúrgica que possui no Alabama, nos Estados Unidos. A medida se deve à intenção dos alemães de acabar com a sangria representada por esses dois investimentos. No ano fiscal encerrado em 31 de março, elas causaram perdas de € 518 milhões.
Chapa quente: a siderúrgica CSA foi orçada em € 1,3 bilhão, mas consumiu € 5,2 bilhões.
A mais problemática é, sem dúvida, a CSA. Orçada em € 1,3 bilhão, sua construção consumiu um total de € 5,2 bilhões, bancados pelos alemães e pela Vale, que hoje detém 27% do capital da CSA. Procuradas por DINHEIRO, a diretoria das duas companhias não quiseram se pronunciar. Desfazer-se desse ativo, no entanto, pode ser tão difícil como mantê-lo em operação. “Do ponto de vista estratégico, a CSA não interessa a ninguém”, afirma o analista Leonardo Zanfelício, da Concórdia Corretora, especializado em aço e petróleo. “Trata-se de uma usina cara demais e a opção de venda surge no momento em que o setor vive um ciclo de baixa rentabilidade.”
Cara e poluidora: Hiesinger, presidente da ThyssenKrupp, se cansou
dos prejuízos gerados pela usina instalada em Itaguaí (RJ).
Isso pode ser verificado no balanço até mesmo de companhias tradicionais como a Usiminas e a Gerdau, que fecharam o primeiro trimestre deste ano com ganhos reduzidos em relação a igual período de 2011. Do ponto de vista estratégico, o projeto da CSA tinha como premissa utilizar o melhor de dois mundos: a competitividade brasileira na produção de aço bruto e a demanda aquecida nos Estados Unidos, no Canadá e nos países da Europa. Com a crise internacional, a demanda por aço desabou. Para piorar, os custos do setor explodiram, graças à combinação da elevação do preço das matérias-primas e do aumento dos salários médios no Brasil.
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