Cerca de 200 representantes de reservas extrativistas (resex), reservas de desenvolvimento sustentável (RDS) e projetos de assentamento extrativista (PAE) de toda Amazônia Legal são esperados, nesta sexta-feira (05) e sábado (06), no Marajó. Organizadas pelo Conselho Nacional de Populações Extrativistas (CNS), as lideranças apresentarão, a três ministros de estado, a proposta de políticas públicas que atendam as populações que dependem do uso sustentável da floresta.
A reunião será promovida na resex Terra Grande-Pracuúba, localizada nos municípios de Curralinho e São Sebastião da Boa Vista, e contará com as ministras Izabella Teixeira, do Meio Ambiente (MMA), e Tereza Campello, do Desenvolvimento Social (MDS), e ainda do ministro Afonso Florence do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Entre os temas previstos, estão soluções para a violência contra lideranças extrativistas, como a que ceifou a vida de Maria do Espírito Santo e José Cláudio Ribeiro da Silva, membros do CNS, na resex Praialta-Piranheira, em Nova Ipixuna, no último mês de maio, e que apenas ilustra um cenário trágico e comum em vários estados da Amazônia.
A violência no campo foi tema da audiência pública mobilizada pelo deputado federal Cláudio Puty (PT-PA) e realizada no dia 07 de junho, na Câmara dos Deputados, na presença dos ministros da Justiça, Eduardo Cardozo, e dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e de lideranças de três estados amazônicos.
Segundo registros do CNS, o Pará é o estado que mais abriga resex na Amazônia: são 19 das 45 existentes.
Foto: Beto Oliveira/AgCamara
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