BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

sábado, 27 de agosto de 2011

Enquanto Jatene não começa a governar, a ex governadora Ana Júlia continua trabalhando pelo Pará.

Esta semana, a ex governadora Ana Júlia foi recebida pelo presidente da Vale, Murilo Ferreira, e na oportunidade entregou documento sugerindo novos investimentos da mineradora no estado, mostrando assim que mesmo após deixar o governo, continua trabalahndo para dar sequência aos projetos iniciados em sua gestão e que com certeza vão transformar, pra melhor, o estado do Pará.

Enquanto isso, o atual governador não começa a trabalhar e o resultado é a explosão da violência e a falta de serviços públicos. Lamentável !!


Blog da Ana Júlia: Reunião com Presidente da Vale, Murilo Ferreira

Ana Júlia, Paulo Rocha, Beto Faro e o Presidente da Vale Murilo Ferreira.
Reunião com Presidente da Vale, Murilo Ferreira


Terça, dia 23/08. estivemos em reunião com o Presidente da Vale, Dr. Mauricio Ferreira tratando de assuntos importantes para o nosso Pará. Na ocasião, entregamos Uma Carta com várias questões fundamentais para nosso Estado.

Como se lê abaixo, na Carta, tratamos de assuntos estratégicos, como Siderúrgica, Implantação de indústria de verticalização do Cobre no Pará, Estudo para viabilização de Porto e outros mais que terão como consequência mais empregos, mais recursos, e mais desenvolvimento para o Pará.


Belém, 23 de Agosto de 2011

Ilustríssimo Senhor

Murilo Ferreira

DIRETOR PRESIDENTE DA VALE

Rio de Janeiro – RJ

Senhor Presidente,

Durante o período que tive a honra de governar o Estado do Pará, foi possível estabelecer uma agenda de desenvolvimento regional exitosa, que contou com a parceria Vale, e que foi estruturada em quatro pontos principais, a saber:

1. Apoio à ampliação da competitividade da economia paraense;

2. Apoio à estruturação do Sistema Paraense de Inovação;

3. Apoio à Implementação de ações sócio ambientais; e

4. Apoio ao fortalecimento do Planejamento Urbano e Regional.

Dezenas de pontos desta agenda ganharam concretude. Todavia, para que outros não percam impulso, a seguir, apresento algumas sugestões de encaminhamento:

1. Apoio à ampliação da competitividade da economia paraense:

1.1. Produção de cobre metalúrgico: como a Vale não teve sucesso na compra do controle da Paranapanema, reitero a indicação que realizei no mês de setembro de 2010, de que o Pará tem condições competitivas para abrigar esta indústria na área da ZPE de Barcarena em função da logística e das condições de benefícios fiscais privilegiadas em relação a qualquer outro local do Brasil.

1.2. Consolidação da Hidrovia do Tocantins e Portos de Vila do Conde e Marabá: durante meu governo trabalhei com a concepção de que é imperativo integrar, do ponto de vista logístico, os principais centros regionais do Pará (Santarém, Marabá e Barcarena) entre si e com os mercados globais. Isto aumenta, em muito, a competitividade da economia paraense. Foi nesse contexto, que atuamos junto com o presidente Lula para que fossem implementadas as Eclusas de Tucuruí, ampliado o porto de Vila do Conde e a implantação do porto público em Marabá. A atuação conjunta entre capitais privados, especialmente a Vale, e o poder público é decisiva para a consolidação dessa logística. Para tanto solicito a continuidade das ações dessa empresa para que, em articulação com o poder público, essa logística seja consolidada.

1.3. Viabilização do porto Espardate: a ampliação da exploração e do beneficiamento primário de minérios em Carajás conduzirá a cenário que requererá logística para fazer face a este incremento. Durante meu governo insisti, junto ao governo federal, para que se avançassem os estudos acerca da implantação da Ferrovia Norte Sul até Barcarena. No âmbito desta estratégia logística, reitero a importância dos estudos para a implantação de um novo porto no litoral paraense (Espadarte), capaz de compartilhar o escoamento do minério de Carajás, bem como da crescente produção de biomassa do mordeste paraense.

1.4. Biodisel e Vale Florestar: a produção de Biodisel e de biomassa florestal são importantes atividades para a economia paraense, sua expansão era obstaculizada por entraves de caráter fundiário e ambiental. No meu governo foi implementada a Lei Regularização Fundiária Estadual, bem como concluído o Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE. Tenho a convicção de que isso deu bases para segurança institucional para as empresas ampliarem seu investimento. Assim, vejo em tais atividades possibilidades de ganho para a sociedade paraense e para Vale, razão pela qual sugiro que a Vale examine a possibilidade de ampliar seus investimentos nestas áreas.

1.5. Aproximação dos núcleos decisórios da Vale com agentes locais: é necessário que seja mantida a trajetória de aproximação entre a Vale e os diversos segmentos (sociais e econômicos) no Pará, ampliando relações de confiança e de produção de sinergias. Neste contexto, me parece fundamental fortalecimento das estruturas decisórias da Vale em Belém e Marabá; a ampliação da contratação de fornecedores locais; a capacitação de fornecedores locais mediante interação com fornecedores nacionais e internacionais; dentre outras ações. Não é ocioso lembrar as reclamações de contratação de mão de obra qualificada oriunda de Minas Gerais para desempenho de atividades nos projetos de ferro e de empresas prestadoras de serviços para execução de atividades de pouca complexidade fora do estado, como a que está executando, atualmente, o projeto de aterro sanitário em Marabá.

1.6. Duplicação da ALPA: esforços conjuntos estabeleceram as bases econômicas e políticas para a implantação da Aços Laminado do Pará - ALPA. Como no mercado de aço tem um número de competidores relativamente pouco numerosos, e que as decisões envolvem planejamento de longo prazo, julgo ser importante a Vale já avançar nos estudos sobre a implantação da segunda fase da Alpa.

1.7) Apresentação de indicações para implantação de Pólo Metal Mecânico: a estruruação de um pólo metal mecânico em Marabá e Barcarena vinculado a produção de aços longos pela Sinobras e, futuramente, de aços planos pela Alpa, carece de agentes catalisadores. Nestes termos, a contratação de uma consultoria de alto nível, que produza indicações acerca de oportunidades de investimentos em empreendimentos da indústria metal mecânica é uma necessidade, o que beneficiaria a ALPA ao ampliar a demanda local pelos seus produtos.

2. Apoio à estruturação do Sistema paraense de Inovação:

2.1. Apoio a formação de mão-de-obra qualificada: é decisiva a ampliação da visão corporativa de compromisso da ampliação da competitividade regional em termos sistêmicos, como foi trabalhado, conjuntamente, em meu governo. Nesse sentido reitero a necessidade da ampliação de aporte de recursos destinados, exclusivamente, a implementação de parcerias objetivando a formação de mão-de-obra altamente qualificada.

2.1. Instalação do Instituto Tecnológico Vale – ITV no PCT Guamá: é importante o fortalecimento e ampliação da relação entre empresa e comunidade acadêmica local.

2.2. Implantação do Parque de Ciência e Tecnologia Tocantins - PCT Tocantins, em Marabá: a criação da Universidade do Sul e Sudeste do Pará, anunciada recentemente pelo governo federal torna mais premente a articulação da produção acadêmica daquela região com as dinâmicas produtivas, e que a Vale apóie o processo de instalação desse parque, que está aderente aos eixos de desenvolvimento do Estado do Pará, em um dos três centros regionais que se consolidaram no Estado.

2.3. Fibra Óptica: a ampliação dos convênios para compartilhar a infra-estrutura de telecomunicações utilizada pelos projetos de extração de ferro (em Parauapebas) e de níquel (em Ourilândia), permitindo que municípios do sul e sudeste do Pará possam ter acesso a internet de alta velocidade, utilizando esta infra-estrutura.

Certa em contar com a colaboração dessa empresa, despeço-me.

Atenciosamente,

Ana Júlia de Vasconcelos Carepa

2 comentários:

  1. Ainda bem que ela não tem mais o poder da caneta.Agora,que o presidente da vale ficou com muito medo,ah!,isso ele ficou!.A Ana Júlia acompanhada dessas duas figuras conhecidas pela policia federal,qualquer um ficaria com medo.

    Ronaldo Guilherme

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  2. Ainda bem, meu caro Ronaldo, que tem gente comprometida que não parou de trabalhar pelo Pará. Afinal, como disse o ex governador Almir, o governo do Pará não existe atualmente.

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