BLOG DO VICENTE CIDADE

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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Vereador tucano diz que a culpa pela violência contra os homossexuais é deles próprios e outras bizarrices mais !!

Beijo gay provoca protesto
Escrito por Dicos

O vereador Paulo Queiroz (PSDB) que também é evangélico, protestou da tribuna da Câmara contra um beijo gay trocado entre dois homossexuais na tribuna da CMB, durante uma sessão especial na última sexta-feira, 22. O vereador ressaltou a importância de se zelar pelo bom nome do Poder Legislativo e, evitar que atos dessa natureza possam denegrir a imagem dos vereadores já bastante desgastada perante a opinião pública.

Disse Paulo Queiroz não ser contra a qualquer manifestação de grupos sejam homossexuais ou não, assim como defende o direito de qualquer cidadão fazer o que bem entende porém, não pode aceitar que a ética, a moralidade e o respeito sejam esquecidos dentro de um Poder Legislativo, responsável por leis destinadas a boa convivência e respeito para com a sociedade.

Na concepção do edil, a homofobia deve ser discutida com profundidade, seriedade e respeito aos outros grupos, não cabendo nessa discussão a falta de ética e a permissividade com que certas lideranças gays querem resolver a questão. A violência registrada contra os homossexuais, segundo o vereador, comprovam a falta de seriedade e ética com que essas lideranças discutem a questão e, não querem resolver o problema e sim impor a falta de moralidade na sociedade e na família.

Paulo Queiroz lembrou as mulheres que desfilam nuas protestando contra a homofobia mas ao mesmo tempo, se rotulam de "vadias" numa comprovação da falta de um propósito sério em busca do respeito a elas próprias. No final Paulo Queiroz pediu que a Mesa Executiva da Câmara tenha mais cuidado, evitando que fatos dessa natureza voltem acontecer no interior do Legislativo.

Agora o outro lado...


Beijos, abraços e protestos na sessão de combate à homofobia
Escrito por Dicos

Um beijo na boca, trocado entre Paulo Lessa, presidente do Grupo pela Livre Orientação Sexual, e seu parceiro, Erik Campelo, na tribuna, foi o ponto alto da audiência pública solicitada pela vereadora Milene Lauande (PT) para debater a homofobia nesta sexta-feira 22, na Câmara Municipal de Belém. A iniciativa de Lessa e Campelo foi seguida por beijos e abraços entre os demais participantes da sessão assim como por aplausos de todos os presentes.

Não faltaram protestos à ausência dos demais vereadores, pois somente a autora do pedido de realização da audiência estava presente. Praticar, esconder a discriminação ou se omitir diante dela foram considerados crimes iguais. O assassinato do travesti Bianca (Nazareno Caseiro Junior da Silva), 35 anos, na madrugada de 16 de junho, na travessa Barão do Triunfo, entre avenidas Almirante Barroso e João Paulo II, foi o exemplo mais citado da discriminação que pode se materializar em violência.


A criminalização da homofobia, precedida da necessária tipificação foi defendida pela ex-deputada Sandra Batista ao lembrar que está em curso o projeto de reforma do Código Penal. "Precisamos definir o que é crime e o que é opinião. É indispensável tipificar criminalmente a homofobia", defendeu Sandra, ilustrando com a desculpa da maioria dos que são acusados de homofobia de que chamar alguém de "bichona", "veado" ou mesmo gracejar negativamente com o assunto, é apenas manifestação de opinião, direito constitucionalmente garantido. Sandra pregou a mobilização da sociedade em torno da reforma do Código e de leis mais justas para as minorias.

A ex-deputada lembrou que atuou como primeira madrinha de nove casais gays em uma cerimonia na boate Paparazzi. "Não podemos permitir que conquistas sejam perdidas pelos atos de governos autoritários", disse Sandra, apresentando os governos de Luiz Inacio Lula da Silva e Dilma Roussef como os primeiros a executar programas de inclusão da população homossexual. "Também não podemos aceitar que as religiões se sobreponham à vida das pessoas. Gays são cidadãos como os outros", concluiu.

Exceção da regra


A ressalva à questão do antagonismo entre religiões e comunidade gay foi feita por Dermi Azevedo, representante do Conselho Nacional dos Direitos Humanos da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, que rebateu a generalização afirmando que nem todas as religiões são adversárias do homossexualismo e exemplificou com a sua, ali representada para apoiar e não para criticar.

Ainda no tema, Symmy Larrat, do Grupo de Trabalho de Implementação do Plano de Segurança e Combate à Homofobia da Secretaria de Estado de Segurança Pública, disse que não são as religiões que antagonizam os homossexuais e sim oportunistas que exploram a religiosidade para estimular a homofobia com objetivos puramente eleitoreiros.

Leis direcionam uma sociedade mas não reformam intimamente o indivíduo, porque ninguém muda por decreto.


Dessa maneira, embora reconhecendo a necessidade da mudança na legislação brasileira em relação aos homossexuais, Bruna Lorrane, transexual, militante do Grupo Gretta, afirmou ser obrigação de cada pessoa comprometida com a causa lutar também contra a cultura da discriminação, aquela que faz parte das convicções de cada um e determina o tratamento jocoso ou sarcástico de um delegado de polícia, por exemplo, a um homossexual vítima de discriminação. "Quem me chama de ‘bichona’ ou de ‘veadinho’, não está só manifestando sua opinião. Está tentando ferir, atingir a minha dignidade como ser humano. Isto é crime!", desabafou, entre aplausos.

Esclarecimento necessário

Elogiada pela coragem de expor o assunto na Casa, Milene Lauande resumiu a necessidade de falar às claras sobre a homofobia na justificativa de seu requerimento, onde diz que o esclarecimento é um dos caminhos a seguir em busca de uma atitude positiva.

O acompanhamento do Caso Bianca foi declarado por Samuel Sardinha, coordenador de Proteção à Livre Orientação Sexual da Secretaria de Justiça. Ele informou que na próxima segunda-feira vai se reunir com o delegado geral de Policia Civil, Milton Jorge Barreto Atayde, para verificar o andamento das investigações sobre o assassinato do travesti. Sardinha foi um dos oradores que criticaram a ausência dos demais vereadores à sessão. Ele também perguntou o que o município de Belém tem para apresentar em termo de politicas voltadas para a comunidade gay, recebendo a resposta em coro da plateia: nada.

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