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quarta-feira, 14 de março de 2012

FGV: Futebol pode movimentar até R$ 62 bi com mudanças no calendário | sportv.com

FGV: Futebol pode movimentar até R$ 62 bi com mudanças no calendário | sportv.com



Pesquisa diz que adaptação nas temporadas é capaz de multiplicar quase seis vezes o atual montante do setor (R$ 11 bilhões)

Por SporTV.comRio de Janeiro
Campeão em cinco Copas do Mundo, celeiro de jogadores e palco de um dos campeonatos nacionais mais disputados do mundo. Este é o "tamanho" do futebol brasileiro. Mas um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Rio de Janeiro, aponta que o volume financeiro gerado pelo esporte no país poderia ser bem maior. Segundo pesquisa da instituição, mudanças no calendário esportivo poderiam aumentar o movimento econômico do setor dos atuais R$ 11 bilhões anuais para R$ 62 bilhões.
De acordo com o pesquisador Pedro Tregrouse, responsável pelo estudo, o futebol brasileiro poderia ser mais rentável entre os 683 clubes brasileiros considerados de pequeno porte. Para isso, afirma ele, seria necessário que as equipes passassem a disputar mais jogos durante o ano.
São mais de 25 mil empregos que poderiam ser gerados se esses 683 clubes tivessem uma temporada de pelo menos nove meses por ano, ao invés dos 4,5 meses atuais"
Pedro Tregrouse
- Pela nossa estimativa, o Brasil deixa de gerar quase R$ 600 milhões por ano por causa dessa atrofia na base da pirâmide. São mais de 25 mil empregos que poderiam ser gerados se esses 683 clubes tivessem uma temporada de pelo menos nove meses por ano ao invés dos quatro meses e meio atuais - afirma o especialista.
Hoje na primeira divisão do futebol carioca, o Bangu é um exemplo de clube que joga menos partidas do que poderia. Em 2011, foram só 35 jogos, o que afeta a arrecadação e a geração de empregos. Para o presidente, Jorge Varela, faltam novos campeonatos para o calendário da agremiação carioca.
- Não sei se interessa à CBF (Confederação Brasileira de Futebol), mas o que se pode fazer é aumentar a Série C ou ela fazer uma Série D com menos clubes, criando uma Série E e dando subsídios a essa série D. Você passaria a ter divisões com 20, no máximo 30, com menos clubes, mas criaria novas categorias - afirma o dirigente.
O mesmo vale para o Rio Branco, de Paranaguá, que disputa a primeira divisão do Campeonato Paranaense. Todo ano, a partir de abril, os jogadores vivem momentos de indefinição pela falta de oportunidades.
- Vamos procurar nos organizar para que possamos ter calendário ainda esse ano, que seria uma disputa da Série D. Se a gente não tiver, infelizmente vamos ter que desmanchar a equipe porque não conseguimos manter a folha salarial - explica o vice-presidente Eraldo Plates.
Comemoração Seleção Brasileira (Foto: Mowa Press)Pesquisa: movimento financeiro poderia ser de R$ 62 bi, bastaria mudar o calendário (Foto: Mowa Press)
No topo da pirâmide, os principais clubes do Brasil vivem o problema inverso. Com o calendário inchado, praticamente acabou a possibilidade de excursões ao exterior, uma prática comum até o início da década de 90. Jogar fora do país significa dividendos financeiros e de imagem.
- Quem não é visto, não é lembrado. Enquanto clubes estrangeiros vendem as suas marcas no Brasil, os clubes brasileiros não conseguem vender as suas lá fora. Hoje, é uma globalização de mão única - diz o pesquisador Pedro Tregrouse.
Um dos que reconhecem a necessidade de se readaptar o calendário do futebol brasileiro é Paulo César Verardi, diretor de marketing do Grêmio. Segundo ele, o começo precoce dos torneios no país prejudica os cofres dos clubes.
- Hoje você tem muita dificuldade em realizar uma pré-temporada, que é uma demanda que existe e é interessante aos grandes clubes porque permite a abertura de novos mercados. E normalmente você está apertado pelo início da temporada e dificilmente consegue um ajuste - analisa.
Segundo o estudo, mais de 370 mil pessoas vivem do futebol no Brasil através de empregos formais. Ao todo, são 783 clubes oficiais, que empregam mais de 30 mil trabalhadores e geram mais de R$ 2 bilhões por ano.

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