Celpa e governo Jatene. Incompetência pouca é bobagem.
Incompetência pouca é bobagem. O que está acontecendo com a Celpa comprova o seguinte:
1 - O que a doutrina neo-liberal chamou de privatização é uma pálida referência ao que o PSDB, o partido que estragou o Pará (e ainda se esforça por continuar a fazê-lo) fez e que deve ser chamado privatismo.
2 - Se o modelo das privatizações se norteava por uma estratégia de diminuir o Estado para ampliar sua eficiência, o modelo do privatismo dos tucanos se norteia por diminuir o Estado para aumentar o bolo dos seus apoiadores.
3 - Tecnicamente falando, privatização tem a ver com aumentar a competência da máquina. Tecnicamente falando, privatismo significa diminuir a competência da máquina.
4 - O modelo de privatização de serviços públicos essenciais, sobretudo aqueles com dimensão estratégica para a soberania nacional, como é o caso do setor de distribuição de energia (Rede Celpa) nunca deram certo, em nenhum lugar do mundo. Aliás, mesmo os países efetivamente neo-liberais se recusaram a fazê-lo.
E isso sem falar na "privataria"...
Conviria que o Governo Jatene debatesse o assunto, mesmo porque...
1 - Foi o PSDB que privatizou a Celpa;
2 - Foi o PSDB que, ao longo dos últimos anos, ajudou a Celpa a esconder da sociedade sua incompetência de gestão e a incrível dívida de R$ 2,8 bilhões.
3 - Foi o PSDB que permitiu que a Celpa desviasse recursos do Pará para suas subsidiárias, em outros estados, na ordem de R$ 600 milhões - conforme consta em seu balanço.
4 - Foi o PSDB que indicou, para "tentar salvar" a Celpa, um primeiro interventor - o tucano Vilmos Grunwald, executivo de extrema confiança do governador Simão Jatene e um dos responsáveis pela privatização da então estatal Celpa em 1998 - e, não satisfeito, um segundo interventor, Mauro Santos , advogado eleitoral do próprio Jatene.
Incompetência pouca é bobagem. Aliás, também é desfaçatez, partidarismo, politicagem... Já imaginaram a Margareth Tachter passando pito no Jatene? Aliás, até a Meryl Strep poderia fazê-lo...
Sugiro a leitura do artigo do deputado Cláudio Puty, publicado no domingo em O Liberal e também do artigo do professor Henrique Branco, publicado em seu blog.
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