Companhia Siderúrgica do Pará estaria falida? Essa notícia é extremamente preocupante !!

Vejam esta notícia da eventual falência da COSIPAR divulgada em primeira mão pelo Hiroshi e repercutida pelo deputado Parsifal.

Se for verdadeira será uma péssima notícia para o estado e, em especial, para a região sudeste do Pará, que ainda se recente da paralisação da implantação da ALPA. É um fato para se lamentar muito.

Infelizmente, essa situação já era, de certo modo, esperada, pois havia de chegar o dia em que o pólo siderúrgico de Marabá seria cobrado pela sua omissão quanto a necessidade de estabelecer uma política correta e eficaz quanto a sua produção sustentável, principalmente no que se refere ao seu insumo energético, no caso o carvão vegetal.

Recordo-me que ainda em seu primeiro ano de governo, 2007, a ex governadora Ana Júlia foi a Marabá e "chamou" as guseiras para implementar um pacto pela sustentabilidade daquele parque industrial instalado em Marabá, pois, alertava a governadora, logo chegaria o dia em que o mundo lhe cobraria essa fatura e as guseiras teriam graves problemas para manter seus processos produtivos.

Naquele momento as instituições públicas, inclusive o Ministério Público, já acenavam que iriam aumentar a fiscalização sobre a produção ilegal do carvão vegetal utilizado como fonte de energia para os autos fornos, demonstrando que o equívoco governamental que permitiu a instalação daquele parque sem a devida preocupação com o produção legal do carvão não seria mais tolerada.

Cabe ressaltar que não há a informação definitiva sobre os problemas concretos que afetam a empresa nesse momento, mas, sabe-se que o mercado mundial está recessivo e certamente isso deve ter algo a ver com a crisa da empresa. Contudo, é preciso mencionar que a falta de solução para o problema do abastecimento do carvão é um elemento que impacta diretamente a indústria, quer seja do ponto de vista da regularidade industrial ou do encarecimento dos custos de produção, haja vista o insumo se tornar cada vez mais caro. 

Alheio a essa crise do setor industrial do sudeste paraense, o governo Jatene se preocupa exclusivamente com a possibilidade de arrecadar mais dinheiro para financiar as obras de sua Agenda Mínima e assim não comprometer sua reeleição. Com a criação de um novo imposto, a Taxa Mineral, o governador já afugentou os investimentos para a instalação da ALPA, siderúrgica da Vale e agora vê, atônito,  a mais antiga siderúrgica da região fechar suas portas.  

Esse é o Pará que eles fazem. Lamentável !! 

Parsifal 5.4: Companhia Siderúrgica do Pará estaria falida?: 

Hiroshi Bogéa, no seu “Blog do Hiroshi”, relata que a Companhia Siderúrgica do Pará (Cosipar) está “há meses sem pagar produtores de carvão e o comércio de Marabá”.

A siderúrgica, segundo o blogueiro, “entrou num processo de paralisação paulatino de seus alto fornos.”.

> A indústria é pioneira no Polo Carajás

A Cosipar, há mais de 20 anos no ramo, foi a pioneira na área da siderurgia no Pará e, ao lado do ex-presidente Lula, protagonizou, na inauguração das Eclusas de Tucuruí, a primeira exportação de ferro-gusa pelo que deveria ser a Hidrovia do Tocantins.



Bogéa reporta notícias que de que a “guseira estaria fechando suas portas em definitivo por não ter cumprido contratos de importadores de gusa, tendo, como consequência, a suspensão do depósito de vendas do produto.”.

> Investigar causas e consequências

É sabida a crise econômica na região e o que uma improvável, mas possível, epidemia no setor guseiro poderia provocar na já escorchada economia marabaense, cuja embolia se fez com as escaramuças da implantação da Alpa que, até o momento, não passaram de movimentação de terra.

Seria de boa providência que o Governo do Estado determinasse ao secretario de Indústria, Comércio e Mineração que fosse tomar a temperatura do ambiente.

É preciso saber se a febre é isolada ou a crise é do modelo implantado, que não se sustentou quando foram estabelecidos marcos ambientais corretos.