BLOG DO VICENTE CIDADE

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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Há um abismo de distância entre o candidato do PT em Campinas e o seu oponente do PSB .

Márcio Pochmann, o professor, venceu Jonas, a 'celebridade', no debate em Campinas

No debate entre os candidatos a prefeito de Campinas, promovido pela TV Bandeirantes, ficou evidente a diferença entre os dois candidatos, com ampla vantagem para Márcio Pochmann (PT), porque mostrou ser o candidato com as melhores propostas e mais preparado.

Márcio Pochamann (PT) falou como o professor (que é, da Universidade de Campinas), aquele que estudou os problemas da cidade a fundo e tem as soluções para resolvê-los. Jonas Donizetti (PSB) falou como o radialista que foi, mais preocupado com a fama e a audiência, do que com a qualidade do programa.

Marcio deixou claro que há duas propostas em jogo, uma do crescimento e do combate à desigualdade e outra dos pedágios, dos presídios, privatizações e precarização do serviço público.


“Com o governo do presidente Lula, da presidenta Dilma, Campinas recebeu R$ 3 bilhões. Recursos fundamentais para dar um passo importante em termos de saúde, em termos de transporte. Infelizmente, o Governo do Estado não acompanha isso. O Governo do Estado está aqui para retirar recursos de Campinas. E agora com o pedágio quer tirar mais dinheiro ainda. Eu quero deixar bem claro que estes dois modelos existem. E é importante que você que está nos acompanhando tenha a possibilidade de fazer a escolha correta. Você (Jonas) diz que quer virar uma página, mas traz consigo gente que quebrou Campinas quando administrou, não soube administrar direito. Eu quero dizer que nós precisamos comparar as biografias. A minha biografia é de quem trabalha pelo povo pobre. Daquele que sabe o que está fazendo porque estuda, planeja e eu vou fazer uma cidade muito melhor do que nós temos hoje”

Márcio rebateu os ataques do seu adversário:


“Como tem feito deste o início, o candidato fica fazendo caracterizações que me desrespeitam, numa posição muito arrogante. Dizendo que eu não conheço Campinas. Só ele conhece Campinas. Eu moro aqui há 24 anos. Sou pai, constituí minha família aqui. Sou professor da Unicamp. Estudei esta cidade, publiquei um livro sobre isto. Estudei. Eu estudo, eu planejo. Não vou entrar numa candidatura por demagogia. Não estou na política como profissão, como o senhor está há 20 anos. Eu estou na política por vocação. Porque eu entendo que é possível fazer esta cidade diferente. Eu quero me doar o suficiente para que nós tenhamos condições de olhar nos olhos de todos. Enfrentar a pobreza, a miséria, que tanto nos afasta desta cidade. É possível fazer isso. Neste sentido, nós queremos conectar Campinas com a força do Brasil. Com apoio do governo da presidenta Dilma, porque nós vamos fazer uma cidade séria, uma cidade para todos, justa e democrática”, disse.

Outro ponto alto foi quando Márcio questionou ao oponente Jonas, por ter votado a favor da lei estadual tucana pela privatização de 25% dos leitos dos hospitais públicos, prejudicando os mais pobres e idosos que dependem do SUS.

Marcio apontou ainda a arrogância e a soberba de Jonas, que praticamente sentou-se na cadeira de prefeito antes da hora, no primeiro turno. Além disso demonstrou que Jonas e os tucanos dissimulam na hora da eleição, mas tramam o pedágio urbano, inclusive com os pórticos de pedágios já em instalação:

“O candidato achava que ia ganhar no primeiro turno, já estava escolhendo secretário, recebeu o governador Alckimin aqui e o lançou para presidente. Sentou na cadeira antes de ser prefeito. Antes de ter a votação, que é o protagonismo do povo. Eu comecei com 1%, comecei pequeno, tenho apresentado as propostas para cidade. Candidato, paciência, paciência

(...)

A soberba e a enrolação são características do candidato, que mostra demagogia e o populismo que ele pratica. É aquele que beija as criancinhas, dá tapinha nas costas, de quatro em quatro anos, quando tem eleição. Eu não faço parte desta postura. Minha postura é para administrar e resolver os problemas da população. Vejam a questão do pedágio novamente. O governador disse uma coisa, o secretário de transporte disse outra, que vai ter pedágio. Aliás, convido a todos, a irem até a Santos Dumont e verem lá o pedágio instalado. Como é que pode dizer que não tem pedágio, vamos falar sério”
, desabafou.

Marcio, que é economista, professor da Unicamp e ex-presidente do IPEA, alertou que Campinas é uma metrópole importante demais para a candidatura de Jonas tratar com provincianismo e sem planejamento:


“Campinas é uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes, é a 135ª mais rica do mundo. E como nós estamos vendo aqui, é uma visão paroquial, uma visão de gente que infelizmente pensa pequeno. Campinas precisa pensar grande”, defendeu.

Em suas considerações finais, Marcio falou das suas propostas e mostrou que é o nome mais indicado para virar a página e preparar Campinas para o futuro:


“Queria agradecer a todos pela oportunidade de um debate que permite conhecer melhor os candidatos. Eu vejo aqui meu adversário que no primeiro turno já começou a nomear secretários, lançar Alckmin para presidente, agora já quer indicar os meus secretários. Calma lá, primeiro a gente vai ver a eleição, o povo é soberano e vai saber votar para mudar. Nós estamos nos apresentando aqui para virar uma página na história de Campinas. O meu estilo é o estilo do presidente Lula, da presidenta Dilma, que está mudando o Brasil. Eles apoiaram muito Campinas e querem apoiar agora de forma decisiva. Para fazer com que nós sejamos capazes de dar um grande salto e este salto vai ser dado com as nossas propostas. As propostas que vão mudar Campinas. E vão reduzir o custo de vida. Como o Bilhete Único Mensal Sem Limites. Vamos dar um passaporte para o futuro para os nossos filhos e netos através da Creche 12 X 12, dos CEUs com uma educação integrada, com ensino técnico para reduzir a distância que separa o estudo do trabalho. Vamos trazer uma universidade federal para Campinas, que vai ter 50% de suas vagas voltadas especialmente dos alunos que vierem do ensino público.

(...)

Vamos abrir a saúde, de portas abertas, para todos, de qualidade, com profissionais renovados, profissionais estimulados, profissionais para dar conta da realidade que nós temos hoje. E um programa habitacional que vai regularizar o tema da escritura, o tema do alvará de funcionamento. Vamos fazer calçamentos na cidade. E, sobretudo, a pavimentação, universalizar a pavimentação. Vamos virar esta página. Eu te convido a nos acompanhar. Você que não votou em nós, avalie melhor quem daqui a quatro anos poderá deixar uma cidade muito melhor do que temos hoje. Para nós mesmos, para os nossos filhos e netos. Eu conto contigo. É 13!”


Em tempo:



Enquanto o vídeo do debate não vem, publicamos os vídeos da campanha de Pochmann com suas propostas:



Um comentário:

  1. Enquanto isso em Belém,a tendência é o atraso de mais 4 anos na vida do povo.
    Em Porto Alegre o PT perdeu a eleição por ter lançado um candidato desconhecido. Em Belém ocorreu o mesmo. Não vamos cometer o mesmo erro na próxima eleição.

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