Por Altamiro Borges
Em comício agora à noite em Belo Horizonte, a presidenta Dilma Rousseff detonou o senador Aécio Neves, chefão da campanha de Marcio Lacerda à prefeitura. O cambaleante presidenciável tucano havia dito que Dilma era uma "estrangeira" na capital mineira. A resposta foi demolidora. "Nasci aqui no hospital São Lucas. Sai daqui para lutar contra a ditadura e não para ir à praia". Depois desta, o playboy do PSDB poderia ir beber mais uma no bar Cervantes, no Rio de Janeiro... bem longe de Belo Horizonte.
Dilma foi à capital mineira para participar do ato em apoio a Patrus Ananias, que cresce nas pesquisas e ameaça levar a disputa eleitoral para o segundo turno. Na última sondagem do Ibope, a diferença entre ele e o atual prefeito caiu para nove pontos percentuais. Incomodado, Aécio Neves criticou, na maior caradura, a "interferência" da presidenta nas eleições - como se ele não estivesse viajando por todo o país para socorrer os candidatos da oposição demotucana. A presidenta não se intimidou diante das críticas do ex-governador.
"Acho muito estranho, muito suspeito, alguém me acusar de ser estrangeira. Na minha veia corre o sangue de Minas Gerais", afirmou Dilma em seu discurso. Ela explicou que começou a sua militância política, em 1968, em Belo Horizonte. "Aqui aprendi que mineiro tem a capacidade de lutar pelo país", afirmou para cerca de 3.000 participantes do comício.
Nenhum comentário:
Postar um comentário