Hoje no blog do Hiroshi uma excelente postagem sobre a denúncia contra a prefeitura de Parauapebas. Abaixo destaco um trecho do poste:
A Carta
A reação de ataque do ainda presidente da Vale contra o prefeito de Parauapebas, com envio de carta a presidente Dilma Roussef, levantando suspeitas da aplicação de R$ 700 milhões tem ingredientes de uma disputa de bastidores que se prolonga há mais de seis anos.
Em sua carta à Presidência da República, Roger Agnelli desfila suposições. Basta analisar um dos trechos do documento enviado a Dilma Roussef:
“Infelizmente há também interesses de terceiros envolvidos, como consultores que teriam procurado prefeituras oferecendo serviços e pedindo altas comissões sobre os altos e teóricos valores que não são devidos, razão pela qual a disputa adquire tal contexto político. Os consultores externos do município de Parauapebas, tem peticionado, solicitando o bloqueio de conta da Vale mesmo havendo garantias bancárias”.
Agnelli alerta ainda que a disputa em torno dos royalties estava inserida em um “contexto político” e que havia “investigações criminais em andamento” sobre o suposto esquema da prefeitura de Parauapebas
O caso soa mais como uma ação de sobrevivente numa nau de desesperados.
Quem dá o tom de denúncia é o texto dos repórteres escalados pela revista Época, coincidentemente, empresa das Organizações Globo, o mesmo conglomerado de comunicação que há quase seis meses vem denunciando um suposto “golpe” dado pelo governo para sacar Roger Agnelli da presidência da Vale.
O valor de royalties repassado à prefeitura de Parauapebas, no período de cinco anos, é esse mesmo de R$ 700 milhões?
Roger acusa o repasse.
A prefeitura de Parauapebas nega o recebimento do montante divulgado.
Na secretaria da Fazenda do município, há registro do ingresso de pouco mais de R$ 500 milhões, desde 2005.
A Vale deve à prefeitura, somente de Parauapebas, mais de R$ 1 bilhão, sendo que deste valor 65% são destinados a Parauapebas; 23% ao Estado do Pará; e 12% a União.
Esclarecer realmente essa questão, só quem pode fazê-lo são os tribunais de contas, tecnicamente preparados para manusear planilhas contábeis.
Discute-se a contratação de uma empresa consultora de Santa Catarina para efetuar as cobranças, citando o percentual de 20% de cada valor a ser recebido pelos advogados como ponto de partida para brechas de ilegalidade.
Também nesse item, o TCM deverá se manifestar.
Despreza-se o nível profissional do escritório catarinense, comprovadamente com expertize para encarar os desafios de enfrentar o batalhão de advogados da Vale, obtendo até agora sucesso na empreitada.
Leia a íntegra da postagem no link abaixo:
Na nau dos desesperados, o salto do mastro
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