BLOG DO VICENTE CIDADE

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terça-feira, 17 de maio de 2011

Assim caminha a humanidade...

Visitando o link : Eco Amazônia : que é um espaço na rede dedicado a defender o setor produtivo a partir de uma visão patronal, "pesquei" um texto que dá bem a noção de como pensa a classe empresarial do Pará. Na nota eles se surpreendem com a inoperância do governo Jatene e criticam a descontinuidade de polípiticas  públicas realizadas pelo governo anterior.

A pergunta que fica é a seguinte: O que eles estavem esperando ou tinham acordado com Jatene?

Política ambiental e fundiária do governo Jatene já recebe críticas



Antes mesmo de completar seis meses de mandato, o governo do tucano Simão Jatene já desperta fortes críticas do setor produtivo, que continua a sofrer com uns dos principais gargalos: o licenciamento ambiental e a regularização fundiária. Nos bastidores, a percepção que se tem até o momento é de que houve uma piora das políticas voltadas para o setor, especialmente com a drástica redução de aprovação de planos de manejo, aumento da demora no processo de licenciamento e na paralisação da política de regularização fundiária.


Em 2010, último ano do mandato da petista Ana Júlia Carepa, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) liberou mais de oito milhões de metros cúbicos de madeira em projetos de manejo florestais. Este volume garantiu que a atividade florestal funcionasse a pleno vapor, mas assim que o governo mudou, as aprovações se reduziram. Estima-se que, no ritmo atual, não seja aprovado nem 50% do volume liberado ano passado, ocasionando sérios problemas de abastecimento das indústrias.


Para se ter uma idéia do que isso significa, o valor de notas fiscais frias (papel) de janeiro para cá sofreu um aumento substancial no mercado negro. Para guiar um metro cúbico de madeira ilegal da essência ipê no começo do ano, o "toreiro" comprava o papel para esquentar esta madeira a até R$ 80,00 o metro. Hoje, não consegue a menos de R$ 180, resultado da falta de madeira no mercado e da pouca liberação de projetos de manejo. Ou seja, quem está faturando alto por enquanto no atual governo não são os empresários que trabalham na legalidade, mas os vendedores de "créditos podres", ou papel.
A política fundiária também desperta críticas. O instituto de Terras do Pará (Iterpa), no governo anterior, colocou em prática uma política de destinação das terras do Estado, concedendo títulos definitivos. O novo presidente do instituto, Carlos Lamarão, avalia que a política anterior estava errada, fala em irregularidades e bateu o pé em não conceder títulos definitivos em áreas sob posse, mas com cobertura florestal intacta. Mais uma vez, os que trabalham de forma ilegal e derrubaram sem autorização nas suas áreas, parece que vão se sair melhor.

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