BLOG DO VICENTE CIDADE

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

E este escândalo, a mídia não quer?

E este escândalo, a mídia não quer?



Escrevi, agora há pouco, um post para o blog Projeto Nacional para o qual peço a atenção dos leitores.
Chama-se “O homem da P-36 quer as sondas da Petrobras” e ébaseado numa matéria de hoje, do jornal Valor Econômico, o único que vem dando algumas informações sobre a maior licitação já realizada neste país, a contratação de 21 sondas de águas ultraprofundas pela Petrobras. Um negócio de dezenas de bilhões de dólares.
Vários grupos brasileiros se uniram para fazer aqui estas sondas, que fazxem parte de um total de 40 necessárias à exploração do pré-sal. Doze, por prazo, foram contratadas lá fora. Das 28 restantes, o primeiro lote, de sete, ficou aqui e vai ser construído em Pernambuco. Faltavam estas 21 e tudo parecia indicar que o mesmo grupo as faria.
Mas surgiu uma figura chamada Guerman Efromovich e entrou na disputa, oferecendo um preço um pouco menor, com uma empresa recém-criada, a Ocena Rig do Brasil, associado a uma empresa norueguesa controlada por armadores gregos.
Efromovich tem uma penca de processos judiciais contra a Petrobras. Todos depois que deixou a diretoria o ex-presidente Joel Rennó, tempo em que ganhava, sem licitação, contratos para comprar e reformar plataformas.
Inclusive a P-36.
O pior é que Efromovich ainda foi a Justiça inglesa pedindo 240 milhões de dólares como indenização pelo caixão que fez. Foi buscar lã e saiu tosquiado, porque a corte inglesa, em lugar de receber, mando foi ele pagar à Petrobras. Este ano, em abril, o STJ recusou a pretensão de Efromovich de não cumprir a sentença que confirmava sua responsabilidade no caso.
Quase ninguém publicou. Que eu achasse, apenas uma nota de dez linhas no G1, reproduzindo texto da Agência Estado.
Agora ele quer as sondas do nosso pré-sal.
E a mídia, que é doida por qualquer coisa que possa ser problema na Petrobras – onde Efromovich, segundo o repórter Chico Santos conta, anos atrás, então no Valor Econômico, tentou reentrar usando desde flores para secretárias até ordens de prisão contra diretores que o abominavam – não dá a menor bola para isso?
Ou as suspeitas aqui são seletivas e nunca envolvem os nomes que se tornaram notórios da era tucana?
Se os jornais quiserem ajuda, está tudo contado no Projeto Nacional, com os links devidos para todas as informações sobre o passado de Efromovich. Nem era preciso, porque está  no Google, que o pessoal das editorias parece ter dificuldades em usar.
Não dá muito trabalho conhecer o passado dele, que já foi mastigado, anos atrás,  pelo excelente repórter Chico Santos, um dos que mais entende de indústria naval no Brasil.
E que, sem nem mesmo falar com ele, sou capaz de apostar que não compra uma bóia de pneu do Efromovich.

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