Para presidente, relação do fundo com o Brasil foi de 'ingerência'.
Segundo ela, não há 'convicção política' de como lidar com a crise lá fora.
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A presidente Dilma Rousseff criticou, nesta quinta-feira (13), a atuação do Fundo Monetário Internacional (FMI) na administração da crise internacional, sobretudo na Europa, citando a influência da entidade nas políticas econômicas no Brasil nas duas últimas décadas.
"Nós sabemos o quanto nós perdemos de oportunidades nas duas décadas que estivemos sob a ingerência do FMI nas nossas políticas de investimento e de consumo", disse, durante a cerimônia do PAC Mobilidade Urbana, em Curitiba, onde anunciou investimentos no metrô da capital paranaense.
Dilma comparou a crise da dívida soberana, iniciada na década de 1980, com a atual crise econômica nos países ricos e reafirmou a necessidade de conjugar investimento e inclusão social. Disse, porém, que "parece que não há um empenho, uma convicção política uniforme de como lidar com essa crise" por parte dos países ricos.
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"Nós de fato já vimos uma parte desse filme, eu não digo que nós vimos o filme inteiro, mas uma parte desse filme nós todos já conhecemos. Nós sabemos o que é a supervisão do FMI, nós sabemos o que é proibir que o país faça investimentos", afirmou.
Em discurso de cerca de 20 minutos, também disse que o mercado interno brasileiro é a sustentação do país para resistir à crise e citou as reservas internacionais como ponto favorável à estabilidade econômica. "A gente tem de continuar firme macroeconomicamente, muito sério, muito prudente, dando os passos que a gente pode dar com as nossas pernas, olhando a inflação com um olho e o crescimento com outro", disse.
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