Não há nenhuma surpresa no “pacotaço” de cortes de gastos divulgado ontem pelo governador Jatene, na verdade isso já era mesmo esperado, afinal todo mundo sabe que a clausula máxima de qualquer gestão tucana é o “ajuste fiscal”.
Esse script tucano está igual os finais de novela da Globo: previsível e sem graça. Tenho abordado muito esse assunto aqui no blog, inclusive vocês podem pesquisar por assunto aí na barra. Sempre disse que é muito clara a estratégia “tucanalha” que consiste basicamente no seguinte:
1- Primeira metade do mandato
1.1) criam uma atmosfera de denuncismo e sensacionalismo irresponsável quanto à situação encontrada;
1.2)promovem cortes de gastos nos primeiros anos de suas gestões, dando uma falsa impressão de austeridade, mas com claro objetivo de fazer caixa;
1.3) arrocham os salários dos servidores;
1.4) concentram a gestão do estado nas mãos de um núcleo duro de governo, que na verdade é quem decide todas as ações do governo;
1.5) muita propaganda.
2- Segunda metade do mandato
2.1) estabelecem uma agenda mínima de obras, geralmente com vultosos investimentos em poucas obras elitizadas e via de regra centralizadas em Belém;
2.2) finalmente voltam a liberar um arraial de gastanças do recurso público;
2.3) mais propaganda ainda.
É assim, desse jeito. A coisa é tão mecânica que até mesmo no comando Flamengo a vereadora tucana Patrícia Amorim, atual presidente do clube, em seu primeiro ano, cortou tanto os investimentos que quase levou o clube ao rebaixamento para a segunda divisão para agora, apresentar o Ronaldinho Gaúcho, campanha para construção de CT, etc. Ou ainda como fez o Serra na campanha, que alegava que era preciso fazer um ajuste fiscal porque o governo federal estava sem condições de investimento. Ora, isso em pleno andamento do PAC, um dos maiores programa de investimento que o país já teve, ou seja, o Serra (e o PIG) dizia uma coisa e o país tava vendo outra.
A questão é surreal, que se formos perceber com mais foco, até mesmo o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, que sucede Serra e os 16 anos de gestão tucano no estado, inclusive a sua, chega falando em contenção de gastos e auditorias e não em investimento.
Ironias à parte, mais uma vez quem vai perder é o povo do Pará, num momento ímpar em que estávamos crescendo nossa economia no ritmo da economia brasileira, apresentando recordes de geração de emprego e obtendo grande volume de aplicação de recursos do governo federal em obras e ações no estado, o governador do Pará resolve “apertar os cintos”.
Talvez tivesse sido mais esclarecedor se o governador Jatene tivesse utilizado termos como: soltar âncora, ou, desliguem as turbinas, ou até mesmo esse utilizado “apertar cintos” só que faltou o complemento, o piloto sumiu !!
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