Após o equivocado adiamento do lançamento da candidatura de Ana à reeleição, que estava previsto para o dia 29/04, na tentativa de ter o PMDB no palanque, o PT deveria rever imediatamente a sua posição e antecipar o quanto antes esse ato. Lançar o nome de Ana como candidata do PT não implica em nada para o cenário das eventuais alianças que possam vir a se configurar, uma vez que a candidatura da governadora é dada como certa e não há internamente no PT nenhuma possibilidade de mudança nesse quadro.
Embora esse ato possa não parecer prolífico, seus efeitos iriam muito além de mero marketing, pois trará ao partido (e sua militância) a unidade necessária para que possamos partir para a batalha, certos de que uma etapa já ficara para trás. Ou seja, por ser governo, o PT tem a obrigação de ser pró-ativo, de dar as primeiras cartadas do jogo. Com isso, colocando explicitamente o seu “exército” em campo, o partido também já estaria definindo os papéis de cada “jogador”, quem faz o que, evitando desgastes internos e enquadrando os “quinta coluna”.
Temos que ter a clareza que até o dia 06 de julho, prazo para a definição final, muita coisa vai acontecer e é muito pouco provável que algum partido realmente se defina antes disso. Mas, nós não podemos ficar esperando essa definição de forma passiva. Nossa candidatura está posta, não há o que titubear.
Neste momento do jogo eleitoral, temos o Jatene e o Jader se beneficiando da prerrogativa de serem pré-candidatos, estando frequentemente na mídia, independente do retorno que ela esteja ou não alcançando. Enquanto isso, a governadora cumpre somente agendas formais de governo, não focando no processo eleitoral e isso faz uma grande diferença. Temos o exemplo do Serra, que na sua indefinição, permitiu que a companheira Dilma chegasse a patamares superiores à meta estabelecida pelo partido para esse momento.
Apesar de não ter a informação precisa, sei que a posição da governadora nas pesquisas vem melhorando um pouquinho a cada período, mas que ainda não lhe dá segurança da vitória, por isso o cenário ainda está embolado. Neste caso, uma comunicação de campanha nos próximos 50 dias seria fundamental para colocar a nossa candidatura numa condição mais favorável na hora de negociar, na vera, a efetivação das alianças.
Isto posto, acredito que quanto antes colocarmos nossa “alegoria” na avenida, dentro do que for permitido pela lei eleitoral, poderemos chegar em julho num patamar de intenção de votos nas pesquisas que permita ao PT atrair os demais partidos para a nossa candidatura de forma natural e de igual para igual.
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