Nestes termos, acredito que aqui no Pará uma nova conjuntura começa a se desenhar, mas que só será definida no “apagar das luzes”, ou seja, no final de junho. Com esse fechamento nacional do PMDB somado ao bom momento da candidatura de Dilma, que acaba de ultrapassar Serra nas pesquisas, o deputado Jader será pressionado a tomar uma decisão que não contrarie essa estratégia.
Isto posto, no meu entendimento, Jader e o PMDB teriam três caminhos: 1) apoiar a reeleição de Ana Júlia; 2) lançar a candidatura de Jader ao governo e; 3) lançar uma terceira candidatura, que provavelmente seria o Priante. Como já venho postando há algum tempo, não vejo nenhum forte motivo para que Jader venha a apoiar o PSDB de Jatene. Como é muito difundida a idéia de que o deputado Jader tenha uma grande visão para analisar cenários políticos, é possível de se esperar que sua decisão seja pautada no melhor resultado esperado.
Neste sentido, dentre as três opções que Jader teria, a primeira seria uma escolha natural, já que é notória a sua preferência pela disputa a uma das vagas ao Senado Federal, o que inclusive já lhe foi garantido pelo PT para que o PMDB reproduza aqui a mesma aliança nacional.
Quanto à candidatura própria do PMDB, duas situações estão postas à mesa, a que teria Jader encabeçando a chapa, além da sua resistência pessoal, certamente encontra obstáculos na incerteza da vitória, risco esse que Jader não se mostra disposto a correr, já que da última vez que ficou sem mandato, protagonizou um dos momentos de maior deleite político dos seus opositores. Quanto ao lançamento de um terceiro nome, que acredito ser o Priante, com o argumento do protagonismo político do PMDB, este cenário seria motivado pela possibilidade de Priante ir ao segundo turno, forçando a chapa nacional a uma omissão política no estado.
Contudo, se Priante (ou qualquer outro) não parecer ter chances de ir ao segundo turno, certamente o PMDB seria forçado a apoiar Ana Júlia, o que no mínimo soaria muito ruim, já que tal aliança poderia ter sido travada já no primeiro turno, evitando os prováveis desgastes de uma disputa e claro os “espaços” pela adesão no segundo turno seria certamente menor.
Por outro lado, dependendo do cenário que o PMDB esteja trabalhando, a aposta numa candidatura própria (sem ser o Jader) pode estar vinculada a um eventual segundo turno, e aí, neste caso, várias hipóteses poderiam ser pensadas.
Num cenário envolvendo uma disputa com a governadora, o PMDB pode estar jogando com a possibilidade de ter o apoio do PSDB e demais dissidentes, contando que “Brasília” não tomaria partido. Contudo, se a disputa para presidência se resolvesse já no primeiro turno, certamente a neutralidade seria difícil. Mas, de qualquer forma seria uma aposta válida. Do contrário, se disputa fosse com PSDB, com a governadora derrotada em primeiro turno, o que eu não acredito, certamente a pressão seria para que o PT apoiasse a candidatura peemedebista.
Ou seja, na prática, qualquer decisão do PMDB depende de como a governadora vai estar avaliada no momento do prazo final para a definição, como dito na própria coluna Painel Político do Diário de 18/05/2010, por isso a campanha desesperada de desgaste da governadora.
Isto posto, está nas mãos do PT, estabelecer uma estratégia eleitoral que possa alçar Ana Júlia á condição de favorita no pleito, o que eu particularmente acredito, mas como não tenho elementos concretos de análises (pesquisas), estou somente confabulando.
Contudo, nas pesquisas que tomo conhecimento na blogosfera, sempre colocam a governadora em terceiro lugar, só que vem subindo e a campanha ainda nem começou. Por outro lado, Jader aparece em primeiro, mas até hoje, ainda não vi nem ouvi ninguém comentando dados de pesquisas sem a presença do deputado na disputa a governador, o que é provável de acontecer e que certamente teria um impacto muito relevante.
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