Analistas reduzem projeções para inflação oficial em 2011 e 2012
Kelly Oliveira
Da Agência Brasil
A projeção de analistas do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2012, caiu pela quarta semana consecutiva. A estimativa para o índice, desta vez, passou de 5,57% para 5,56%. Para 2011, a projeção também foi levemente reduzida, de 6,5% para 6,48%. Essas informações estão no boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC), elaborada com base em estimativas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.
A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, é 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite superior é 6,5% e o inferior, 2,5%. O principal instrumento usado pelo BC para alcançar essa meta são as alterações na taxa básica de juros, a Selic. De acordo com a avaliação dos analistas, a taxa básica deve encerrar 2011 em 11% ao ano. Atualmente a Selic está em 11,5% ao ano. Portanto, os analistas esperam por uma redução de 0,5 ponto percentual, na última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, marcada para os dias 29 e 30 deste mês.
Com a menor expectativa de inflação, a projeção para a Selic ao final de 2012 foi reduzida de 10,5% para 10% ao ano. A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 5,61% para 5,58%, neste ano, e de 5,14% para 5,11%, na previsão para 2012.
A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), neste ano, passou de 5,84% para 5,73%, e de 5,23% para 5,19%, no próximo ano. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), neste ano, a projeção foi ajustada de 5,78% para 5,75%. Para 2012, passou de 5,36% para 5,26%. A estimativa dos analistas para os preços administrados subiu de 5,9% para 6%, neste ano, e de 4,55% para 4,5%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo.
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