Pra mim, a fórmula rígida da televisão que impõe tempos mínimos para que os candidatos desenvolvam suas idéias, prejudica substancialmente o debate. Contudo, ainda assim, acredito que o programa serve para demonstrar tendências políticas e estratégicas das candidaturas. Neste sentido, a avaliação que faço do debate da RBA é a seguinte:
a) Governo na berlinda - mesmo sendo atacada por todos, achei a participação da governadora Ana Júlia segura, embora tenha evitado confrontos mais ríspidos com seus adversários. O ponto alto foi ter feito Jatene criticar o presidente Lula;
b) Soberba e Esclerose tucana – além de uma figura inflada pela soberba, o Ex governador Simão Jatene parece apostar na máxima de que o “povo tem memória curta”, “vomita pelos cotovelos” feitos de sua gestão, como esta tenha ficado marcada como exemplo de gestão no estado. Jatene parece ter esquecido que seu governo foi tão ruim, que não só lhe foi negado o direito de disputar a reeleição como também levou a então maior liderança tucana no estado a uma derrota eleitoral. Foi beneficiado pela benevolência dos demais debatedores, que só se voltaram contra a governadora;
c) Canalhices e mentiras – a postura do candidato Juvenil, foi, no meu entendimento, sacana e odiosa, abusou do uso de mentiras e foi leviano quando acusou o PT de patrulhamento nas secretarias do PMDB, bem como quando menosprezou covardemente a participação da governadora na atração dos investimentos para o estado e ainda a acusou de perder a indicação de Belém como subsede da Copa 2014. O pior de tudo foi a “troca de passes” com Simão Jatene;
d) Subserviência inquietante – quanto ao Fernando do PSOL, não era de esperar outra atitude se não a de confronto direto com a governadora e o PT. O PSOL demonstrou que há um certo acordo tácito rolando com o PMDB, logo cumpriu direitinho com a tarefa que lhe fora dada.
Independente da avaliação individual de cada candidato, o que fica na verdade é indicação, pelo menos até o momento, de que o alvo do PMDB é a governadora. Ou seja, ao que parece o PMDB está investindo suas fichas na conquista de votos na base do eleitorado que rejeita o governo do PT e que, até o momento, migra para o candidato Jatene.
O problema dessa estratégia é que enquanto a governadora fica na berlinda, o tucano vai nadando de braçada, consolidando sua ida para o segundo turno. Já o PMDB partindo para cima do PT, confunde o eleitorado e militância, o que poderá gerar estragos numa eventual aliança no segundo turno.
Se essa tendência se consolidar, de enfrentamento entre petistas e peemedebistas, a lógica é que o segundo voto de ambos para o senado, seja direcionado para rumos opostos e aí, sabe-se lá o que pode ocorrer.
Chamar de Subserviência inquietante ou acordo tácito com o PMDB pelo Psol é demonstrar no mínimo uma ignorância descabida,que acredito não fazer parte do perfil do post.Como chamaríamos então,o acordo feito pelo PT,com o oftalmologista Duciomar Costa,Wladimir Costa,Gerson Peres,e etc.,etc.,etc.,
ResponderExcluirSds,
Gilberto Rodrigues
AAAhhh!!!,ía esquecendo do pedófilo do Seffer
ResponderExcluirSds,
Gilberto Rodrigues