Ao escrever o post anterior, sobre o machismo da nossa imprensa, ainda não havia tomado conhecimento das insinuações feitas pela revista Época de que a futura presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, teria recebido vantagens indevidas na empresa por conta de uma nomeação retroativa.
E, acintosamente, apesar de ser ela reconhecida por todos como pessoa que construiu uma história de competência desde que entrou há quase 30 anos, por concurso na empresa, depois de ter sido estagiária, diz que ela só ascendeu na carreira por “ter ficado amiga de Dilma Rousseff”.
Já na primeira, provocação, Graça mostrou que não está para brincadeiras.
Além das explicações oficiais da empresa, a nova presidente desafiou a Época a examinar seus contracheques e ver se ela recebeu algo indevido.
Fez muito bem.
E fará muito bem se não se enganar pela boataria que os jornais – especialmente O Globo, que nutre um especial ódio pela Petrobras – andam fazendo sobre possíveis (e naturais) troca de ocupantes de cargos de direção, como tratou ontem o blog do Zé Dirceu. Embora a armação já de início não se sustente, porque tanto Graça quanto o ex-presidente do PT, José Eduardo Dutra são servidores de carreira da empresa, é bom estar atento a isso o tempo todo.
Porque O Globo não se pejou de dizer que “estava sendo criada uma diretoria” só para abrigar o petista, embora tivesse a função tivesse sido anunciada publicamente antes mesmo da eleição de Dilma Rousseff.
Hoje, no finalzinho da resposta de Dutra, o jornal se comporta como o lobo da fábula, ao reconhecer que a decisão é antiga, mas emendar dizendo que “está sendo efetivada apenas agora”.
Sabem como é: se não foi você foi seu pai, ou seu avô…
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