Óntem o Zé Carlos fez uma post em seu blog avaliando os passos da conjuntura política do estado para eleição, a partir da tarefa do Ministro Padilha. Tarefa essa deixada bem clara na entrevista do Chefe da Casa Civil Everaldo Martins, que foi portador do recado.
Concordo com o Zé quando diz que a candidatura de Paulo Rocha ao Senado é irreversível. Discordo porém, quanto a dificuldade que ele apresenta em sua análise.
Minha discordância é pelo fato de que a executiva nacional do PT estabeleceu a eleição de Dilma como prioridade e ao mesmo tempo, como estrátegia, visa transformar a eleição numa espécie de "plesbicito" de dois projetos políticos, um de esquerda e outro de direita. Assim, será possível mais uma vez confrontar o governo de Lula contra o de FHC.
Marina será portanto a fiel da balança e em caso de descolamento de uma das candidaturas, quem estiver ficando para trás nas pesquisas tentará impulsionar essa terceira via, para provocar o segundo turno.
Isto posto, fica evidente que quanto mais esse cenário se reproduzir nos estados, melhor para a estratégia governista, que visa evitar ao máximo a dispersão de palanques regionais. Por isso o comando nacional interviu em Minas e no Maranhão, que diga-se de passagem eram situações bem piores que as encontradas aqui.
Portanto, acho que esse pragmatismo será a tônica da eleição de 2010. Não haverá interesse "sectário" que prevalecerá a essa lógica, estando a aliança entre PMDB e PT quase certa aqui no Pará. Principalmente porque os interesses de Jader não serão feridos, se não vejamos:
1) Jader será candidato ao Senado, como sempre quis;
2) Ana reeleita, deixa o cenário aberto para 2014;
3) É notório que Jader não tem compromisso com Priante e nem com a eleição de Juvenil para deputado federal, que na verdade queria ser vice de Ana;
4) Ana reeleita fortalecerá o PMDB e os interesses dos seus 40 prefeitos;
5) Jader vai "cobrar" a conta da aliança de Dilma e certamente terá grande voz de indicação na estrutura federal da região.
Por outro lado, internamente, a situação de Paulo Rocha pode se complicar, sobretudo se Almir Gabriel resolver se lançar candidato a Senador, mas, acredito que a direção nacional do PT deve, de alguma forma, 'turbinar" a candidatura do Paulo.
como turbinar a candidatura de um mensaleiro?Pensas que o povo é bobo?Para ter mais de um milhão de votos não é para qualquer um. Ele tem que se contentar é se manter deputado federal.....
ResponderExcluirProf. Luis