O presidente Lula, diferentemente do que fariam outras autoridades, resolveu ir pessoalmente explicar para a população do Xingú que a construção da UHE de Belo Monte é uma necessidade do país e que a região será recompensada pelos danos sócios ambientais que serão gerados pela obra.
Essa é a verdadeira postura que um estadista deve ter. Tomar a decisão seria muito fácil, mas enfrentar o debate diretamente com a população atingida é uma atitude de grande altivez do presidente, que demonstra, inequivocamente, que o Estado não precisa "pisar" na sociedade para ter seus projetos realizados. Com respeito e diálogo é possível criar sinergia entre Estado e Sociedade na busca do bem comum.
A atitude de Lula de ir até a região do Xingú defender a construção da UHE de Belo Monte é uma grande resposta àqueles que se opõem a obra por acreditarem que os seus custos sociais e ambientais serão maiores que os benefícios para o desenvolvimento econômico da região.
Ademais, a visita do presidente tem o caráter de afirmar que desta vez, muito ao contrário do ocorrido em Tucuruí, existe duas grandes preocupações por parte do estado: 1) Afirmar que o projeto a ser executado é bem diferente do projeto original, já prevendo o menor impacto possível para uma obra deste porte; 2) Afiançar à sociedade que as ações previstas para a mitigação dos impactos serão tratadas como prioridade e que portanto, os benefícios a serem gerados pela usina serão sim maiores que os custos.
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