Com isso, fica cada vez mais eminente o isolamento da posição de direita da chanceler alemã Angela Merkel que prega a austeridade fiscal num ambiente já devastado pela crise, ao contrário da "lição brasileira" que prega uma intervenção governamental que gere emprego e renda aos cidadãos e grandes investimentos de infraestrutura para movimentar a produção nacional.
Não é por outra razão que o otimismo do brasileiro está em alta para 2013, com a economia funcionando no que os economistas chamam de "pleno emprego" (que ocorre quando a taxa de desemprego gira em torno de 5%), o que está ruim sempre tende a melhorar. Agora na Europa a coisa é diferente, com o provo desempregado, como é que fica?
Entrevista
“O que resolve a crise é criar empregos”
Joe Costello, ministro do Comércio e Desenvolvimento da Irlanda, fala sobre a necessidade de a economia europeia crescer para superar a crise financeira. Costello veio ao Brasil para estreitar os laços comerciais e conversou com o editor Cláudio Gradilone.
Como está a situação na Irlanda?
Está melhor do que estava havia alguns meses. Chegamos a um consenso nacional de que é preciso proteger o sistema financeiro, mas agora temos de pressionar as autoridades da União Europeia para ir além disso.
Em que sentido?
A situação fiscal e a bancária no país estão mais ou menos resolvidas, mas ainda há muita ansiedade sobre a criação de empregos. Precisamos colocar em prática medidas que favoreçam a criação de empregos, mesmo que tenhamos de gastar dinheiro público para isso. Nesse ponto, não podemos economizar dinheiro e esforços.
Por quê?
A única maneira de resolver a crise de forma efetiva e de maneira consistente, tanto na Irlanda quanto em outras economias europeias, é estimular o crescimento da economia e criar empregos. Sem isso, não haverá geração de riqueza para sanear de maneira sustentável os problemas bancários e fiscais.
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