Lucro da Vale cai 48,3% no segundo trimestre | Valor Econômico
Por Rafael Rosas | Valor
RIO - A Vale fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 5,31 bilhões, uma baixa de 48,3% em relação a igual período do ano passado, quando o ganho foi de R$ 10,28 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre, o lucro da mineradora caiu 20,9%.
A receita operacional da companhia caiu 2,3%, para R$ 23,91 bilhões, entre abril e junho, na comparação com os R$ 24,48 bilhões de igual período de 2011. Na comparação com os três primeiros meses de 2012, houve alta de 19% na receita operacional.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 30,3%, para R$ 10,10 bilhões, contra R$ 14,48 bilhões entre abril e junho de 2011. Em relação ao primeiro trimestre, o Ebitda subiu 14,8%.
O lucro da companhia ficou abaixo da prévia feita pelo Valor junto a integrantes do mercado, que calculavam um ganho entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões no segundo trimestre.
Efeito cambial
O lucro líquido da Vale no segundo trimestre sofreu o impacto de “efeitos contábeis sem impacto no fluxo de caixa”, segundo a mineradora. A companhia ressalta que, sem esses impactos, o lucro seria de R$ 7,19 bilhões, acima dos R$ 6,72 bilhões dos três primeiros meses do ano.
O efeito não caixa mais importante foi causado, de acordo com a empresa, pela forte apreciação do dólar frente ao real, de 11% no segundo trimestre. Essa variação monetária e cambial reduziu o lucro em R$ 3,46 bilhões, contra um impacto positivo de R$ 579 milhões nos três primeiros meses do ano, “totalizando um movimento negativo de R$ 4,04 bilhões, que é R$ 2,63 bilhões maior do que a redução no lucro líquido”.
Semestre
No semestre, o lucro líquido ficou em R$ 12,03 bilhões, uma queda de 44,2% na comparação com os R$ 21,56 bilhões dos seis primeiros meses do ano passado.
A receita operacional da mineradora entre janeiro e junho foi de R$ 44,01 bilhões, 6,5% menor que os R$ 47,06 bilhões de igual período do ano passado.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 18,89 bilhões, 36,5% abaixo dos R$ 29,74 bilhões dos seis primeiros meses de 2011.
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