Na postagem que fiz PT fará encontro estadual para avaliar novos rumos !! recebi um comentário que motivou uma resposta que resolvi trazer para cá. Abaixo o conteúdo da discussão:
Anônimo disse...
será, que todos que participaram do governo, tem condições de fazerem uma avaliação correta do que aconteceu, pergunto quantas plenarias de avaliação teve ao longo dos quatros anos de governo no interior do partido, principalmente com as lideranças do movimento social?, o Partido deve chamar a militancia para que ela faça a avaliação partidaria, o momento agora e discutir a refoema politica que os poderosos chefões de todos os partidos não querem, principalmente do PT, que não aceitam juntos com seus suditos de perderam o status que conseguiram sozinhos, alias usando suas tendencias,
8 de fevereiro de 2011 22:34
Vicente Cidade disse...
Anônimo das 22:34,
Eu concordo contigo que o tema agora é a reforma política. Contudo discordo de que o PT seja a principal força contrária, acho que as forças contrárias estão em todos os partidos, mudanças são sempre vetores de transformações, as vezes nem sempre as necessárias.
Com relação as avaliações periódicas do governo, há de se compreender que o partido e o governo não são a mesma coisa. O partido tem autonomia para fazer suas avaliações a qualquer tempo, independente do governo, mas com responsabilidade é claro, propondo a correção e mudanças de rumos, se for o caso.
Agora, no PT há uma diferença que é posta pela ação de sua formação política. O PT é um partido de esquerda que congrega diversos setores políticos, alguns mais ideológicos, outros mais corporativistas e outros mais reivindicatórios e por aí vai, entretanto, todos esses segmentos ligados as lutas populares.
Isso criou proximidades políticas que ao longo dos 31 anos do PT foram conformando blocos de atuação interna que deram origens às suas tendências internas.
Essa similaridade do PT o transformou num partido singular no Brasil, onde as disputas internas se tornaram tão intensas a ponto de criar uma organização própria que permite a atuação livre desses diversos grupos.
Essa organização do PT permite que as discussões partidárias vá se enraizando na base e via de regra a base do PT é composta de militantes que atuam nos diversos segmentos dos movimentos sociais organizados. Em alguns casos, é muito comum que as tendências do PT se organizem em células que refletem as diversas atuações populares de seus militantes.
Pontanto, acho que o debate interno no PT, de alguma forma, existe sim, há internamente nas decisões partidárias um respeito a essa estrutura, as tendências são reconhecidas e o processo de composição das lideranças partidárias refletem isso também. Agora, independente da organização política, há a praxi de cada tendência.
Hoje a direção majoritária do partido afastou-se dos movimentos de base e aproximou-se dos meios institucionais, paralelamente a isso, a formação política dos seus quadros foi ficando mais fraca e há um descolamento das ações mais ideológicas, em decorrência disso o partido ficou cada vez mais pragmático, principalmente no que se refere à eleição.
Para mudar isso será preciso muita disposição da militância. Mas acredito, concordando contigo, que uma reforma política no Brasil pode ter efeitos positivos também nas relações internas dos partidos, com isso acho que o PT poderá se aperfeiçoar haja vista que qualquer que seja a reforma proposta, certamente o PT não deixará de ser um partido protagonista.
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