BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

domingo, 21 de março de 2010

O Governo do Pará dá sinalizações claras de que cuidar de gente, é cuidar do futuro II

Em voltas com a realização do leilão que vai dar início a construção da UHE de Belo Monte, a agenda com o MAB ganha importância ao dar sinalizações para o movimento social de que o governo do Pará não se omitirá em exigir do consórcio vencedor, a implementação total das ações mitigadoras propostas para viabilizar a sua execução.
Ressabiados e temerários pelo abandono ocorrido em Tucuruí, a maioria dos movimentos sociais da Região do Xingú, se posicionaram contrários a execução da obra. Enquanto os governos Federal e Estadual vêem na usina uma das mais importantes obras em planejamento no país, pois sem investimento em infraestrutura o Brasil, e o Pará, não terão condições de sustentar o crescimento de suas economias, tratando-se portanto de uma necessidade imperiosa para país.
O que fazer então para resolver esse delicado impasse?
No meu entendimento, não repetir os erros de Tucuruí já seria um bom começo, e isso, ao que parece estar sendo cuidadosamente trabalhado. Além de ações sócio-ambientais mitigadoras, que estão estimadas em cerca da R$ 1,5 bi, o governo do Pará também estabeleceu uma exigência de que parte dessa energia a ser gerada em Belo Monte seja direcionada exclusivamente para que o estado possa verticalizar a sua produção mineral, posto que, sem energia não há como se desenvolver um parque industrial no setor da minero-siderurgia.
Na verdade temos que fazer uma opção, somos favoráveis, a partir de exigências que torne a relação custo benefício do empreendimento o mais positiva possível ou somos contra, sobre qualquer aspecto. Independente das conseqüências que isso venha a trazer. Não é fácil, é verdade, mas ocorre que a energia hidroelétrica ainda é a forma mais limpa e viável de se gerar os grandes volumes necessários ao contínuo crescimento do país.
Na China por exemplo, está sendo concluída (ou já está em operação) a maior UHE do mundo, que inundará cidades inteiras, inclusive áreas de grande valor histórico para a humanidade, seja no que diz respeito a patrimônios milenares ou arqueológicos. Isso tudo para dar conta do seu crescimento, que alias tem como um dos seus principais fornecedores a produção mineral paraense de minério de ferro, que sai daqui na forma primária para ser beneficiada lá, gerando emprego, renda e divisas para os chineses. Será que em pleno século XXI ainda é esse tipo de relação comercial que queremos?
O que ocorre na China é mais ou menos o que ocorreu aqui em Tucuruí, quando o regime militar decidiu e fez a UHE, independente dos impactos que viriam a ser criados. Hoje, a realidade aqui é diferente e para ser construída, a UHE de Belo Monte terá que ser pactuada, seus impactos mitigados e o desenvolvimento econômico local conquistado.
Portanto, acredito que a postura do governo do Pará dá espaço para que o povo do Xingú possa debater esse empreendimento, sabendo que terá um parceiro intransigente na defesa dos direitos da população, desta e das gerações que virão.

3 comentários:

  1. Nao sei se o companheiro esta notando uma mobilizacao da MÍDIA para o lancamento do empresário Eike Batista a presidencia do Brasil.
    Um novo Collor esta chegando....

    Sergio Noronha.

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  2. Caro Sergio,

    Vou prestar mais atenção. Até porque acho que ele poderia perder muito dinheiro, pois, quase todos os negócios dele são ou tem alguma coisa a ver com o poder público. De qualquer forma né... Quem sabe, a política vive de símbolos e ele sem dúvida pode ser um deles. Valeu!

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  3. você é robotizado
    este será o maior desastre ambiental sem retorno econêmico e nós vamos pagar as contas e os ribeirinhos e os índios a vida

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