Em voltas com a realização do leilão que vai dar início a construção da UHE de Belo Monte, a agenda com o MAB ganha importância ao dar sinalizações para o movimento social de que o governo do Pará não se omitirá em exigir do consórcio vencedor, a implementação total das ações mitigadoras propostas para viabilizar a sua execução.
Ressabiados e temerários pelo abandono ocorrido em Tucuruí, a maioria dos movimentos sociais da Região do Xingú, se posicionaram contrários a execução da obra. Enquanto os governos Federal e Estadual vêem na usina uma das mais importantes obras em planejamento no país, pois sem investimento em infraestrutura o Brasil, e o Pará, não terão condições de sustentar o crescimento de suas economias, tratando-se portanto de uma necessidade imperiosa para país.
O que fazer então para resolver esse delicado impasse?
No meu entendimento, não repetir os erros de Tucuruí já seria um bom começo, e isso, ao que parece estar sendo cuidadosamente trabalhado. Além de ações sócio-ambientais mitigadoras, que estão estimadas em cerca da R$ 1,5 bi, o governo do Pará também estabeleceu uma exigência de que parte dessa energia a ser gerada em Belo Monte seja direcionada exclusivamente para que o estado possa verticalizar a sua produção mineral, posto que, sem energia não há como se desenvolver um parque industrial no setor da minero-siderurgia.
Na verdade temos que fazer uma opção, somos favoráveis, a partir de exigências que torne a relação custo benefício do empreendimento o mais positiva possível ou somos contra, sobre qualquer aspecto. Independente das conseqüências que isso venha a trazer. Não é fácil, é verdade, mas ocorre que a energia hidroelétrica ainda é a forma mais limpa e viável de se gerar os grandes volumes necessários ao contínuo crescimento do país.
Na China por exemplo, está sendo concluída (ou já está em operação) a maior UHE do mundo, que inundará cidades inteiras, inclusive áreas de grande valor histórico para a humanidade, seja no que diz respeito a patrimônios milenares ou arqueológicos. Isso tudo para dar conta do seu crescimento, que alias tem como um dos seus principais fornecedores a produção mineral paraense de minério de ferro, que sai daqui na forma primária para ser beneficiada lá, gerando emprego, renda e divisas para os chineses. Será que em pleno século XXI ainda é esse tipo de relação comercial que queremos?
O que ocorre na China é mais ou menos o que ocorreu aqui em Tucuruí, quando o regime militar decidiu e fez a UHE, independente dos impactos que viriam a ser criados. Hoje, a realidade aqui é diferente e para ser construída, a UHE de Belo Monte terá que ser pactuada, seus impactos mitigados e o desenvolvimento econômico local conquistado.
Portanto, acredito que a postura do governo do Pará dá espaço para que o povo do Xingú possa debater esse empreendimento, sabendo que terá um parceiro intransigente na defesa dos direitos da população, desta e das gerações que virão.
Nao sei se o companheiro esta notando uma mobilizacao da MÍDIA para o lancamento do empresário Eike Batista a presidencia do Brasil.
ResponderExcluirUm novo Collor esta chegando....
Sergio Noronha.
Caro Sergio,
ResponderExcluirVou prestar mais atenção. Até porque acho que ele poderia perder muito dinheiro, pois, quase todos os negócios dele são ou tem alguma coisa a ver com o poder público. De qualquer forma né... Quem sabe, a política vive de símbolos e ele sem dúvida pode ser um deles. Valeu!
você é robotizado
ResponderExcluireste será o maior desastre ambiental sem retorno econêmico e nós vamos pagar as contas e os ribeirinhos e os índios a vida