Publico aqui o comentário que encaminhei ao Blog da Edilza, sobre sua postagem a respeito da SEIR, me dando ao direito de postá-lo com outro título.
Profª. Edilza,
Em primeiro lugar gostaria de saudar sua atitude de esclarecer esse assunto. Ontem até postei em meu blog uma matéria sobre o assunto, uma vez que fui citado e, ao meu ver, equivocadamente, pois todos sabem que deixei a SEIR e o Governo por motivos profissionais que nada tem a haver com o que foi dito na nota do, agora sabemos, anônimo.
Quanto a sua autonomia no blog, concordo contigo, não há o que questionar. Só discordo desse método de crítica que as vezes utilizas, pois entendo que figuras importantes do partido, como é o teu caso, não devem tentar se neutralizar de posições que tentam nos expor. Por isso, também te felicito pela postura de publicar a tua opinião, com as quais concordo em parte com algumas delas, mas, como tu mesmo provocas, queria debater algumas delas.
Quanto à SEIR, não acho que uma avaliação isolada, cartesiana, lhe fará justiça. No meu entendimento, se há sombreamento, temos então que avaliar o todo, não só a parte. Neste sentido, até concordo contigo quanto à crítica, mas, acho que nosso erro (me considero parte de governo petista, mesmo sem tomar as decisões) não está na reforma do estado e sim na incapacidade de alguns de nossos dirigentes de, primeiro, superar divergências e, segundo, compreender a magnitude da concepção política do que propomos.
Vejamos professora o seguinte:
1) SEPOF – quando a Governadora determinou que a gestão das finanças do estado retornasse à SEFA, o fez no intuito de valorizar o planejamento público. Na minha concepção, devemos entender como planejamento a sua plenitude de fazer, executar, avaliar e refazer, como ação dinâmica do processo de planejar. Ou seja, deveria caber a SEPOF a tarefa geral de acompanhamento dos indicadores de execução orçamentária geral do estado, visando orientar o conjunto do governo, quanto aos eventuais desvios que eventualmente a governadora julgasse necessários de correção de rumos (aliais, isso está diretamente relacionado ao PTP, que abordarei mais adiante);
2) SEGOV – A finalidade única de qualquer secretaria de governo, é eminentemente política. Se caberia ao planejamento a tarefa de corrigir a execução orçamentária do governo, à SEGOV cabe dar a condução política para que as ações executadas pelo governo vão em direção, primeiro ao respeito ao programa de governo, já que os gestores podem ter diversas orientações políticas, segundo, dar suporte aos acordos de governo com a base aliada, já que a estrutura da Casa Civil não permite administrativamente essa condução; e terceiro, pensar, aglutinar e coordenar, através das Câmaras Técnicas, a transversalidade das ações e políticas públicas do governo;
3) SEIR – Em minha modesta opinião, como economista, acredito que a Integração é um elemento central que deva fazer parte de qualquer política de governo, sem a qual não há desenvolvimento. Na esfera pública, devemos entender o desenvolvimento não só pela ação que liberte as pessoas individualmente, mas também, socialmente e neste caso, na relação que há entre as pessoas e seu habitat, ou seja, seu território, seu espaço.
No nosso governo, a SEIR nasce com a estratégia de desempenhar duas funções específicas, mas que são concatenadas: uma voltada para combater os desequilíbrios intra-regionais e a outra para aglutinas de forma republicana os atores instituídos de “poder”, com vistas a criar sinergia institucional, no caso específico, os prefeitos do Pará. Essa estrutura foi pensada a espelho do governo federal, só que lá, existe o próprio Ministério da Integração e a Sub-Chefia de Assuntos Federativos, ligada à Casa Civil.
No meu entendimento a SEIR, nestes três anos e pouco, ajudou a colocar a Integração na pauta do governo, inclusive com a proposição da rediscussão dos “espaços” de planejamentos do estado. Coisa que no governo anterior não existia, só a falácia da tal “Municipalização do Desenvolvimento”, que na verdade era somente a distribuição de asfalto para os prefeitos aliados.
Gostaria até de me prolongar um pouco mais sobre o papel da SEIR, posto que ajudei a construí-la, mas, não me sinto a vontade, pois envolveria paixão e ao mesmo não tenho procuração para isso. Portanto, vou me abster de fazer um balanço de gestão, espero que entendas, prefiro debater o instrumento.
Entretanto me permito dizer que os Centros de Integração foi uma promessa de campanha da governadora que foi resgatada pela SEIR, se o gabinete da governadora não o vê tal, o que se pode fazer? Também, vale ressaltar que os centros serviram para implantar ações de secretarias que antes só estavam em Belém, levando serviços e inclusão social.
Com relação ao PTP, acho que o primeiro exercício de busca deve ser feito a ti mesmo. O PTP não morreu com a tua saída, pode até ter sido esvaziado com ela, mas já estava morto há muito tempo.
Antes de entrar na polêmica, queria primeiro reconhecer que fortes muito importante para a implantação do PTP, vou mais longe, talvez, se fosse outra pessoa, o PTP nem saísse do papel, naquele momento, só alguém com força política junto a governadora teria condição de levar adiante, além da tua determinação, fruto da concordância com política, que é alias é uma das principais bandeiras da DS.
Contudo, após a implantação do PTP e sua consolidação no PPA do estado, fortes traída pelo maior erro que poderia acontecer, em minha modesta opinião, que foi a transformação do PTP em um instrumento político a favor de uma pretensa candidatura eleitoral, no caso a tua. Não percebestes (?) que ao se lançar candidata estando á frente do PTP, começastes a fazer dele uso próprio e que confrontava com os interesses dos demais parlamentares da base do governo, que viram na manobra uma possibilidade de serem prejudicados, ao montar palanque para um futuro adversário em bases eleitorais. Portanto, acho que o processo de construção do PTP foi atropelado, levando-o a ser visto como um “rolo compressor eleitoral” prestes a esmagar qualquer base a beira do caminho.
Somado a isso, o olhar na campanha, cegou as ações administrativas. A prioridade foi dada, de um lado, para ações externas e que contavam com boa visibilidade política e de outro, para a formação militante dos seus conselheiros, ou quem sabe cabos eleitorais. Seria este um ideário socialista?
Portanto Profª Edilza, espero poder contribuir um pouquinho com o debate, estou sempre por aqui !
Estás doido para aparecer por meio da Professora Edilza. Só assim, a provocando, quem sabe, passam a saber quem é o ilustre desconhecido.Ela não deveria nem te dar resposta, principalmente a um puxa saco do governo como você!
ResponderExcluirCaro anônimo,
ResponderExcluirA Edilza foi dirigente da DS, logo minha dirigente política. Contudo, optou por outro caminho, direito dela. Mesmo assim, gosto de visitar o seu blog, só isso, quando sinto vontade exponho minhas idéias e tenho certeza que ela, Edilza, não se furta a isso, que mal há nisso?
Agora, o que é interessante é fato de que toda vez que exponho uma opinião discordando sobre alguma postura tomada pela Profª Edilza, recebo este tipo de comentário como o seu. Sem problemas, companheiro, estamos aqui pra isso, dabater. Valeu !
o ptp nao morreu, esta de volta outra vez... agora dando poder de informações ao povo (conselheiros)
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