Empresa portuguesa se une à Traffic para disputar controle do Maracanã contra Eike
Pedro Ivo Almeida, Vinicius Castro e Vinicius Konchinski
Do UOL, no Rio de Janeiro
Do UOL, no Rio de Janeiro
- Ministério do Esporte/Portal da CopaMaracanã, no Rio de Janeiro, já tem 80% de sua reforma para Copa concluída
A Lusoarenas também está de olho na privatização do Maracanã. A companhia de origem portuguesa se juntou à brasileira Traffic e pretende disputar com a IMX, do bilionário Eike Batista, o controle do maior estádio do Rio de Janeiro.
A união da Lusoarenas e Traffic foi confirmada pelo presidente da firma de Portugal, Marco Herling. Ele assistiu na terça-feira a uma palestra sobre gestão de estádios da Copa do Mundo de 2014 no Footecon, fórum sobre futebol realizado no Rio de Janeiro. Depois da palestra, Herling disse que a empresa pretende assumir a administração de alguns estádios no Brasil, entre eles o Maracanã.
“Sim, o Maracanã é um deles”, respondeu Herling, ao ser questionado sobre o interesse da Lusoarenas no estádio carioca. “Vamos estudar a concessão de alguns estádios. Montamos uma empresa justamente para fazer isso.”
A empresa citada por Herling é Stadia, criada há dois meses da parceria entre a Lusoarenas e a Traffic. A Stadia, disse Herling, também já é parceira da companhia norte-americana Global Spectrum. Todas entrarão juntas na disputa contra a IMX pelo Maracanã.
PRIVADO POR R$ 7 MILHÕES POR ANO
A IMX, de Eike Batista, é a única empresa que já declarou publicamente que pretende assumir o controle do estádio, que deve ser privatizado no ano que vem. O governo do Rio de Janeiro já deu início ao processo que levará à concessão do Maracanã e pode publicar o edital da licitação do estádio nos próximos dias.
A companhia de Eike foi a autora de um estudo sobre a privatização do Maracanã vendido ao governo do Rio de Janeiro neste ano. Ela é vista por políticos do Estado como a grande favorita para assumir o controle do estádio.
Uma reportagem do UOL Esporte revelou, inclusive, que o presidente da IMX, Alan Adler, já se reuniu com gente do governo do Rio para tratar de temas relacionados à privatização. O governo negou que tenha enviado representantes ao encontro.
Sobre a concessão do Maracanã, já se sabe que o governo pretende cobrar R$ 231 milhões, divididos em 33 parcelas de R$ 7 milhões, da empresa que assumir o estádio como valor de outorga. Esse montante é cerca de 26% do que o governo estadual já comprometeu com a reforma do local para a Copa de 2014.
O Maracanã está fechado para obras desde 2010. A reforma atingiu 80% de seu cronograma neste mês e já custa R$ 183 milhões a mais do que os R$ 705 milhões previstos na Matriz de Responsabilidade da Copa, divulgada em janeiro de 2011.
A data de entrega do Maracanã também já foi adiada de dezembro de 2012 para meados de abril de 2013, data-limite para que a arena possa ser utilizada na Copa das Confederações, que acontece em junho de 2013.
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