EFE – 13 minutos atrás
DESTAQUES EM MUNDO
Paris, 11 dez (EFE).- A presidente Dilma Rousseff, que está em Paris para participar do "Fórum pelo progresso social: o crescimento como saída da crise", organizado pelo Instituto Lula e pela Fundação Jean Jaurès, defendeu na abertura do evento o estímulo ao investimento e ao consumo como um caminho para se combater a crise econômica na Europa.
Dilma afirmou que a crise no continente afeta o resto do mundo, atingiu uma fase crônica e "não parece estar perto de seu fim".
"Dificilmente se superarão as turbulências dos mercados e se conquistará a estabilidade financeira sem que se produza uma verdadeira união bancária" no seio da eurozona, com "um banco central que seja realmente prestatário de última instância", que permita a recuperação do crescimento nos países que compartilham a moeda europeia, algo "essencial para o Brasil e para o mundo".
Até agora, só se viu o "crescimento sistemático da pobreza e do desemprego" e a deterioração das classes médias, acrescentou a presidente.
"A opção preferencial a favor de políticas ortodoxas na maioria dos países ocidentais não solucionou a crise, nem do ponto de vista fiscal nem financeiro. Ao contrário, aumentou o desemprego, o desalento e a desesperança", acrescentou Dilma.
A governante defendeu "estímulos para o investimento e para o consumo" porque "quando se reduzem drasticamente as despesas, afeta-se a economia e se compromete o futuro".
No caso da Europa, disse Dilma, essas receitas fizeram cambalear "os pilares do bem-estar social, conquistado por milhões de mulheres e homens depois dessas duas experiências horríveis que foram as Guerras Mundiais".
Já o presidente da França, François Hollande, que também falou na abertura do fórum, afirmou que o crescimento, o emprego, a defesa do meio ambiente e a luta contra a desigualdade são fundamentais para "uma nova era" de progresso global.
O trabalho dos progressistas do mundo passa por construir "uma alternativa política ao liberalismo", ideologia cujas receitas estão "diretamente na origem" da crise econômica e financeira, opinou Hollande.
"O que faltou nos últimos anos? Uma doutrina? Sem dúvida. Mas sobretudo, uma unidade de ação", acrescentou o chefe do Estado francês, que defendeu "uma governança mundial renovada", que "não deve ir em direção ao ontem com a esperança vã de recuperar a idade de ouro", mas sim "criar uma nova era, abrir um outro tempo".
O presidente francês levantou a possibilidade de ser criado "um conselho de segurança econômica e social" como existe um de segurança nas Nações Unidas, ideia apoiada por Dilma em seu discurso.
Em relação à situação econômica da Europa, o presidente da França assegurou que é essencial incentivar a solidariedade e enviar uma "mensagem de esperança e de justiça a um mundo que duvida e se interroga".
"O apoio aos países mais fracos está, finalmente, a ponto de ser alcançado", acrescentou Hollande, partidário de se "reduzir o déficit e fazer reformas, mas também voltar a dar potência à Europa e capacidade para investir, reduzindo as desigualdades entre os países".
EFE
DESTAQUES EM MUNDO
Paris, 11 dez (EFE).- A presidente Dilma Rousseff, que está em Paris para participar do "Fórum pelo progresso social: o crescimento como saída da crise", organizado pelo Instituto Lula e pela Fundação Jean Jaurès, defendeu na abertura do evento o estímulo ao investimento e ao consumo como um caminho para se combater a crise econômica na Europa.
Dilma afirmou que a crise no continente afeta o resto do mundo, atingiu uma fase crônica e "não parece estar perto de seu fim".
"Dificilmente se superarão as turbulências dos mercados e se conquistará a estabilidade financeira sem que se produza uma verdadeira união bancária" no seio da eurozona, com "um banco central que seja realmente prestatário de última instância", que permita a recuperação do crescimento nos países que compartilham a moeda europeia, algo "essencial para o Brasil e para o mundo".
Até agora, só se viu o "crescimento sistemático da pobreza e do desemprego" e a deterioração das classes médias, acrescentou a presidente.
"A opção preferencial a favor de políticas ortodoxas na maioria dos países ocidentais não solucionou a crise, nem do ponto de vista fiscal nem financeiro. Ao contrário, aumentou o desemprego, o desalento e a desesperança", acrescentou Dilma.
A governante defendeu "estímulos para o investimento e para o consumo" porque "quando se reduzem drasticamente as despesas, afeta-se a economia e se compromete o futuro".
No caso da Europa, disse Dilma, essas receitas fizeram cambalear "os pilares do bem-estar social, conquistado por milhões de mulheres e homens depois dessas duas experiências horríveis que foram as Guerras Mundiais".
Já o presidente da França, François Hollande, que também falou na abertura do fórum, afirmou que o crescimento, o emprego, a defesa do meio ambiente e a luta contra a desigualdade são fundamentais para "uma nova era" de progresso global.
O trabalho dos progressistas do mundo passa por construir "uma alternativa política ao liberalismo", ideologia cujas receitas estão "diretamente na origem" da crise econômica e financeira, opinou Hollande.
"O que faltou nos últimos anos? Uma doutrina? Sem dúvida. Mas sobretudo, uma unidade de ação", acrescentou o chefe do Estado francês, que defendeu "uma governança mundial renovada", que "não deve ir em direção ao ontem com a esperança vã de recuperar a idade de ouro", mas sim "criar uma nova era, abrir um outro tempo".
O presidente francês levantou a possibilidade de ser criado "um conselho de segurança econômica e social" como existe um de segurança nas Nações Unidas, ideia apoiada por Dilma em seu discurso.
Em relação à situação econômica da Europa, o presidente da França assegurou que é essencial incentivar a solidariedade e enviar uma "mensagem de esperança e de justiça a um mundo que duvida e se interroga".
"O apoio aos países mais fracos está, finalmente, a ponto de ser alcançado", acrescentou Hollande, partidário de se "reduzir o déficit e fazer reformas, mas também voltar a dar potência à Europa e capacidade para investir, reduzindo as desigualdades entre os países".
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