BLOG DO VICENTE CIDADE

Este blog tem como objetivo falar sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, comportamento, curiosidades, coisas do nosso dia-a-dia, sem grandes preocupações com a informação em si, mas na verdade apenas de expressar uma opinião sobre fatos que possam despertar meu interesse.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

"...Uma campanha tão ruim, mas tão ruim que lá pelas tantas, eu, pelo menos, já havia até perdido o tesão."

Vejam só o que "garimpei" lá no blog A Perereca da Vizinha, da Tucana Ana Célia Pinheiro, na seção de comentários.

Achei interessante o seu depoimento, principalmente em dois aspectos: 1) quando ela afirma temer que o PT usasse denuncias contro o Jatene; 2) quando diz que estava tão fácil, que até perdera o tesão de trabalhar, em função da péssima campanha feita pelo PT. Confiram...  

Anônimo disse...

Os marqueteiros da Ana Júlia realmente foram um fiasco, acredito que por não serem paraenses ficaram perdidos, infelizmente não utilizaram em nenhum momento suas reportagens investigativas da época do Governo Jetene. Se eles tivessem sido um pouco mais espertos teriam desmascarado o candidato adversário !!!

9:51 PM

Ana Célia Pinheiro disse...

Anônimo das 9:51:

Penso que aquela agência era muito, muito ruim. Aliás, mostrei isso em uma matéria, logo que começaram a correr os boatos acerca da contratação dela.

Naquela matéria, se não estou enganada, cheguei a falar sobre a inadequação de algumas peças que vi no site dela (um jingle, por exemplo, demasiado longo, o que dificultava a fixação da idéia central; além de erros primários em programas políticos e inserções).

E a questão não é nem que a Link seja baiana, gaúcha ou pernambucana: é que ela é ruim, mesmo.

Uma agência de propaganda que chega numa campanha política dizendo, num estado como o Pará, que tudo é divino e maravilhoso em termos de qualidade de vida, não pode estar falando sério, né mermo?

É claro que houve muita desinformação, por ela não conhecer o Pará, mas houve, sim, falta de competência, ao não tentar, pelo menos, enxergar os serviços públicos através dos olhos da população - o que permitiria escolher uma linha de propaganda que não ficasse a brigar com a realidade.
Além disso, se a agência queria vender o "dinamismo" da Ana em relação à "preguiça" do Jatene, então por que não usou, desde o início, aquela imagem da Ana como "repórter" das próprias obras? Uma imagem poderosa, diga-se de passagem, porque coloca o cidadão diante de alguma coisa que o outro está a dizer que é simples papo-furado...
E não que a Ana não pudesse aparecer no gabinete: isso até poderia ser usado, porque se pretendia, imagino, mostrar o “preparo administrativo” dela. Mas isso deveria ser alternado com imagens dela, nos locais das obras.
Além disso, aquele gabinete deveria ser bem mais simples; a própria Ana deveria ser mais simples, mais humilde, coisa que só veio a acontecer, se bem me recordo, já quase ao final do primeiro turno.
Penso, ainda, que a campanha deveria ter sido regionalizada, até para aproveitar bastante o rosto e o falar da população, além das belezas de cada região paraense. Um tipo de estratégia que também serviria para convencer, "por contágio", que as coisas estavam de fato a acontecer por todo o interior.
Nem mesmo um dos melhores "motes" que eles conseguiram pescar (sem trocadilho), aquela história das diaristas, foi devidamente aproveitado. Quem me dera pegar um flanco desses numa campanha - você simplesmente surfa na "satanização" do outro...
Confesso que houve momentos que temi que eles usassem alguma denúncia contra o Jatene - e não necessariamente as minhas. Mas que eles usassem um "míssil", alguma artilharia pesada, para, ao menos, diminuir a distância entre a Ana e o Jatene, no final do primeiro turno; ou ao menos, no segundo turno, para dar uma sensação de recuperação da Ana na reta final, já que aquele patamar de 60% do Ibope era preocupante, por difícil de manter.
Mas eles não fizeram rigorosamente nada – e quando tentaram fazer (como no caso das diaristas e da “Ficha Suja”) foi de forma atabalhoada, como se agissem simplesmente por instinto, sem ter a mínima idéia de onde queriam chegar. Tanto assim que essas duas “poderosas bombas” acabaram virando simples estalinhos.
Em suma: foi como se não passassem do exército de zumbis daquela paródia "Todo mundo quase morto".
Uma campanha tão ruim, mas tão ruim que lá pelas tantas, eu, pelo menos, já havia até perdido o tesão.
Abs.
11:30 PM

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