A presidente eleita Dilma, disse hoje no Encontro Nacional da Executiva do PT, que agradecia a dedicação de todos os candidatos do partidos que a ajudaram a chegar “lá”, enfatizou contudo, seu incentivo aos candidatos não eleitos, para que não desistam, que continuem a lutar.
Com isso quero concordar com a nossa futura presidente, tenho visto avaliações catastróficas sobre a derrota da companheira Ana e uma eventual “morte” anunciada do PT no Pará. Não concordo nem um pouco com essas avaliações, na política perder e ganhar são dois lados da mesma moeda e, as vezes, não raro, até mesmo a derrota pavimenta fortemente os caminhos para futuras vitórias.
É por isso, que tenho dito que a avaliação da derrota não pode ser feita tomando por base o governo ou o partido, neste momento, só a campanha deve ser avaliada. Digo isso porque as avaliações feitas agora refletem somente reflexões ressentidas e raivosas, destorcidas da verdade, ou melhor, construídas a partir de verdades não absolutas, ou seja, versões de verdades próprias. Isso, ao meu ver, não constrói, destrói.
A história política do estado e do PT está cheia de exemplos de candidaturas derrotadas e depois vitoriosas, sendo tantos exemplos, que talvez nem valha a pena se pegar num só. Entretanto, o que é importante de dizer é que não se queima uma liderança construída, principalmente quando essa liderança ainda tem muito a oferecer ao partido, no caso da companheira Ana Júlia, por exemplo, há quatro anos ela representou uma novidade, uma mudança de um projeto de governo que de forma alguma está esgotada.
Não estou dizendo que não devemos abrir espaços para novas lideranças, mas isso é muito dinâmico, tenho certeza que daqui há quatro anos estaremos disputando as eleições no estado reivindicando as transformações que começamos no governo da Ana, como transformações do partido, até lá o tempo vai dizer quem será a melhor opção para defender esse projeto, se quem começou ou uma outra liderança, dependendo é claro de como vai se comportar o governo Jatene.
Ou seja, não podemos cair no erro de menosprezar o nosso projeto e nossas lideranças como faz a oposição, ela, a oposição, é que tem todo o interesse em ficarmos apontando erros, pois estes certamente serão reverberados para a sociedade, pois, a disputa continua cotidianamente. Se formos realmente apontar os nossos erros, a luz de verdades relativas, certamente encontraremos refletidos na mesma imagem, anjos e demônios, contidos em cada um de nós.
Teremos ao longo tempo, sem o calor da derrota, vários fóruns para refletirmos internamente as causas e conseqüências da derrota, por isso devemos por hora, nos concentrar na defesa do projeto, que, mesmo sendo muito bom, foi rejeitado pela sociedade, principalmente por equívoco de campanha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário