De acordo com Censo 2010, divulgado pelo IBGE, Belém possui 1.392.031 habitantes, não constando entre as 10 maiores capitais do país, estando inclusive abaixo de Manaus, que aparece em sétimo lugar com 1.802.525 habitantes, sendo assim, a maior cidade da Amazônia.
Manaus apresenta uma situação sui generis no Brasil, sendo a capital de estado que apresenta a maior concentração populacional relativa do país, posto que quase 52% da população amazonense esta registrada em Manaus. No Pará, só 18,34% da sua população esta registrada em Belém.
Só para efeitos comparativos, se pegarmos outras capitais de estados brasileiros, encontraremos situações diferentes, por exemplo a cidade de São Paulo que apresenta 27,26% da população do estado, já em Belo Horizonte esse percentual é de 12,12% e em Curitiba 16,73%.
Agora, se levarmos em consideração o PIB, divulgado pelo IBGE para o ano de 2007, veremos que enquanto Belém participa do PIB paraense com cerca de R$ 13,8 bilhões, representando algo em torno de 28% do total, no estado do Amazonas, Manaus participa com quase 82% do total, com PIB estimado superior a R$ 34,4 bilhões. Em relação ao PIB per capita, ainda de 2007, enquanto Belém aparece com cerca de R$ 9.793,00 por pessoa, em Manaus o PIB per capita era de R$ 20.894,00 por pessoa em 2007.
É certo que os estados do Pará e do Amazonas “tiveram” fórmulas distintas de planejamento do seu desenvolvimento, enquanto o Pará sempre foi a “porteira” da Amazônia, derivando daí inúmeras políticas públicas que conduziram a sua desconcentração espacial, no Amazonas, ao contrário, o modelo de concentração encontrou forte amparo na política de desoneração fiscal do pólo industrial de Manaus.
Embora essa seja uma pequena comparação, bem superficial inclusive, serve para mostrar que é um equívoco incentivar a rivalidade entre as duas maiores cidades amazônicas, posto que, de igual, só a origem e o bioma. De certo mesmo, só o fato de que o Pará é o maior estado da Amazônia e Manaus, a maior cidade, ou para nosso desgosto (nós paraenses), a “Metrópole da Amazônia”.
Isso posto, faço esse post para alertar o seguinte: os desafios do Pará são outros, não devemos persegui uma realidade distante. Os governos tucanos que antecederam ao nosso, não compreenderam esse fato e centralizaram suas ações na capital do estado, aprofundando sobremaneira o fosso das desigualdades intra-regionais do estado, a ponto inclusive, de tornar viável a busca pelo separatismo no estado, como forma de superação desse quadro de abandono.
No governo de Ana Júlia, essa questão foi tratada com especial atenção, e a primeira ação do governo foi reconhecer isso. Com Ana Júlia, regiões antes esquecidas passaram a contar com grande fluxo de investimentos, obras e serviços. É o caso, por exemplo, das regiões Sul e Sudeste do Pará, onde a dinâmica de intervenção do poder público está garantindo o seu crescimento e desenvolvimento econômico integrados a investimentos privados.
Agora, novamente os tucanos vão governar o Pará, vamos esperar que eles não retrocedam tanto nas condições favoráveis criadas pela governadora Ana Júlia e não voltem a centralizar os investimentos do estado só na capital. Vamos esperar !!
Essa cidade foi feita pelas filhas dos indios
ResponderExcluir