Demagogia escancarada
Ao contrário do que diz, até de forma eleitoreira e irresponsável, o deputado Arnaldo Jordy a saúde no Pará não é nenhuma tragédia, bem como os casos que são estampados de forma sensacionalista em jornais de baixa qualidade estão longe de ser o paradigma atual do atendimento à população de baixa renda.
O fortalecimento da gestão democrática do SUS, com a desão de 80% dos municípios do Estado ao Pacto de Gestão do Ministério da Saúde, gerando a criação de 19 colegiados de Gestão Regional; a contratação de mais 256 equipes do Saúde da família, incluindo o recrutamento de 1532 agentes comunitários e a realização de algumas conferências temáticas da saúde são algumas das ações fortalecidas na perspectiva de superar a lógica da concentração do atendimento mais imediato em Belém, procedimento que só penaliza a população mais carente. Assim como o funcionamento efetivo dos hospitais regionais diminuiu significativamente essa peregrinação de moradores de outros municípios pela capital.
Hoje, Santarém, Marabá, Altamira, Castanhal, entre outros, contam com serviços dignos de terapia renal substitutiva reduzindo a procura por esse tipo de tratamento em Belém.
Curiosa é a omissão do Sindicato dos Médicos em alguns desses debates, postura que indica o desejo de resguardar a boa relação histórica daqueles que dirigem esse sindicato com os donos de clínicas particulares, estes os maiores interessados em impedir a consolidação da gestão plena do SUS pela perda do "filé" dos recursos públicos. Como a direção do Sindicato dos Médicos é predominantemente composta por militantes do partido de Jordy, logo, essa omissão é extensiva ao deputado, daí considerar-se nefasta aos interesses dos mais humildes sua fala contra o atual modelo de gestão.
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