Vejam o que disse Paulo Henrique Amorim em seu impagável Conversa Afiada sobre a entrevista que Dilma concedeu ao programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, faço minhas as palavras dele, ou como diria PHA, Que horroooor !!
Ainda não foi desta vez que a urubóloga Miriam Leitão esmagou a Dilma.
Ao contrário.
A Dilma calou a urubóloga.
Foi fácil quando a urubóloga tentou um salto triplo ideológico: o PAC ser igual aos Planos de Desenvolvimento do Reis Velloso, no regime militar.
Essa foi fácil.
A começar pela democracia que, quando a Miriam militava na clandestinidade, não existia.
Hoje, ela pode dizer o que bem entende (e isso não deveria ser assim …).
Há um momento no programa que chamou a atenção deste ordinário blogueiro.
Antes de ser devidamente triturada pela Dilma na questão do Saneamento, a urubóloga disse assim: “eu estava até considerando ” que ia melhorar.
O que interessa ela “estar considerando” ?
Quem ela pensa que é ?
Autoridade ?
Sanearista ?
Competente economista ?
Ela tem é que fazer pergunta e, não, “considerar”.
Ela não estava ali em pé de igualdade com a Presidente do Brasil.
A urubóloga se encaixa perfeitamente naquele definição do Delfim Netto sobre “jornalismo de economia” no Brasil: não é uma coisa nem outra.
Aí veio a pergunta dela sobre Saneamento.
E a urubóloga teve que ouvir uma aula, irretocável.
Sobre os demais entrevistadores, aparentemente chegaram atrasados e não foi possível perceber que tivessem feito qualquer pergunta.
Resumo da ópera.
O jenio e o PiG (*) achavam que, quando a Dilma saísse do lado do Lula, seria um fracasso retumbante.
Que a Dilma era só o Lula.
Se enganaram, de novo.
A Dilma é a Dilma.
Basta ver o vídeo em que ela vai para a jugular do Otavinho.
Não vai ser dessa vez que a urubóloga vai ganhar o Premio Nobel de Economia, nem desmanchar uma candidatura trabalhista à Presidência.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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